Adotados
por Deus
A presente lição tem
como texto áureo Romanos 8.15 que descreve a respeito do recebimento do
espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. E como verdade
prática, a obra de salvação de Jesus Cristo nos possibilitou ser adotados como
filhos amados de Deus.
E a respeito de
filhos de Deus na Bíblia é necessário compreender as seguintes descrições:
Adão, filho por formação. Três coisas são marcantes sobre a pessoa de Adão na
Bíblia. A primeira delas é que Adão foi o primeiro homem da terra, logo ele não
foi fruto de um relacionamento amoroso, foi ele formado por Deus e recebeu de
Deus o fôlego de vida (Gn 2.7). Já a segunda, corresponde com o pacto das
obras. Adão foi o representante da humanidade no pacto das obras que tinha como
promessa, a vida; como condição, a obediência; e como pena, a morte. Por fim, a
terceira coisa que se chama atenção no estudo bíblico a respeito de Adão é a
desobediência.
Anjos, filhos por criação. A existência dos anjos está associada com a glória de
Deus (Is 6.2,3), e com o cuidado para com os filhos de Deus na terra (Sl 34.7).
Israel, filhos por eleição. Deus escolheu a Israel para mostrar a sua glória ao
mundo. O Egito era a grande potência da época, enquanto Israel era um povo
escravo. Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as Escrituras
Sagradas. E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o Salvador ao
mundo.
Igreja, filhos por adoção. Paulo expressa que os membros da igreja na Galácia
eram filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, e utiliza o termo, todos (Gl
3.26), isto é, uma referência aos membros da igreja que tinham recebido Jesus
como Salvador (Jo 1.12). Os filhos por adoção são todos os que recebem a Jesus
como Salvador
I – O
CONCEITO BÍBLICO DE ADOÇÃO
1- Conceito bíblico e teológico.
2- Benefícios da adoção.
3- Herdeiros da promessa.
Comentário:
Para Grudem há um paralelo entre regeneração, justificação e adoção
(apud, POMMERENING, p. 122). Distinção perceptível em que a regeneração
corresponde com a vida espiritual interior, já a justificação corresponde com a
posição que cada crente tem diante de Deus, se de justo, justificado ou não, e
a adoção corresponde com a comunhão com Deus.
Biblicamente todos os seres humanos são criaturas de Deus, porém quando o
indivíduo recebe a Jesus como único Salvador torna-se filho de Deus por adoção,
sendo que a possibilidade da adoção só é possível mediante a obra vicária de
Cristo. Logo, se percebe que os benefícios da adoção são:
Segurança, pois é próprio da paternidade outorgar proteção (Sl 23).
Confiança, pois Deus é fiel para cumprir o que tem prometido aos teus.
Sentido de pertencimento a uma casa eterna. Sobre a casa eterna pode-se
compreender que, existe
um lugar maravilhoso esperando por nós. Lá não haverá doença, nem morte, nem
traumas ou sofrimento algum. Haverá então uma alegria maravilhosa e
sensacional, com as maiores surpresas a cada dia da eternidade. Não se preocupe
porque Jesus voltará com poder, glória e majestade, acompanhado de milhões de
anjos, justamente nesta época de medo, insegurança e angústia. Está chegando o
grande dia em que o Senhor virá nos buscar (HAYNES, p.553).
Fatos que podem ser ratificados no termo utilizado pela Escritura
Sagrada em ser os cristãos herdeiros da promessa. Todos os filhos de Deus tem uma herança baseada na sua relação com Deus,
herança de natureza incorruptível, imaculada, reservada no céu (1 Pe 1.4). A
herança dos filhos de Deus inclui uma expectativa de vida eterna (Tt 3.4-7). Como
herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, os filhos de Deus compartilham,
agora, dos sofrimentos de Jesus (Fp 3.10) e, no futuro, compartilharão também da
Sua glória (Fl 3.11-14). (RADMACHER; ALLEN;
HOUSE, p.384).
II – A ADOÇÃO NO TEMPO PRESENTE
1- Parecidos com o
Pai.
2- Ser amado pelo
Pai.
3- Os direitos e os
deveres na adoção.
Comentário:
A semelhança presente que cada cristão tem para com o Pai celeste
corresponde com a manifestação do caráter de Deus no interior do indivíduo
permitindo a este que seja exemplo dos fiéis.
Na adoção de filhos alguns direitos são outorgados:
Nova família (Ef 2.19).
Livres da lei que gera a morte (Gl 3.25).
São filhos de Deus sem distinção (Gl 3.28).
E também um novo nome (Ap 2.17).
Porém, percebe-se também que há deveres:
[...]
aparta-se do mundo e do que é imundo (2 Co 6.17,18); vencer o mundo (Ap 21.7);
praticar a justiça e amar o seu irmão (1 Jo 3.10); buscar a perfeição do Pai
(Mt 5.48); amar os inimigos, bendizer os que maldizem, fazer o bem aos que nos
odeiam e orar pelos que nos maltratam e perseguem (Mt 5.44); e também devem
aceitar a disciplina do Pai, pois essa disciplina demonstra o seu amor, que é
para nosso aperfeiçoamento em santidade (Hb 12.5-11) - (POMMERENING, p. 122).
III – A ADOÇÃO PLENA NO FUTURO
1- Filhos eternos.
2- Esperando a adoção
completa.
3- A casa do pai.
Comentário:
A frase “na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14.2) transmite dois
ensinamentos básicos: primeiro ensino, a casa pertence ao Criador e segundo
nesta casa há muitas moradas. Na tradução NVI a expressão muitas moradas
corresponde a uma casa pequena com muitos cômodos envolta de um pátio que é o
ponto de encontro para o lazer dos filhos que mora envolta do seu pai. Na Nova
Jerusalém quando se concretizar a adoção plena de filhos de Deus na vida dos
cristãos será visível a presença de cada filho habitando envolto do Pai
celeste.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
HAYNES, Gary. Manual bíblico de promessas. Belo
Horizonte: Atos, 2010.
POMMERENING, Claiton
Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é
o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
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