Deus é Fiel

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domingo, 21 de janeiro de 2018

O MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA

O MUITO MAIS ABUNDANTEMENTE DE DEUS PARA COM A FAMÍLIA
Texto: Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (Ef 3.20).
A família como instituição divina tem sofrido ataques que objetivam a destruição da essência natural da perpetuação da sua existência. Porém, Deus em sua bondade tem outorgado instruções, cumprido promessas e solidificado os lares para que a alegria do Senhor ministre força e vitória para os que creem.
O apóstolo Paulo utiliza o termo περισσοϛ que tem como significado estar a mais, exceder, ultrapassar em número ou em medida, resumidamente pode ser definido em ser mais que o suficiente. Outros termos que podem definir a palavra abundantemente no Novo Testamento são: deixar sobrar, superabundar, abundar ricamente, riqueza de alguém, e ir além de certa medida.
O muito mais abundantemente de Deus é pós-estabelecido ao dia da angústia e é o resultado das orações e dos pensamentos desenvolvidos em Cristo Jesus.
O dia da angústia
Pode ser descrito como o dia em que se recebem as más notícias, que perde o que se agrada, ou dia em que se é perseguido ou até mesmo o dia em que se passa na prisão.
Ao escrever sobre o tema: quando a prisão é uma realidade. O apóstolo Paulo escreve a seguintes cartas: Filipenses, Colossenses, Filemom e Efésios.
O propósito da epístola aos Efésios torna-se notável no desejo do apóstolo Paulo em visualizar a igreja sob o governo de Jesus ressurreto (2.20-22). A epístola é dividida em duas partes.
Na primeira parte (cap.1-3), a ênfase paulina se foca nas doutrinas centrais da fé cristã. O plano de Deus para a humanidade (1.3-23), a salvação pela graça (2.1-22), na multiforme sabedoria de Deus em vocacionar pessoas e na prática da oração (3.1-21). Sendo que na primeira parte o apóstolo também defende o seu ministério apostólico (3.1-13).
Paulo se refere à Igreja como o Corpo de Cristo, e não como uma igreja local específica. E, se as cartas aos Coríntios estão repletas de problemas na congregação local, em Efésios essas alusões não aparecem de modo algum (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.501).
Já na segunda parte o Paulo descreve como as verdades espirituais devem refletir na conduta cristã (cap.4-6). A unidade da fé mediante a diversidade de dons (4.1-6), a nova vida com Cristo (4.7-5.21), bom relacionamento com Jesus e com a família (5.22-6.9), e por fim, a armadura espiritual do cristão (6.10-20).
No epílogo o apóstolo Paulo revela o seu apreço pelo ministério desenvolvido por outros, principalmente o de Tíquico e finda a mensagem escrita com as seguintes palavras: a graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém (6.24). Sinceridade é também traduzida por sem corrupção.
Portanto, o dia da angústia proporciona ao cristão ser mais dependente de Deus. Orar antes é dependência, orar depois é gratidão, e orar sempre é relacionamento, a presente frase descreve a importância da oração em três palavras: dependência, gratidão e relacionamento. O dia da angústia motiva o cristão a ser dependente de Deus. A vitória sobre os impasses do dia angústia permite ao crente ser grato e a desenvolver um relacionamento sadio para com Deus.
O abundantemente de Deus é o resultado das orações
Na caminhada cristão três práticas são mais do que necessárias: andar por fé (2 Co 5.7), amar (1 Jo 3.16), e orar sempre (1 Tes 5.17). A fé remove montanhas, já o amor remove fronteiras, enquanto a oração move as mãos de Deus.
A oração de um justo é poderosa e eficaz (Tg 5.16), porém há trancas que bloqueiam as orações feitas a Deus, e cinco merece destaque:
Primeiramente há orações que são bloqueadas por serem desenvolvidas por corações ambiciosos, pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites (Tg 4.3).
Por segundo, orações que são feitas por homens que maltratam o consorte. Igualmente vós, maridos, vivei com elas com entendimento, dando honra à mulher... e como sendo elas herdeiras convosco da graça da vida, para que não sejam impedidas as vossas orações (1 Pe 3.7).
Em terceiro, não são atendidas por serem feitas por pessoas que menosprezam os pobres. Quem tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, também clamará e não será ouvido (Pv 21.13).
Já em quarto, quando são feitas por pessoas que possuem amargura no coração por alguém. Quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que também vosso Pai que está no céu, vos perdoe as vossas ofensas (Mc 11.25,26).
Por fim, quando se ora sem fé. Peça-a, porém, com fé, não duvidando; pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, que é sublevada e agitada pelo vento. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa, homem vacilante que é, e inconstante em todos os seus caminhos (Tg 1.6-8).
Entretanto, cinco atitudes são necessárias para aqueles que buscam a presença de Deus em oração para que recebam o muito mais abundantemente de Deus. São elas:
Orar com fé. Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crendo que o recebereis, e tê-lo-eis (Mc 11.24).
Orar segundo a vontade de Deus. E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a Sua vontade, Ele nos ouve (1 Jo 5.14).
Orar em nome de Jesus. E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a farei (Jo 14.13,14).
Orar enquanto jejua. E, havendo-lhes feito eleger anciãos em cada igreja e orado com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido (At 14.23).
Orar permanecendo em Jesus e na Palavra. Se vós estiverdes em me a as minhas palavras estiverdes em vós, pedireis o que quiserdes e vos será feito (Jo 15.7).
Palavra final
O muito mais abundantemente de Deus vai além do que pedimos em oração e além do que imaginamos, pois há um poder que opera em cada cristão. O poder que opera no cristão corresponde à ação do Espírito Santo de Deus que permite a deliberação do perdão de Deus, assim como da ação reconciliadora dos homens para com o próximo.
Referência:

ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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