Uma
salvação grandiosa
O escritor continua
sua linha de raciocínio argumentando a superioridade de Jesus sobre os anjos.
Porém, em meio aos argumentos percebe-se uma exortação aos crentes para que
estes permaneçam firmes diante do Senhor.
Em toda carta há
cinco exortações (Hb 2.1-4; 3.1-4.16; 5.11-6.20; 10.19-39; 12.1-29), no que
corresponde a permaneça dos cristãos diante de Deus. Sendo que algumas frases
são importantes para a compreensão destas exortações: em
tempo algum, nos desviemos delas (Hb 2.1); participemos da vocação celestial (Hb 3.1); não façais
negligentes para ouvir (Hb
6.12); não deixando a nossa congregação como é
costume de alguns (Hb 10.25); olhando
para Jesus, autor e consumador da fé (Hb 12.2).
Entretanto, a
presente lição tem como objetivo geral explicar
que a salvação não é algo dado ao crente compulsoriamente,
por isso, ele deve ser vigilante e não negligenciar a graça recebida, pois a
salvação é grandiosa, é necessária e é eficaz.
I –
UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
1- Testemunhada pelo Senhor.
2- Proclamada pelos que a ouviram.
3- Confirmada pelo Espírito Santo.
Comentário:
Três descrições
tornam-se notórias e necessárias em compreensão para a Igreja: atentar para as
coisas que já temos ouvido, como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão grande salvação, e testificando Deus com sinais, e milagres.
Atentar para as coisas que já temos ouvido. Imaturidade e negligência passam a serem palavras
descritas pelo escritor da carta. Imaturidade no atentar para as coisas ditas
por populares da sociedade, e negligência por não atentar para o que é certo e
o que tem aprendido. Deus tem levantado e usado pessoas para edificar os
crentes por meio do ensino da Palavra. E todo cristão deverá permanecer firme
diante de Deus mediante o que tem aprendido, pois o conhecimento da Palavra
liberta (Jo 8.32), o conhecimento da Palavra proporciona crescimento (1 Pe
3.18) e o conhecimento da Palavra conduz a santificação (Jo 17.17).
Como escaparemos nós se não atentarmos para uma tão
grande salvação. Tão grande salvação,
frase que corresponde com a abrangência da doutrina da salvação, iniciando-se
com a justificação, confirmando-se com a santificação e por fim, concretizando-se
com a glorificação. Portanto, os cristãos não podem de maneira nenhuma perder a
oportunidade de reinar com Cristo. Ao que perder a salvação será por Deus
punido (Ap 20.15).
Testificando Deus com sinais, e milagres. O versículo três deixa claro que o escritor da carta
não teve contato direto com Jesus e o versículo quatro conduz a seguinte
suposição interpretativa: os cristãos que receberam a carta faziam parte de uma
geração que até poderia ter presenciado milagres, mas não os ter realizado. A
igreja cresce mediante a presença de Deus. A presença de Deus é confirmada com
a manifestação de poder. Quando não há manifestação de poder da parte de Deus,
surge a identificação de que alguns desviaram das coisas que foram ensinados.
II –
UMA SALVAÇÃO NECESSÁRIA
1- Por intermédio da humanização do Redentor.
2- Por meio do sofrimento do Redentor.
3- Por intermédio da glorificação do Redentor.
Comentário:
A salvação tornou-se
necessária ao ponto em que ocorreu a encarnação do Verbo, isto é, o Verbo se
fez carne (Jo 1.14,8) e habitou entre nós, o que se compreende em ação
definitiva para outorgar salvação à humanidade. Portanto, na humanização do
Verbo houve o sofrimento no calvário para que se concretizasse o plano da
salvação prometido por Deus.
Conforme os escritos
do evangelista Mateus o sofrimento de Jesus no calvário poderá ser dividido em
cinco frases:
Primeira fase, Ele entristeceu –
Mateus 26.37.
E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu,
começou a entristecer-se
e a angustiar-se muito.
Segunda fase, Ele foi abandonado
– Mateus 26.56.
Mas tudo isto aconteceu para que se cumpram as
escrituras dos profetas. Então, todos os discípulos, deixando-o, fugiram.
Terceira fase, Ele foi espancado –
Mateus 26.67.
Então cuspiram-lhe no rosto e lhe davam punhadas, e outros o esbofeteavam.
Quarta fase, Ele foi julgado –
Mateus 26.57, 27.2.
E os que prenderam a Jesus o conduziram à casa do sumo
sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. E
maniatando-o, o levaram e entregaram ao presidente Pôncio Pilatos.
Quinta fase, Ele foi humilhado – Mateus 27.28-31.
E, despindo-o, o
cobriram com uma capa de escarlate;
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na
cabeça, e em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o
escarneciam, dizendo: Salve, Rei dos judeus.
Porém, percebe-se que
o Senhor Jesus foi glorificado porque Ele sofreu, e sofreu para outorgar
salvação a todos os que se aproximarem de Deus.
III –
UMA SALVAÇÃO EFICAZ
1- Vitória sobre o diabo.
2- Vitória sobre a morte.
3- Vitória sobre a tentação.
Comentário:
A morte de Jesus na
cruz confirma a vitória sobre o diabo, pois morte de Jesus foi uma expiação
pelos pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o
transgressor. A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto é, foi o
aplacar da ira de Deus. Em terceiro a morte de Jesus foi uma substituição (Rm
5.6). Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção e reconciliação para todos
aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho. Então se conclui que a
morte de Jesus na cruz além de ser vitória sobre o diabo é também a confirmação
da vitória sobre a morte, a lei, o pecado e a tentação.
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