Deus é Fiel

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domingo, 25 de outubro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Lamento de Jó

 

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: O Lamento de Jó

A verdade prática permite compreender que O sofrimento pode nos levar a situação de estrema angústia, mas não devemos perder a esperança no agir de Deus.

Com base na descrição da verdade prática, conclui-se que:

O sofrimento pode levar a situação de extrema angústia.

E, em meio à angústia o cristão não poderá perder a esperança.


A respeito do Texto Áureo pode compreender que:

Jó lamentou que Deus o cercara de tal forma que ele não poderia morrer. A ironia está no fato de que Jó percebeu que Deus o cercava de proteção, e ocultou (v. 23) isso para mantê-lo afastado da vontade de morrer, um sentimento comum entre o s que sofrem (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 789).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral: Explicar que Jó era humano e como tal tinha todo o direito de extravasar seus sentimentos, não sendo recriminado por Deus por isso.

E como objetivos específicos:

Esclarecer que a angústia de Jó fez com que ele desejasse a morte como um escape.

Aclarar o desejo de Jó em ser como um abortivo.

Pontuar que Jó representa os que, em situação desesperadora, não veem nenhuma luz no fim do túnel.

I – PRIMEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NASCI? (3.1-10)

No primeiro lamento, percebe-se que Jó amaldiçoa o dia do seu nascimento, mas não blasfemou contra Deus. Outro fator importante a ser observado, Jó:

Não amaldiçoou os caldeus;

Não amaldiçoou os sabeus;

E, não amaldiçoou o vento ou fogo, simplesmente lamentou a respeito do seu nascimento.

O sofrimento de Jó era intenso. Toda angústia e sofrimento não existiria se ele não tivesse sido concebido. Isso, de fato, poderia existir se o dia do seu nascimento pudesse ser apagado. O seu desejo era que aquele dia houvesse se convertido em trevas [...]. O seu desejo era que esse dia, tendo sido apagado, não fizesse falta no calendário de Deus para completar os dias do ano (GONÇALVS, 2020, p. 69).

II – SEGUNDO LAMENTO DE JÓ: POR QUE NÃO NASCI MORTO? (3.11-19)

Ter nascido morto para o patriarca seria o não vivenciar a tribulação que o mesmo estava enfrentando. Lembrando que o dia da angústia poderá ser compreendido como o dia em que as pessoas recebem más notícias, o dia em que são abandonadas, menosprezadas e esquecidas.

Fatos que ocorreram com Jó, pois a tribulação vivenciada pelo mesmo se sintetiza na palavra perca.

A primeira perca foi a dos bens matérias: em questão de segundos o patriarca perdeu toda riqueza. Quinhentas juntas de bois e as quinhentas jumentas foram tomadas pelos sabeus (notáveis por suas riquezas e por suas mercadorias). Sete mil ovelhas foram queimadas por fogo que desceu do céu. Três mil camelos foram tomados pelos caldeus.

Segunda perca foi à morte de seus filhos: antes que o terceiro mensageiro terminasse a mensagem, o quarto já aproximava e transmitia a mais dolorosa de todas as más notícias daquele dia: “a morte dos filhos”.

A terceira foi a perca da saúde: Jó foi ferido com uma chaga maligna da cabeça aos pés.

A quarta perca foi a do incentivo da esposa: as palavras da esposa de Jó foram: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9).

Em suma, o dia da angústia é o dia de percas. Sendo que no auge de sua dor, ele desejou que aqueles que amaldiçoam o dia, ou seja, os que esconjuravam feitiços a pedido de seus clientes, pudessem ter lançado um feitiço para que ele nunca tivesse nascido (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 789).

III – TERCEIRO LAMENTO DE JÓ: POR QUE CONTINUO VIVO? (3.20-26)

Sobre o presente lamento pode-se compreender que:

Mesmo que Jó ansiasse pela morte, não estava pensando em suicídio. O contexto dos outros trechos sugere que ele simplesmente desejava que o Senhor lhe permitisse morrer (Jó 7.15-21; 10.18-22) (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 789).

Descrever a respeito do suicídio conforme o posicionamento teológico permite compreender que a prática do suicídio é pecado, pois esta prática fere a Palavra de Deus que ensina a não permissão ao ato de tirar a vida. Quem outorga a vida é Deus, logo quem tem o direito de tirá-la também é Deus.

Por fim, os três lamentos de Jó permite compreender que:

No primeiro lamento, ele questiona por que havia sido concebido ou nascido; no segundo, por que não havia nascido morto e, no terceiro, por que continuava vivo. Contudo, debaixo de intenso conflito psicológico, Jó jamais pensou em dar cabo da própria vida (GONÇALVS, 2020, p. 67).

Referência:

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico VelhoTestamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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