Deus é Fiel

Deus é Fiel

domingo, 4 de outubro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: Quem era Jó

 

Quem era Jó

A verdade prática permite compreender que Quem zela por um caráter irrepreensível obtém testemunho acerca de sua integridade.



Com base na descrição da verdade prática, conclui-se que:

Há pessoas (cristãos) que zelam por um caráter irrepreensível.

Os que assim zelam obtém testemunho acerca de sua integridade.

A respeito do Texto Áureo pode compreender que:

Quando o autor faz a sua narrativa sobre a história de Jó, o nome Jó já se havia transformado numa verdadeira lenda! Jó tornara-se admirado, celebrado e reverenciado. Jó não era, portanto, uma lenda no sentido de uma ficção historicizada, mas, sim, registro da história de um homem, cujo caráter deu a ele fama e prestígio (GONÇALVES, 2020, p. 28,29).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Demonstrar que Jó foi um homem rico, mas que diferente dos demais tinha um caráter íntegro.

E como objetivos específicos:

Mencionar que Jó procurou viver de forma íntegra e justa.

Citar a prosperidade de Jó como consequência do favor de Deus.

Destacar a piedade pessoal de Jó como modelo para os crentes.

I – UM HOMEM DE CARÁTER IRRETOCÁVEL

O primeiro versículo do livro de Jó apresenta quatro características que define o caráter do patriarca Jó: homem íntegro, homem reto, homem temente a Deus, e por fim, homem que se desviava do mal.

O termo caráter no grego χαρακτήρ, significa reprodução ou representação. Corresponde a uma ferramenta para gravação, isto é, uma coisa estampada, cunhada, ou seja, uma marca, ou sinal de distinção. Portanto, o testemunho que Jó alcançou de Deus veio da demonstração de seu caráter diante da presença do Senhor.

Caráter é a qualidade inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa. Pois, caráter significa:

Ter um comprometimento com um conjunto de valores sem comprometer-se... Ser dedicado a um conjunto de padrões sem hesitar... Esforçar-se continuamente para integrar seus pensamentos, palavras e ações... Fazer sacrifícios para manter os seus princípios... Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p.204-211).

A marca distintiva do caráter é a lealdade. Lealdade é o produto da estabilidade criada pelas provações que surgem ao longo do tempo (MUNROE, 2015, p.219).

Conforme o pastor Antônio Gilberto o caráter:

É um componente da personalidade. É adquirido, não herdado. A criança herda tendências, não caráter. Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado socioeconômico (1998, p.223).

Porém, no que corresponde ao caráter de Jó é necessário compreender é que o patriarca se destacou por alcançar o testemunho do próprio Deus, testemunho de homem íntegro, reto, temente e que se desviava do mal.

1- Jó, homem íntegro. Integridade corresponde a não ter inadequações espirituais, ou seja, que não foi atingido, o que caracteriza uma pessoa inculpável que moralmente se encontra no estado de pessoa sã. Logo, nos dias atuais para que alguém seja íntegro é necessário que a cada dia santifique a sua vida diante do Senhor.

2- Jó, homem reto. A pessoa reta não se desvia do padrão aprendido, por ser um homem reto o patriarca Jó não se desviava dos padrões outorgados por Deus, pois o seu coração estava cheio das regras divinas que proporcionou ao mesmo um padrão exemplar.

3- Jó, homem temente a Deus. A reverência ao Senhor é o reconhecimento da bondade e da santidade do Senhor, e por ser temente a Deus o patriarca temia desobedecer às regras morais e espirituais. A não desobediência permite compreender o temor que o patriarca tinha para com o Senhor.

4- Jó se desviava do mal. A localização onde o pecado reinava o patriarca Jó se desviava e se distanciava do mal. Tal característica do caráter de Jó permite compreender que o cristão tem a escolha: se comete ou não o pecado. É necessário compreender que resultados são provenientes de escolhas. Jó preveria se desviar do pecado.

II – UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO

Alguns personagens se destacaram na Bíblia por serem considerados sábios. Dentre eles é citado Jó, pois era procurado frequentemente por seus contemporâneos para outorgar conselhos.  Perceba esta verdade na narrativa do próprio Jó: Ouviam-me e esperavam, e em silêncio atendiam ao meu conselho. Havendo eu falado, não replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles (Jó 29.21,22).

Já no que se refere à prosperidade de Jó, assim descreve Gonçalves:

O conceito de prosperidade encontrada em Jó antecipa-se àquilo que o salmista previu e é prenúncio daquilo que o Novo Testamento ensinará. Não há dúvidas de que o Senhor Deus quer que os seus filhos prosperem, todavia é preciso dizer que isso não pode ser confundido simplesmente com aquisição de “posses” ou “bens”. A bênção do Senhor não pode ser confundida simplesmente com sucesso. Alguém pode possuir muitos bens, ter muitas posses e, ainda assim, não ser uma pessoa próspera. Por outro lado, uma pessoa pode ser abençoada por Deus sem, contudo, ter aquele “sucesso” que tantos aplaudem. Assim como o livro de Jó, o salmista (Salmos 73) mostra as diferenças conceituais entre “ser próspero” e ter “sucesso” (GONÇALVES, 2020, p. 34,35).

III – UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL

A piedade pessoal de Jó torna-se notável na preocupação em que o patriarca possuía por seus filhos, por sua vida moral e os cuidados que possuía para com a sua vida espiritual.

Piedade pode ser definida por compaixão pela dor alheia, isto é, compaixão para com o próximo.

A piedade de Jó, portanto, pode ser ilustrada na sua profunda vida de oração. Primeiramente, deve ser observado que ele priorizava a oração (“se levantava de madrugada”). Por certo, ninguém terá vitória na oração se não a prioriza. O comodismo costuma matar a vida de oração. Deixar a oração em segundo ou terceiro plano é o primeiro sinal de fracasso espiritual (GONÇALVES, 2020, p. 37).

Referência:

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

MUNROE, Myles. O poder do caráter na liderança. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015.

SILVA, Antonio Gilberto da. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e de atualização para professores veteranos da Escola Bíblica Dominical. 17ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

Nenhum comentário:

Postar um comentário