Deus é Fiel

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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Subsídio da E.B.D: A Salvação e o Advento do Salvador

A Salvação e o Advento do Salvador
O objetivo geral da presente lição é mostrar que o nascimento de Jesus Cristo se deu dentro do plano divino para salvar a humanidade; e como objetivos específicos: apresentar como se deu o anúncio do nascimento do Salvador; explicar a respeito da concepção do Salvador; e, mostrar que o verbo se fez carne e habitou entre nós.
Dois pontos da presente lição serão analisados neste subsídio: o anúncio do nascimento do Salvador e o Verbo se fez carne.
O ANÚNCIO DO NASCIMENTO DO SALVADOR
As profecias a respeito de Jesus na Antiga Aliança pode de maneira didática ser dividia em: vida do Messias presente nas profecias e o ministério do Messias.
Vida do Messias presente nas profecias do AT
A vida terrena de Jesus abrangeu 33 anos. O ministério público e particular teve em média uma duração de 3 anos e 6 meses. Porém, a vida terrena do Messias expõe em destaque os seguintes fatos: nascimento, morte e principalmente a respeito da natureza do Messias.
1- Nascimento. Sobre o nascimento de Jesus duas profecias se destacam: a da descendência da mulher (Gn 3.15) e do nascimento do Messias em Belém (Mq 5.2).
A profecia a respeito da descendência da mulher: porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar (Gn 3.15), esclarece que o homem não teria participação no nascimento do Messias, fato que é confirmado em Mateus 1.20; porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
Já o profeta Miqueias profetiza o local em que o Messias nasceria: mas tu, Belém-Efrata, embora sejas pequena entre os clãs de Judá, de ti virá para mim aquele que será o governante sobre Israel. Suas origens estão no passado distante, em tempos antigos (Mq 5.2).
2- Morte. Perfuraram minhas mãos e meus pés (Sl 22.16). O Salmo 22 foi escrito 600 anos antes da invenção do modelo de extermínio por meio da crucificação. Sendo que Davi escreveu o Salmo cerca de mil anos antes o nascimento do Messias. O Salmo 22 apresenta vinte e três detalhes proféticos, dentre eles destaque para cinco:
Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (Sl 22.1; Mt 27.46).
Todos os que me veem zombam de mim (Sl 22.7; Mt 27.41-43).
Transpassaram-me as mãos e os pés (Sl 22.16; Jo 20.25).
Poderia contar todos os meus ossos (Sl 22.17).
Repartem entre si as minhas vestes e lançaram sortes sobre a minha túnica (Sl 22.18; Jo 19.23,24).
3- Natureza do Messias.  O Messias teve duas naturezas: a humana e a divina. Na natureza humana Ele tinha suas limitações. Já na natureza divina percebe-se por meio do profeta Isaias a seguinte verdade: Jesus é Deus.
Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel (Is 7.14).
O termo Emanuel tem como significado Deus conosco.
Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz (Is 9.6).
Os termos descritivos de como o Messias seria chamado indica nomes e atributos pertencentes apenas a Deus. Portanto, Jesus é Deus.
Ministério do Messias
Messias (Hebraico) ou Cristo (Grego) significa ungido. Apenas os reis, sacerdotes e profetas que eram ungidos na Antiga Aliança. Fato que descreve o ministério real, sacerdotal e profético de Jesus Cristo.
1- Ministério Real. Quanto a você, sua dinastia e seu reino permanecerão para sempre diante de mim; o seu trono será estabelecido para sempre (2 Sm 7.16). Jesus o filho de Davi. Jesus o cumprimento da profecia a Davi. No ministério real o Messias exerce poder sobre as enfermidades, a natureza e sobre as hostes da maldade nos lugares celestiais.
2- Ministério Sacerdotal.  Alguém que se tornou sacerdote, não por regras relativas à linhagem, mas segundo o poder de uma vida indestrutível. Pois sobre ele é afirmado: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7.16,17). O sacerdócio de Jesus foi superior ao sacerdócio dos levitas por ser o sacerdócio de Cristo perfeito e por exercer Jesus seu ministério no céu. Portanto, o sacerdócio de Jesus é perfeito e superior ao sacerdócio dos outros. A superioridade do ministério sacerdotal de Jesus estar associado ao oferecimento do sacrifício. O sacrifício de Jesus era superior porque não foi oferecido no templo terrestre, e sim, no céu (Hb 9.24).
3- Ministério Profético. Levantarei do meio dos seus irmãos um profeta como você; porei minhas palavras na sua boca, e ele lhes dirá tudo o que eu lhe ordenar (Dt 18.18). O ministério profético de Jesus foi firmado em dois aspectos: proclamar a mensagem do Pai e revelar o Pai.
Percebe-se que Jesus no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E nos dias atuais Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.
O VERBO SE FEZ CARNE E HABITOU ENTRE NÓS
A passagem do Evangelho de João 1.1-14 poderá ser dividida em duas partes explicativas a respeito de Jesus: primeira, a identidade de Jesus e a segunda as obras desenvolvidas por Jesus. Conforme João 1.1, Jesus é Eterno, no princípio era o Verbo; Jesus é distinto de Deus (Pai), e o Verbo estava com Deus; e Jesus é Deus, e o Verbo era Deus. Enquanto, os versículos 3, 9, 12, 18, apresentam as obras do Verbo (Jesus) criar, iluminar, regenerar e revelar.
Conforme João 1.1, três são as frases que descrevem a identidade de Jesus: Ele é eterno (definição que permite afirmar que Jesus possui atributos que são pertencentes apenas a Deus, logo, Jesus é Deus); Ele é distinto do Pai (caracteriza que Jesus possui forma e função diferente do Pai); Ele é Deus.
Jesus é Deus porque Ele tem os nomes de Deus, os atributos de Deus e faz as obras de Deus.
Jesus é identificado pelos nomes de Deus:
Deus. Mas, acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e: cetro de equidade é o cetro do teu reino (Hb 1.8).
Filho de Deus (Mt 16.16,17), Santo (At 3.14), Senhor (At 9.17).
Jesus possui os atributos divinos:
Eterno. No princípio era o Verbo (Jo 1.1).
Onipotência (Mt 28.18), onipresença (Mt 18.20), onisciência (Jo 1.47,48).
Jesus é identificado como agente das obras desenvolvidas por Deus:
Criador. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez (Jo 1.3).
Preservador de tudo (Hb 1.3), perdoador de pecados (Mc 2.5,10,11), doador da vida (Fp 3.21). Ofícios e funções que pertencem distintamente a Deus, são atribuídos a Jesus Cristo (BANCROF, 2006, p. 123).
Porém, conforme João 1.14, o Verbo se fez carne, verdade que se trata da encarnação do Verbo, ou seja, Jesus se fez carne. A necessidade da encarnação do Verbo tendo como foco a morte de Jesus na cruz que pode ser definida em:
1- A Santidade de Deus tornou-a necessária (Hc 1.13).
2- O amor de Deus tornou-a necessária (1 Jo 4.10).
3- O pecado do homem tornou-a necessária ( 1 Pe 2.25).
4- O cumprimento das Escrituras tornou-a necessária (Lc 24.25-27).
5- O propósito de Deus tornou-a necessária (At 2.23). (BANCROF, 2006, p. 143-145).
Ao relatar a respeito de Jesus como homem é necessário entender que Jesus em sua natureza humana teve mãe e não teve pai. Jesus em sua natureza divina tem Pai e não tem mãe.
A expressão: a virgem conceberá e dará à luz um filho, outorga a ratificação das duas naturezas do Messias. A virgem, sem atuação do homem, indica que esta concebeu por intermédio do Espírito Santo (Mt 1.20), logo, a presente afirmativa ratifica a natureza divina de Jesus. A virgem, referência à mulher, indica a natureza humana de Jesus.
Assim como todo ser humano, Jesus também passou pelo desenvolvimento físico, teve a sua infância, cresceu no meio de pessoas que faziam parte do seu dia a dia, foi ensinado conforme os princípios dos judeus. Portanto, como homem Jesus teve um físico limitado, tanto pelo tempo como pelo espaço. Pelo tempo, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um período de vida limitado. Pelo espaço, pois conforme a condição do físico humano, Jesus como qualquer homem teria um limite no desenvolvimento corporal.
Jesus cuidou do seu corpo, pois quando estava cansado, Ele descansou, e por descansar se pode afirmar que Jesus apresentou em sua encarnação a humanidade do Filho Unigênito de Deus.
Referência:

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

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