Deus é Fiel

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Subsídio da E.B.D: A Salvação na Páscoa Judaica

A Salvação na Páscoa Judaica
O objetivo geral da presente lição é saber que a libertação dos israelitas vislumbrava um plano divino maior: libertar e salvar a humanidade; e como objetivos específicos: mostrar como se deu a instituição da Páscoa; explicar a importância e o significado do cordeiro da Páscoa; e, tratar a respeito da relevância e do significado do sangue do cordeiro na Páscoa.
A verdade prática ratifica que a libertação do povo israelita vislumbrava um plano divino maior: libertar e salvar a humanidade.  Percebem-se três motivos que explicam o porquê Deus escolheu povo de Israel: primeiro motivo, Israel foi escolhido para mostrar a glória de Deus ao mundo; em segundo, Deus escolheu a nação israelita para outorgar ao mundo as Escrituras Sagradas, e por terceiro, Deus escolheu a nação de Israel para entregar o Salvador ao mundo. Sendo que na páscoa judaica a salvação em Cristo é apresentada de maneira figurada.
Três são os pontos de contato entre o professor e o aluno: a páscoa, o cordeiro e o sangue.
A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA
 No Egito os israelitas foram conduzidos às regiões férteis, logo os anos de dor não correspondem aos 430 anos. Para compreender esta veracidade percebe-se que de Gênesis 50. 26 a Êxodo 1.8 há uma abrangência de mais ou menos, 300 anos. “Depois, levantou –se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós” Êx. 1.8,9.
Ao passar os 300 anos, e com uma nova liderança sobre as terras egípcias os israelitas foram submetidos a trabalhos pesados, porém quanto mais os israelitas eram afligidos tanto mais se multiplicavam (Êx 1.11,12). 
Logo, foi tomada uma segunda medida contra os israelitas, sendo a ordem do rei do Egito às parteiras das hebreias para matar os meninos para que o número de homens dos israelitas não aumentasse. Assim Sifrá e Puá desobedeceram à voz do rei por temerem a Deus (Êx 1. 15-17).
As perseguições aos israelitas despertaram os mesmos para clamarem ao Senhor e o clamou subiu a Deus. E os resultados foram (Êx 2. 24,25):
a) “e lembrou – se Deus do seu concerto com...” o termo lembrou – se, utilizado no texto não quer dizer que Deus tinha esquecido-se da promessa feita ao patriarca Abraão, mas que os israelitas tinham esquecido da promessa recebida de Deus e por isso enveredaram por caminhos que desagradava a Deus, como por exemplo: a idolatria egípcia.
b) “e atentou Deus para os filhos de Israel” quando o texto utiliza a termologia que atentou, refere que a ação de Deus em atentar para os israelitas correspondia a reparar, observar, prestar atenção, refletir e até mesmo ficar atento nas consequências do clamor dos israelitas, isto é, se os mesmo tinham se arrependido dos seus pecados e se de fato teriam voltado para o Senhor.
c) “e conheceu – os Deus” ao atentar para os filhos de Israel Deus os conheceu e visualizou no povo o arrependimento e o sofrimento.
O atender de Deus para com as orações dos israelitas se concretizou na saída dos filhos da eleição do Egito para a Terra Prometida, fenômeno espiritual e social que se notabilizou historicamente por ser conhecido de páscoa.
Champlin comenta sobre a dupla significação da páscoa:
A redenção dos judeus da servidão do Egito, como uma questão histórica, que envolve, naturalmente, muitas implicações e símbolos morais e religiosos... Festa da natureza. A páscoa incluía uma festa agrícola que envolvia as primícias (ver Lev 23.10) oferecidas ao templo, em Jerusalém, em tempos posteriores (2014, p. 100).
Então se compreende que a páscoa foi o último juízo de Deus sobe o Egito e a libertação dos israelitas da escravidão egípcia por meio sacrifício pascal.
A palavra portuguesa páscoa vem do termo hebraico pesach, cujo sentido é passar por sobre, uma referência à páscoa original, relatada no livro de Êxodo, quando o anjo da morte passou por sobre os filhos de Israel, mas destruiu todos os primogênitos do Egito (CHAMPLIN, 2014, p.102).
O CORDEIRO DA PÁSCOA
O cordeiro que seria sacrificado deveria ser sinônimo de perfeição, logo não deveria ter manchas, ser imaculado, ser saudável e limpo. O termo cordeiro identifica outro fator determinante, o animal deveria ser virgem o que não corresponde com o carneiro, animal reprodutor.
Já na Nova Aliança o profeta João ao olhar para Jesus expressou a seguinte frase: és o cordeiro de Deus que tira o pecado da humanidade (Jo 1.29). Jesus foi o sacrifício perfeito, entregue pela humanidade uma única vez, pois na morte de um justo a salvação veio ao mundo.
Quando a descrição a respeito de Jesus é definida como cordeiro de Deus permite compreender que o Messias não teve relações sexuais, a descrição permite compreender que Jesus foi imaculado também no que corresponde ao uso do corpo.
O SANGUE DO CORDEIRO
O sangue tem como significado na Bíblia, vida. O sacrifício de animais na Antiga Aliança correspondia com o restabelecimento da paz entre Deus e os homens, sendo esta ratificada mediante o derramamento de sangue. Já na Nova Aliança o sangue de Jesus outorga como direito aqueles que se entregam a Deus o trono da graça.
A morte de Jesus na cruz permite compreender o ministério sacerdotal do Messias, assim como entender, ser Jesus o próprio sacrifício. Portanto, com base nos escritos da Carta aos Hebreus nota-se a superioridade do sacerdócio de Cristo pelos seguintes pontos:
a) Os sacerdotes da Antiga Aliança entravam no tabernáculo terreno, sombra do tabernáculo celestial, enquanto Jesus entrou nos céus, no verdadeiro Santo dos Santos (Hb 4.14).
b) Os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam um sacrifício que se repetia a cada ano, isto é, sacrifício que não era eficaz. Já Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo este verdadeiro e eficaz (Hb 7.27; 9.23,28).
c) Logo, o sacrifício de Jesus tornou-se o melhor de todos, por finalizar os sacrifícios (Hb 9.13-10.18). Por fim, Jesus torna mediador de um pacto novo e maior que o antigo (Hb 8.6).
Referência:

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 5. São Paulo: Hagnos, 2014.

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