Jesus é
superior a Josué – o meio de entrar no Repouso de Deus
A presente lição tem
como objetivo geral demonstrar que Jesus é superior a Josué na
mensagem e no provimento de repouso para o povo de Deus. Sendo que
a verdade prática notifica que o descanso provido
por Josué foi terreno, temporário e incompleto; o descanso provido por Cristo é
celestial, eterno e completo.
Josué é um tipo do
Senhor Jesus no Antigo Testamento, pois como liderança proporciona a entrada do
povo israelita no descanso terreno, logo este descanso é temporário e
incompleto.
Champlin assim
comenta a respeito de Josué:
...Ele
foi o Jesus do Antigo Testamento. Ambos conduzem à Terra Prometida, e ambos
receberam uma autoridade acima da de Moisés... Josué serve de ilustração do
homem que confronta alguma imensa dificuldade, mas a vence, porquanto nele não
havia nem dúvida e nem hesitação, de tal modo que, com coragem e resolução, ele
foi capaz de realizar a tarefa que o Senhor lhe deu (2014,
p. 606).
Josué era filho de
Num, descendente da tribo de Efraim (Êx 33.11) e maioral (príncipe) da sua
tribo e como príncipe teve como missão espiar a terra prometida (Nm
13.2,3,8,16). Dois pontos são fundamentais para compreender e entender a vida
de Josué narrada nos trechos da Bíblia sagrada.
Josué como servo – Em Êxodo 17.8-16, Josué recebeu a missão de Moisés para liderar o
exército de Israel contra os amalequitas. A missão de Josué era dupla: escolher
homens certos e sair para a guerra (Êx 17.9). Portanto, Josué foi fiel na
missão em escolher pessoas e também fiel no ir para a guerra.
Já em Êxodo 24.13,
Josué acompanhou o seu líder até o pé do monte. Moisés esteve quarenta dias e quarenta
noites na presença de Deus, sendo que Josué em todo este período permaneceu no
pé do monte.
Em Êxodo 33.11 Josué
é apresentado como servidor de Moisés que não se afastava da tenda, como
resultado da prestação de serviço o que Moisés recebia da parte de Deus Josué
também desfrutava, assim, o moço sucessor de Moisés na liderança do povo de
Israel, desfrutava da presença do Senhor.
Procura
apresentar-se a Deus aprovado (conduta espiritual), como obreiro que não tem de que se envergonhar (conduta disciplinar), que maneja bem a palavra da verdade (conduta pedagógica) 2 Tm
2.15. As três condutas acima citadas são notórios na vida de Josué: homem
espiritual, disciplinar e que através do seu modo de vida torna-se um mestre
para as futuras gerações dentre elas a nossa.
Josué como líder – A liderança de Josué foi por Deus aprovada. Foi o próprio Deus que
falou a Moisés sobre a pessoa de Josué em sucedê-lo na liderança dos israelitas
(Nm 27. 18-23). Após a morte de Moisés o novo líder de Israel recebeu de Deus
regras fundamentais para uma liderança eficaz (Js 1.5-9):
a) O ponto inicial
para uma liderança eficaz é saber a origem do chamado, ou seja, quem o chamou?
(v.5).
b) Ter um mentor. No
caso de Josué o mentor era Moisés (v.5).
c) Reconhecer a ação
de quem o chamou em prol da realização da missão outorgada. Ele não deixará e
nem desamparará os teus (v.5).
d) É necessário
esforçar-se e ter bom ânimo (v6).
e) Manter íntegro
conforme a palavra do Senhor (v.7).
f) Meditar na palavra
do Senhor (v.8).
g) Gozar da presença
de Deus (v.9).
I –
JESUS PROVEU UMA MENSAGEM SUPERIOR A DE JOSUÉ
1- Uma mensagem que deve ser recebida pela fé.
2- Uma mensagem que se fundamenta na obediência.
3- Uma mensagem que conduz à contrição.
Comentário:
A mensagem pregada
pelo Senhor Jesus é superior à anunciada por Josué. Josué anunciava as boas
novas correspondentes à entrada na Canãa terrena, já Jesus propagou a mensagem correspondente
à entrada na Canãa celestial. Mas, para entrar na Canãa terrena os israelitas
tiveram que obedecer, assim também para os que querem entrar na Canãa celestial
deverão obedecer à mensagem da cruz, pois a mensagem
de Deus só tem proveito quando acompanhada pela obediência (LIÇÃO,
p.29).
A obediência proporciona
conquistas, já o desobedecer conduz a destruição e a percas de oportunidades,
exemplo: Adão foi expulso do jardim por causa da desobediência, enquanto Raabe
não pereceu, pois obedeceu aos princípios de Deus para com a nação de Israel.
A obediência
proporciona a crença necessária no agir de Deus, pois Josué e Calebe foram os únicos
acima de vinte anos dos que saíram do Egito que entraram na Canãa terrena, pois
creram na promessa de Deus.
É necessário também compreender
que a obediência à mensagem de Deus possibilita ao indivíduo o desenvolvimento
de um coração contrito, que necessariamente pode ser definido em ser um coração
quebrantado, ou seja, um coração aberto para o querer de Deus.
II –
JESUS PROVEU UM DESCANSO SUPERIOR AO DE JOSUÉ
1- Um descanso total.
2- Um descanso
real.
3- Um descanso eterno.
Comentário:
A conquista da Canãa
terrena não foi total, pois Josué não obteve o pleno controle de toda região
conquistada, tornando assim o tipo do descanso real e eterno outorgado por
Cristo. Portanto, o descanso terreno é caracterizado pela incompletude, pelo antítipo
e a efemeridade.
O livro
de Josué mostra as grandes conquistas efetuadas por ele, mas destaca que “ainda
muitíssima terra ficou para possuir” (Js 13.1). Josué, sem dúvida, proveu uma
forma de “descanso” físico, político e social, mas o verdadeiro descanso era uma
promessa para o povo da nova aliança (GONÇALVES, p. 51).
A promessa para o
povo da nova aliança continua em sua eficácia, pois Jesus ao se entregar no
calvário se entregou para outorgar salvação a todos os que crerem (Jo 3.16).
III –
JESUS PROVEU UMA ORIENTAÇÃO SUPERIOR A DE JOSUÉ
1- Uma palavra viva.
2- Uma palavra eficaz.
3- Uma palavra penetrante.
Comentário:
Sobre Hebreus 4.12
pode se afirmar que:
A palavra
de Deus é o padrão de medida que Cristo usará no juízo (2 Co 5.10). A mensagem
de Deus é viva e eficaz, penetrando as partes mais íntimas do ser. Diferencia o
que é natural do que é espiritual, assim como os pensamentos (as reflexões) e
as intensões (desejos) de cada pessoa. A palavra de Deus, enfim, expõe as
motivações naturais e as espirituais do coração do crente (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, p. 645).
Assim para Wesley a
palavra de Deus é eficaz, pois é conduzida pelo poder divino e comunica vida ou
morte para os que a ouvem e penetra aos lugares mais escondidos da mente humana
(apud GONÇALVES, p.52).
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Novo Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia
de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.
GONÇALVES, José. A
supremacia de Cristo: fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de
Janeiro: CPAD, 2017.
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