A Salvação e
o Advento do Salvador
O objetivo geral da
presente lição é mostrar que o nascimento de Jesus Cristo se deu
dentro do plano divino para salvar a humanidade; e como
objetivos específicos: apresentar como se
deu o anúncio do nascimento do Salvador; explicar a respeito da concepção do
Salvador; e, mostrar que o verbo se fez carne e habitou entre nós.
Dois pontos da
presente lição serão analisados neste subsídio: o anúncio do nascimento do
Salvador e o Verbo se fez carne.
O
ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO SALVADOR
As profecias a
respeito de Jesus na Antiga Aliança pode de maneira didática ser dividia em:
vida do Messias presente nas profecias e o ministério do Messias.
Vida
do Messias presente nas profecias do AT
A vida terrena de
Jesus abrangeu 33 anos. O ministério público e particular teve em média uma
duração de 3 anos e 6 meses. Porém, a vida terrena do Messias expõe em destaque
os seguintes fatos: nascimento, morte e principalmente a respeito da natureza
do Messias.
1- Nascimento. Sobre
o nascimento de Jesus duas profecias se destacam: a da descendência da mulher
(Gn 3.15) e do nascimento do Messias em Belém (Mq 5.2).
A profecia a respeito
da descendência da mulher: porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua
descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá
o calcanhar (Gn 3.15), esclarece que o homem não teria participação no
nascimento do Messias, fato que é confirmado em Mateus 1.20; porque o que nela
está gerado é do Espírito Santo.
Já o profeta Miqueias
profetiza o local em que o Messias nasceria: mas tu, Belém-Efrata, embora sejas
pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante
sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos (Mq
5.2).
2- Morte. Perfuraram minhas mãos e meus pés (Sl 22.16). O Salmo
22 foi escrito 600 anos antes da invenção do modelo de extermínio por meio da
crucificação. Sendo que Davi escreveu o Salmo cerca de mil anos antes o
nascimento do Messias. O Salmo 22 apresenta vinte e três detalhes proféticos,
dentre eles destaque para cinco:
Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste? (Sl 22.1; Mt 27.46).
Todos os que me veem
zombam de mim (Sl 22.7; Mt 27.41-43).
Transpassaram-me as
mãos e os pés (Sl 22.16; Jo 20.25).
Poderia contar todos
os meus ossos (Sl 22.17).
Repartem entre si as
minhas vestes e lançaram sortes sobre a minha túnica (Sl 22.18; Jo 19.23,24).
3- Natureza do Messias. O
Messias teve duas naturezas: a humana e a divina. Na natureza humana Ele tinha
suas limitações. Já na natureza divina percebe-se por meio do profeta Isaias a
seguinte verdade: Jesus é Deus.
Por isso o Senhor
mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o
chamará Emanuel (Is 7.14).
O termo Emanuel tem
como significado Deus conosco.
Porque um menino nos
nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele
será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da
Paz (Is 9.6).
Os termos descritivos
de como o Messias seria chamado indica nomes e atributos pertencentes apenas a
Deus. Portanto, Jesus é Deus.
Ministério
do Messias
Messias (Hebraico) ou
Cristo (Grego) significa ungido. Apenas os reis, sacerdotes e profetas que eram
ungidos na Antiga Aliança. Fato que descreve o ministério real, sacerdotal e
profético de Jesus Cristo.
1- Ministério Real. Quanto a você, sua dinastia e seu reino
permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para
sempre (2 Sm 7.16). Jesus o filho de Davi. Jesus o cumprimento da profecia a
Davi. No ministério real o Messias exerce poder sobre as enfermidades, a
natureza e sobre as hostes da maldade nos lugares celestiais.
2- Ministério Sacerdotal. Alguém que
se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder
de uma vida indestrutível. Pois sobre ele é afirmado: Tu és sacerdote para
sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.16,17). O sacerdócio de Jesus
foi superior ao sacerdócio dos levitas por ser o sacerdócio de Cristo perfeito
e por exercer Jesus seu ministério no céu. Portanto, o sacerdócio de Jesus é
perfeito e superior ao sacerdócio dos outros. A superioridade do ministério
sacerdotal de Jesus estar associado ao oferecimento do sacrifício. O sacrifício
de Jesus era superior porque não foi oferecido no templo terrestre, e sim, no
céu (Hb 9.24).
3- Ministério Profético. Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como
você; porei minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que eu lhe
ordenar (Dt 18.18). O ministério profético de Jesus foi firmado em dois
aspectos: proclamar a mensagem do Pai e revelar o Pai.
Percebe-se que Jesus
no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também
revelou a Pessoa do Pai. E nos dias atuais Jesus continua a exercer o seu
ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito
Santo.
O
VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS
A passagem do Evangelho
de João 1.1-14 poderá ser dividida em duas partes explicativas a respeito de
Jesus: primeira, a identidade de Jesus e a segunda as obras desenvolvidas por
Jesus. Conforme João 1.1, Jesus é Eterno, no princípio era o Verbo; Jesus é
distinto de Deus (Pai), e o Verbo estava com Deus; e Jesus é Deus, e o Verbo
era Deus. Enquanto, os versículos 3, 9, 12, 18, apresentam as obras do Verbo
(Jesus) criar, iluminar, regenerar e revelar.
Conforme João 1.1,
três são as frases que descrevem a identidade de Jesus: Ele é eterno (definição
que permite afirmar que Jesus possui atributos que são pertencentes apenas a
Deus, logo, Jesus é Deus); Ele é distinto do Pai (caracteriza que Jesus possui
forma e função diferente do Pai); Ele é Deus.
Jesus é Deus porque
Ele tem os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.
Jesus
é identificado pelos nomes de Deus:
Deus. Mas, acerca do
Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: cetro de equidade é o
cetro do teu reino (Hb 1.8).
Filho de Deus (Mt
16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).
Jesus
possui os atributos divinos:
Eterno. No princípio
era o Verbo (Jo 1.1).
Onipotência (Mt
28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).
Jesus é identificado
como agente das obras desenvolvidas por Deus:
Criador. Todas as
coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez
(Jo 1.3).
Preservador de tudo
(Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21).
Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são atribuídos a Jesus
Cristo (BANCROF, 2006, p. 123).
Porém, conforme João
1.14, o Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou
seja, Jesus se fez carne. A necessidade da encarnação do Verbo tendo como foco
a morte de Jesus na cruz que pode ser definida em:
1- A Santidade de
Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O amor de Deus
tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O pecado do homem
tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O cumprimento das Escrituras
tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O propósito de
Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF, 2006, p. 143-145).
Ao relatar a respeito
de Jesus como homem é necessário entender que Jesus em sua natureza humana teve
mãe e não teve pai. Jesus em sua natureza divina tem Pai e não tem mãe.
A expressão: a virgem
conceberá e dará à luz um filho, outorga a ratificação das duas naturezas do
Messias. A virgem, sem atuação do homem, indica que esta concebeu por
intermédio do Espírito Santo (Mt 1.20), logo, a presente afirmativa ratifica a
natureza divina de Jesus. A virgem, referência à mulher, indica a natureza
humana de Jesus.
Assim como todo ser
humano, Jesus também passou pelo desenvolvimento físico, teve a sua infância,
cresceu no meio de pessoas que faziam parte do seu dia a dia, foi ensinado
conforme os princípios dos judeus. Portanto, como homem Jesus teve um físico
limitado, tanto pelo tempo como pelo espaço. Pelo tempo, pois conforme a
condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um período de vida
limitado. Pelo espaço, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como
qualquer homem teria um limite no desenvolvimento corporal.
Jesus cuidou do seu
corpo, pois quando estava cansado, Ele descansou, e por descansar se pode afirmar
que Jesus apresentou em sua encarnação a humanidade do Filho Unigênito de Deus.
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora
Batista Regular, 2006.
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