Saul: Somente ser escolhido não faz a diferença
A Síntese da lição em apreço permite
compreender que Em sua soberania, Deus pode rejeitar pessoas
que escolhem desobedecê-lo, ainda que tenham sido chamadas para uma obra.
Sendo que o Texto do Dia permite a
compreensão referente:
Ao poupar a vida de Agague
e tomar o melhor dos espólios, Saul estava seguindo os seus próprios desejos, em
vez de servir como agente do juízo de Deus. Talvez ele quisesse ganhar
prestígio, trazendo para casa os espólios dos amalequitas (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 478).
A presente lição tem como objetivos:
Refletir a respeito da
chamada e escolha de Saul para ser o primeiro rei de Israel.
Mostrar os erros cometidos
por Saul durante o seu reinado.
Saber como foi o término
do reinado de Saul.
I – A CHAMADA SACERDOTAL
ESQUECIDA
Anterior ao governo unificado de Israel o
regime administrativo da nação israelita era teocrático com a liderança
exercida por juízes e o último juiz da história de Israel foi Samuel, homem que
exerceu três funções a de profeta, sacerdote e juiz.
A última ação de Samuel como Juiz foi a de
alertar o povo israelita a respeito do preço em ter um rei (1 Sm 8.11-18),
porém o povo permaneceu firme no propósito em ter um rei como as demais nações
(1 Sm 8.19).
Com tal decisão o povo israelita teve o seu
primeiro rei, Saul, filho de Quis que foi enviado a procurar as jumentas de seu
pai (1 Sm 9.1-3) na viagem encontrou com Samuel e foi ungido rei de Israel (1Sm
10.1).
No que se refere aos sinais da confirmação da
vocação de Saul nota-se que:
Deus mudou o coração de Saul (1 Sm 10.9) – [...] Em hebraico, literalmente: Deus trocou o coração
por um outro coração (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 471).
O Espírito de Deus se apoderou dele (1 Sm
10.10) – Deus trabalhou por meio de Seu Espírito na
vida de Saul de modo que ele se tornou capaz de exercitar um dom profético.
Essa não foi uma vocação para Saul, e sim uma oportunidade (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 471).
II – COMENTENDO ERROS NO
MEIO DO CAMINHO
Saul em seus 40 anos de governo se destacou
por duas ações que marcam a sua administração sobre Israel.
A primeira ação marcante foi quando o mesmo
por falta de equilibro e por uma atitude repleta de desespero realizou o
holocausto (1 Sm 13.10), missão não cabível ao monarca.
[...] Os inimigos de
Israel armaram um combate contra os hebreus, e Saul deveria aguardar o retorno
de Samuel para que o sacerdote oferecesse holocausto ao Senhor e fossem ao
combate. Entretanto, a impaciência de Saul foi mais forte que o seu senso de
respeito pelo que Deus orientara. Ele mesmo ofereceu sacrifício (1 Sm 13.9,10).
O problema maior não era os filisteus no campo de batalha, e sim a precipitação
do rei de Israel (1 Sm 13.13,14) (COELHO,
2020, p. 54).
A segunda ação realizada por Saul que também
desagradou a Deus foi quando o monarca israelita não obedeceu à ordem de
eliminar os amalequitas (1 Sm 15.22).
[...] o Senhor havia dito
a Saul, por intermédio de Samuel que o rei aniquilasse os amalequitas. Aquele
povo seria julgado por Deus por causa dos seus maus procedimentos contra os
filhos de Israel, e Saul recebeu a ordem para destruí-los. Mas o que o rei de
Israel fez? Poupou o rei e
separou o gado para oferecer um “sacrifício” ao Senhor
(COELHO, 2020, p. 55).
III – UM FIM DESASTROSO PARA
O PRIMEIRO REI DE ISRAEL
O preço da desobediência de Saul foi
contabilizado no silêncio de Deus para com o monarca. Lembrando que a revelação
de Deus não se dá com o objetivo satisfazer aos desejos e propósitos humanos,
mas em contra partida a revelação de Deus objetiva o cumprimento dos planos de
Deus para com a humanidade.
Sem ouvir a voz de Deus, Saul buscou resposta
em fonte maligna. Pois, percebe-se conforme a narrativa Bíblica que em uma feiticeira
o monarca foi buscar uma palavra de consolo e motivação.
O pior de todo mal se consuma com a morte trágica
de Saul, isto é, a prática do suicídio. Pois, Saul
termina a sua história dando fim à própria vida. Após deixar de ouvir as
orientações de Deus, ele viu-se sozinho e cercado por inimigos. Perdeu três dos
seus filhos na batalha e tirou a própria vida, dando fim à sua história de
forma triste. Termina, assim, a história do primeiro rei de Israel, um homem
escolhido pelo Senhor, mas que se perdeu no caminho por causa da desobediência
(COLEHO, 2002, p. 57).
Referência
COLEHO,
Alexandre. Os Bons e Maus exemplos:
aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
RADMACHER,
Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Velho Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central
Gospel, 2013.
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