Deus é Fiel

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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Subsídio da E.B.D: Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica

Cristo é Superior a Arão e à Ordem Levítica
A presente lição tem como objetivo geral pontuar o sacerdócio do Senhor Jesus como superior à ordem levítica e que, por isso, Ele teve autoridade para inaugurar uma nova ordem.
A missão do sacerdote era mediar à relação entre o homem e Deus. Ou seja, tinha como missão levar o homem até Deus por meio de sacrifícios e pela oração intercessora. Jesus em seu ministério foi Sacerdote perfeito, pois por meio da sua morte foi o próprio sacrifício oferecido ao Pai para a salvação de todos os que creem.
Na historiografia Bíblica percebe-se que no AT existiam divisões concernentes às funções sacerdotais, que eram distribuídas entre, o sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas. Outro fator também determinante para compreender as distribuições das funções dos descentes de Levi é necessário citar os nomes dos filhos deste patriarca: Gérson, Coate e Merari (Êx 6.16).
Os da família de Gérson ficaram com a responsabilidade de cuidarem e trabalharem com os elementos do tabernáculo (Nm 3.22-26). Já os descendentes de Merari com os elementos estruturais como, tábuas, varais, colunas, bases, estacas, cordas, ou seja, com os utensílios do Tabernáculo (Nm 3.38-39). Enquanto, os descendentes de Coate ficaram com as tarefas mais importantes que diretamente estavam associadas com a liderança.
Aos 30 anos de idade os levitas davam início às suas obrigações que eram manuais e as encerravam aos 50 anos (Nm 4.3). Portanto, todos os sacerdotes eram levitas. Porém, nem todos os levitas eram sacerdotes. As obrigações menores, algumas vezes até manuais, como limpeza, arranjo e arrumação no templo, cabiam aos levitas não-sacerdotais (CHAMPLIN, p.17).
Enquanto, os sacerdotes eram responsáveis por desenvolverem as seguintes atividades: sacrifícios (Lv 1-6), e cuidarem das questões concernentes aos alimentos próprios e impróprios (Lv 13-14).
Já o sumo sacerdote estava encarregado de certos deveres especiais, que só ele podia cumprir, como oficial no dia da expiação, entrando no Santo dos Santos com esse propósito, e servir de principal oráculo do sacerdócio (CHAMPLIN, p.18).
I – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À QUALIFICAÇÃO
1- Por representar melhor os homens diante de Deus.
2- Por compreender melhor a condição humana.
3- Pela posição que exerceu.
Comentário:
A superioridade do sacerdócio de Cristo torna-se nítido na doutrina da encarnação, pois Jesus Cristo se fez carne e habitou entre os homens, se fazendo homem para morrer pelos homens. Logo, se percebe que Jesus representa melhor os homens diante de Deus.
Sobre encarnação é necessário saber que:
Deu-se a encarnação quando a Segunda Pessoa da Trindade tomou a nossa forma e substância para executar o plano redentivo de Deus (Jo 1.12). O processo, que se constitue no maior mistério das Sagradas Escrituras, em nada lhe alterou a divindade.
Jesus é o verdadeiro homem e o verdadeiro Deus.
A encarnação constitui-se no segundo pilar da história sagrada. O primeiro é o êxodo dos filhos de Israel. Sem este mistério, não poderia haver Evangelho (ANDRADE, p.113).
Ao se tornar homem Jesus compreendeu melhor a condição humana para exercer a compaixão, do grego metripatheia, isto é, moderar nas paixões, ser gentil e compassivo.
II – UM SACERRDÓCIO SUPERIOR QUANTO AO SERVIÇO
1- Pela realeza e o propósito pelo qual viveu.
2- Pela vida santa que possuía.
3- Pela submissão que demonstrou.
Comentário:
Com base nos escritos da Carta aos Hebreus nota-se a superioridade do sacerdócio de Cristo pelos seguintes pontos:
a) Os sacerdotes da Antiga Aliança entravam no tabernáculo terreno, sombra do tabernáculo celestial, enquanto Jesus entrou nos céus, no verdadeiro Santo dos Santos (Hb 4.14).
b) Os sacerdotes da Antiga Aliança ofereciam um sacrifício que se repetia a cada ano, isto é, sacrifício que não era eficaz. Já Jesus ofereceu a si mesmo como sacrifício, sendo este verdadeiro e eficaz (Hb 7.27; 9.23,28).
c) Logo, o sacrifício de Jesus tornou-se o melhor de todos, por finalizar os sacrifícios (Hb 9.13-10.18). Por fim, Jesus torna mediador de um pacto novo e maior que o antigo (Hb 8.6).
III – UM SACERDÓCIO SUPERIOR QUANTO À IMPORTÃNCIA TEOLÓGICA
1- Uma doutrina transcendente.
2- Uma doutrina essencial.
Comentário:
A doutrina do sacerdócio do Senhor Jesus é fundamental para o crescimento espiritual dos cristãos, porém esta requer maturidade cristã que é o resultado da meditação na Palavra do Senhor. Sem a mediação da Palavra do Senhor escolhas erradas podem ser tomadas e como consequências transtornos poderão se efetuar.
Por fim, os sacerdotes eram líderes, portanto os líderes na atualidade deverão se espelhar em Jesus como o Sumo Sacerdote, maior líder de todos os tempos, pois o sumo sacerdote concentrava nas pessoas (é constituído em favor dos homens nas coisas concernentes a Deus – Hb 5.1), eram compassivo com os fracos e ignorantes (Hb 5.2), estavam em prontidão para enfrentar o pecado (Hb 5.3), e não autonomeava, mas eram vocacionado por Deus (Hb 5.4). Portanto, sendo Jesus o Sumo Sacerdote é necessário que os cristãos mantenham firme a confissão, porque Jesus pode compadecer das fraquezas dos homens e outorgar satisfação espiritual.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa. Dicionário Teológico, com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.

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