Quem era Jó
A verdade prática permite compreender que Quem zela por um caráter irrepreensível obtém testemunho
acerca de sua integridade.
Com base na
descrição da verdade prática, conclui-se que:
Há pessoas
(cristãos) que zelam por um caráter irrepreensível.
Os que assim
zelam obtém testemunho acerca de sua integridade.
A respeito
do Texto Áureo pode compreender que:
Quando o autor faz a sua
narrativa sobre a história de Jó, o nome Jó já se havia transformado numa
verdadeira lenda! Jó tornara-se admirado, celebrado e reverenciado. Jó não era,
portanto, uma lenda no sentido de uma ficção historicizada, mas, sim, registro
da história de um homem, cujo caráter deu a ele fama e prestígio (GONÇALVES,
2020, p. 28,29).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral: Demonstrar que Jó foi um homem rico, mas
que diferente dos demais tinha um caráter íntegro.
E como objetivos específicos:
Mencionar que Jó procurou
viver de forma íntegra e justa.
Citar a prosperidade de Jó
como consequência do favor de Deus.
Destacar a piedade pessoal
de Jó como modelo para os crentes.
I – UM HOMEM DE CARÁTER
IRRETOCÁVEL
O primeiro versículo do
livro de Jó apresenta quatro características que define o caráter do patriarca
Jó: homem íntegro, homem reto, homem temente a Deus, e por fim, homem que se
desviava do mal.
O termo caráter no grego
χαρακτήρ, significa reprodução ou representação. Corresponde a uma ferramenta
para gravação, isto é, uma coisa estampada, cunhada, ou seja, uma marca, ou
sinal de distinção. Portanto, o testemunho que Jó alcançou de Deus veio da
demonstração de seu caráter diante da presença do Senhor.
Caráter é a qualidade
inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de
cada pessoa. Pois, caráter significa:
Ter um comprometimento com
um conjunto de valores sem comprometer-se... Ser dedicado a um conjunto de
padrões sem hesitar... Esforçar-se continuamente para integrar seus
pensamentos, palavras e ações... Fazer sacrifícios para manter os seus
princípios... Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p.204-211).
A marca distintiva do
caráter é a lealdade. Lealdade é o produto da estabilidade criada pelas
provações que surgem ao longo do tempo (MUNROE, 2015, p.219).
Conforme o pastor Antônio
Gilberto o caráter:
É um componente da
personalidade. É adquirido, não herdado. A criança herda tendências, não
caráter. Resulta da adaptação progressiva do temperamento às condições do meio
ambiente: o lar, a escola, a igreja, a comunidade, e o estado socioeconômico (1998, p.223).
Porém, no que corresponde ao
caráter de Jó é necessário compreender é que o patriarca se destacou por
alcançar o testemunho do próprio Deus, testemunho de homem íntegro, reto,
temente e que se desviava do mal.
1- Jó, homem íntegro.
Integridade corresponde a não ter inadequações espirituais, ou seja, que não
foi atingido, o que caracteriza uma pessoa inculpável que moralmente se
encontra no estado de pessoa sã. Logo, nos dias atuais para que alguém seja íntegro
é necessário que a cada dia santifique a sua vida diante do Senhor.
2- Jó, homem reto. A pessoa reta não se desvia do padrão
aprendido, por ser um homem reto o patriarca Jó não se desviava dos padrões
outorgados por Deus, pois o seu coração estava cheio das regras divinas que
proporcionou ao mesmo um padrão exemplar.
3- Jó, homem temente a
Deus. A reverência ao Senhor é o
reconhecimento da bondade e da santidade do Senhor, e por ser temente a Deus o
patriarca temia desobedecer às regras morais e espirituais. A não desobediência
permite compreender o temor que o patriarca tinha para com o Senhor.
4- Jó se desviava do mal. A localização onde o pecado reinava o
patriarca Jó se desviava e se distanciava do mal. Tal característica do caráter
de Jó permite compreender que o cristão tem a escolha: se comete ou não o
pecado. É necessário compreender que resultados são provenientes de escolhas.
Jó preveria se desviar do pecado.
II –
UM HOMEM SÁBIO E PRÓSPERO
Alguns personagens se
destacaram na Bíblia por serem considerados sábios. Dentre eles é citado Jó,
pois era procurado frequentemente por seus contemporâneos para outorgar
conselhos. Perceba esta verdade na
narrativa do próprio Jó: Ouviam-me e
esperavam, e em silêncio atendiam ao meu conselho. Havendo eu falado, não
replicavam, e minhas razões destilavam sobre eles (Jó 29.21,22).
Já no que se refere à
prosperidade de Jó, assim descreve Gonçalves:
O conceito de prosperidade
encontrada em Jó antecipa-se àquilo que o salmista previu e é prenúncio daquilo
que o Novo Testamento ensinará. Não há dúvidas de que o Senhor Deus quer que os
seus filhos prosperem, todavia é preciso dizer que isso não pode ser confundido
simplesmente com aquisição de “posses” ou “bens”. A bênção do Senhor não pode
ser confundida simplesmente com sucesso. Alguém pode possuir muitos bens, ter
muitas posses e, ainda assim, não ser uma pessoa próspera. Por outro lado, uma
pessoa pode ser abençoada por Deus sem, contudo, ter aquele “sucesso” que
tantos aplaudem. Assim como o livro de Jó, o salmista (Salmos 73) mostra as
diferenças conceituais entre “ser próspero” e ter “sucesso” (GONÇALVES,
2020, p. 34,35).
III –
UM HOMEM DE PROFUNDA PIEDADE PESSOAL
A piedade pessoal de Jó
torna-se notável na preocupação em que o patriarca possuía por seus filhos, por
sua vida moral e os cuidados que possuía para com a sua vida espiritual.
Piedade pode ser definida por
compaixão pela dor alheia, isto é, compaixão para com o próximo.
A piedade de Jó, portanto,
pode ser ilustrada na sua profunda vida de oração. Primeiramente, deve ser
observado que ele priorizava a oração (“se levantava de madrugada”). Por certo,
ninguém terá vitória na oração se não a prioriza. O comodismo costuma matar a
vida de oração. Deixar a oração em segundo ou terceiro plano é o primeiro sinal
de fracasso espiritual (GONÇALVES, 2020, p. 37).
Referência:
GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração
de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
MUNROE, Myles. O poder do caráter na liderança. Rio de Janeiro: Editora Central
Gospel, 2015.
SILVA, Antonio Gilberto da. Manual da Escola Dominical: um curso de
treinamento para professores iniciantes e de atualização para professores
veteranos da Escola Bíblica Dominical. 17ª ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.
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