Subsídio para aulas da Escola Bíblica Dominical – Lições
Bíblicas Jovens: Débora – Fazendo a diferença em ações e palavras
A Síntese da lição em apreço permite
compreender que Para o povo de Israel, a liberdade algumas
vezes veio por meio de oração, passos de fé, apoio mútuo e coragem.
Sendo que o Texto do Dia permite compreender
que:
Esta foi uma mensagem bem
direta e objetiva. Deus ouviu a oração do seu povo e, na sua soberania,
escolheu Baraque para ir à guerra em nome do Senhor (COELHO,
2020, p. 30).
A presente lição tem como objetivos:
Refletir a respeito da
rebeldia de Israel no tempo dos juízes.
Mostrar que Débora era uma
mulher com dons e valores.
Explicar a vitória que
Deus trouxe a Israel mediante o trabalho de Débora.
I – ISRAEL E A VELHA
REBELDIA EM UMA NOVA TERRA
O presente tópico outorga saberes referentes
ao Período dos Juízes. Sendo que o Período dos juízes é anterior ao Período da
Monarquia, ou seja, o período dos reis (Jz 17.6), pois naqueles dias não havia
rei em Israel e cada qual fazia o que parecia direito aos seus olhos.
Os juízes mais conhecidos são: Débora,
Gideão, Jefté e Sansão.
Neste período o tema é: o povo
serve a outros deuses, Deus entrega o povo a outros povos, o povo volta para
Deus e Deus suscita um Juiz.
O povo serve a outros deuses. No
período anterior mesmo sendo o momento histórico conhecido como o da conquista
de Canaã os israelitas não conseguiram eliminar os seus inimigos e com isto
tiveram que conviver com cananeus, filisteus e demais povos pagãos. Tais povos
não requeriam dos israelitas o abandono de Deus, porém influenciavam os
israelitas a práticas politeístas e como consequência a nação eleita deixava de
servir a Deus e serviam a Baal e a Astarote (Jz 2.13). Baal era o principal
deus adorado pelos cananeus, era considerado o deus da fertilidade, da chuva e
da vegetação, enquanto Astarote era a deusa da guerra e da fertilidade e mulher
de Baal. O culto a Baal envolvia o sacrifício de crianças (2 Re 21.3-6).
Deus entrega o povo a outros povos. A primeira opressão foi de oito anos cuja
submissão foi aos mesopotâmios (Jz 3.7-11). Já a segunda submissão foi de
dezoito anos e aos moabitas (Jz 3.12-21), em seguida de vinte anos aos cananeus
(Jz 4-5), em seguida por sete anos pelos midianitas (Jz 6.1-10.15) e a quinta
opressão a Israel foi por parte dos amonitas e filisteus (Jz 10-12). Este
último povo só foi vencido nos dias de Davi.
O povo volta para Deus. A
prática do pecado de idolatria conduzia os israelitas à opressão seguida de
tristeza e dor. Em tal situação a nação israelita gemia (Jz 2.18). O povo de
Israel voltava para Deus por vivenciar o caos de ser submetidos por nações vizinhas.
Em meio a suas aflições os israelitas clamavam a Deus e se arrependiam da
apostasia (Jz 2. 15,18).
Deus suscita um Juiz. O
juiz era um homem ou uma mulher escolhido por Deus, qualificado por meio da
vocação mediante o poder da presença de Deus em seu ministério (Jz 2.18; 6.16),
possuía autoridade em sua missão (Jz 6.14), e além de tudo era
sobrenaturalmente revestido de poder do Espírito Santo de Deus (Jz 3.10).
II – UMA MULHER COM DONS E
VALORES
Os dons práticos que são notáveis na pessoa
de Débora correspondem com a profecia e a liderança. Débora era profetisa, fato
que permite compreender que o ofício profético
não se restringiu aos homens. Débora era uma mulher que recebia os oráculos de
Deus e, por meio desses oráculos, representava o Senhor e era usada por Ele (COELHO, 2020, p. 29).
No que corresponde à liderança Débora é
descrita como juíza. Pois, ela julgava as demandas trazidas do povo até a sua
presença (Jz 4.4,5). Por meio da função de juíza, Débora exercia liderança ao
povo de Israel, isto é, ela direcionava a nação a permanecer firme e fiel ao
Senhor.
Como líder, fez a
diferença espiritual em um ambiente carente de iniciativas de retorno à fé no
Deus vivo. Como profetisa, recebeu do Senhor a orientação necessária para falar
com Baraque e motivá-lo à batalha contra os opressores do povo de Deus. Como
mulher temente a Deus, foi com Baraque à guerra. Ela sabia que a sua presença
no campo de batalha era um incentivo a Baraque e aos 10 mil homens que o
acompanhavam (COELHO, 2020, p. 34).
O valor que se destaca na pessoa de Débora é
a coragem. Enquanto Baraque apresentou confiança na pessoa de Débora. A juíza
não temeu, mas se prontificou a ir ao campo de batalha.
A presença dela no campo
de combate trouxe segurança a Baraque, que se sentiu motivado a obedecer ao
Senhor e a ver o que o Eterno faria. Mais do que falar, Débora mostrou-se ser
uma mulher de ação (COELHO,
2020, p. 32).
III – A VITÓRIA QUE DEUS
TROUXE
A vitória dos israelitas se iniciou quando o
povo clamou ao Senhor. A vitória foi outorgada por Deus, pois a batalha não era
do povo em si, mas a batalha era do Senhor. Fato que permite compreender a narrativa
de Flávio Josefo que descreve a ação sobrenatural de Deus em conduzir os israelitas
à vitória:
[...] Nesse momento,
viu-se cair uma forte chuva com granizo. O vento impelia-a com tanta violência
contra o rosto dos cananeus que os arqueiros e fundibulários não podiam servir
nem dos arcos nem das fundas, e os que estavam armados mais pesadamente
tampouco podiam usar suas espadas, tão enregelados estavam pelo frio. Os
israelitas, ao contrário, tendo a tempestade pelas costas, não eram incomodados
por ela e ainda sentiam redobrada coragem, vendo nela um sinal visível do
auxílio divino (apud, COELHO, 2020,
p. 32).
Referência
COLEHO,
Alexandre. Os Bons e Maus exemplos:
aprendendo com homens e mulheres da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
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