Deus é Fiel

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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: A Teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?

 A Teologia de Eliú: O sofrimento é uma correção divina?

A verdade prática permite compreender que O sofrimento não deve ser visto apenas sob o aspecto punitivo, mas principalmente, educativo. Sendo que a presente lição outorgará como tópicos essências de aprendizagem: o sofrimento como uma forma de revelar Deus, revelar a justiça e a soberania de Deus, assim como o sofrimento também é um instrumento pedagógico de Deus.

Sobre o discurso de Eliú pode concluir que:

[...] “é maior do que doze outros livros do Antigo Testamento e dezessete dos 27 livros ou cartas do Novo Testamento”. Eliú gastou muita saliva para contra-argumentar o que Jó dissera. O primeiro discurso compreende os capítulos 32 e 33; o segundo discurso encontra-se no capítulo 34; o terceiro discurso está contido no capítulo 35; e o quarto nos capítulos 36 e 37 (GONÇALVES, 2020, p. 128).

Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar que o sofrimento pode ser usado por Deus com fim pedagógico.

E como objetivos específicos:

Explicar que Deus, como soberano, pode se revelar e falar por meio do sofrimento.

Destacar que a soberania de Deus não se sobrepõe ao seu amor.

Afirmar que Deus não tem prazer no sofrimento, mas pode usar as adversidades para nos educar.

I – O SOFRIMENTO COMO UMA FORMA DE REVELAR DEUS

Percebe-se que no estudo de cada lição é apresentado um ponto essencial a respeito da pessoal de Deus. Sendo que no presente estudo, este ponto, corresponde em afirmar que Deus é soberano.

Antes Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso. Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama. Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução (Jó 33.14-16).

 

Em resposta às reclamações feitas por Jó quando aos pesadelos (Jó 7.14), Eliú sugere que Deus talvez estivesse tentando ensinar algo a Jó por meio de sonho ou visão de noite.

33.16-19 – Deus quer resgatar a humanidade da cova [hb. Shahat, os domínios da sepultura] o chamado “poço sem fundo” (o abismo) leva ao submundo infernal. Em Apocalipse 9.1,2, pode haver uma elaboração melhor deste conceito. A mensagem aqui é a de que Deus controla a duração de nossa vida (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 811).

Deus controla a duração de nossa vida, logo, Deus é soberano, pois conforme Eliú o ato de Deus revelar por meio de sonhos ou visões corresponde em descrever que o Senhor tem propósito em outorgar livramento ao homem das garras da soberba.

Deus é soberano sobre tudo e sobre todos. Deus criou todas as coisas, logo, Deus é soberano sobre tudo. Todos os joelhos se curvaram diante do Senhor, logo, o Senhor é soberano sobre todos.

II – O SOFRIMENTO COMO MEIO DE REVELAR A JUSTIÇA E A SOBERANIA DE DEUS

O tópico em apreço permite explicar as seguintes verdades a respeito da justiça de Deus:

Deus jamais age injustamente (Jó 34.10,11).

A justiça de Deus está associada à Sua soberania (Jó 34.13).

A soberania de Deus é igualitária, pois Ele não faz acepção de pessoa (Jó 34.16-20).

A justiça de Deus justifica, assim como condena (Jó 34.25-30). Logo, percebe-se que Eliú não argumentou que a justiça de Deus age com misericórdia, cometendo assim um erro, somando o seu pensamento com os três amigos de Jó em ver a justiça divina apenas como ato punitivo.

Por fim, a justiça de Deus pode ser definida em ser:

Atributo moral e básico de Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo Ser trata seus propósitos e decretos.

É ainda a fidelidade de Deus para com a própria natureza.

A justiça de Deus entra em ação todas as vezes que a sua santidade é agredida.

A justiça e a santidade divinas acham-se intimamente associadas (ANDRADE, 1997, p. 165).

III – O SOFRIMENTO COMO UM INSTRUMENTO PEDAGÓGICO DE DEUS

Por fim, o último tópico permite a compreensão referente ao ato educativo do sofrimento. Ou seja, por meio do sofrimento o cristão aprende e cresce na presença do Senhor. Versículos bases para esta afirmação foram escritos por Paulo à Igreja em Roma.

E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.3-5).

A palavra tribulação pode ser compreendida pelos seguintes termos: frustração, sofrimento, pressão, perseguição, abandono etc...

Jesus não morreu para nos tornar materialmente ricos, para garantir saúde física, ou nos imunizar contra as tribulações durante nossa vida terrena. Jesus morreu para nos dar bênçãos muito mais ricas do que estas! (...)

O sofrimento ajudará a nos proteger do erro de fixar nossas esperanças naquilo que podemos ganhar aqui, amanhã, e não em Deus (...).

Deus pode usar a pobreza e o sofrimento, para manter nossos olhos fixados na riqueza espiritual que já possuímos, e nossas esperanças fixadas nele (RICHARDS, p. 297).

O gloriar nas tribulações segundo Paulo se relaciona diretamente aos resultados desta na vida para com o cristão: A tribulação produz paciência, e a paciência, a experiência, e a experiência, a esperança (Rm 5. 3,4).

Através da tribulação Deus desenvolve no cristão a perseverança e o caráter. Pois, caráter é o complexo de características mentais e éticas que marcam e, geralmente, individualizam uma pessoa, grupo ou nação (MUNROE, p. 34).

REFERÊNCIA

GONÇALVES. José. A fragilidade humana e a Soberania Divina: O sofrimento e a restauração de Jó. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

MUNROE, Myles. O Poder do caráter na liderança como os valores, a moral, a ética e os princípios afetam os líderes. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel Ltda, 2015.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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