Quando Deus se Revela ao Homem
A verdade prática permite compreender que Mesmo transcendente, e distinto de sua criação, Deus se
revela ao homem mortal. Sendo que a presente lição outorgará como tópicos essências de
aprendizagem: a revelação de um Deus pessoal, de um Deus sábio e de um Deus
poderoso e justo.
No que corresponde à transcendência de Deus
pode-se afirmar:
Ele é diferente e
independente da sua criação [...]. Seu ser e sua existência são infinitamente
maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada [...]. Ele subsiste de
modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo
é incriado e existe à parte da criação [...] A transcendência de Deus não
significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como Deus (BÍBLIA
DE ESTUDO PENTECOSTAL, p. 915).
Lembrando que a presente lição tem como
objetivo geral:
Mostrar que Deus se
revelou ao homem para mostrar-lhes seus propósitos.
E como objetivos específicos:
Ensinar que Deus se revela
aos homens.
Pontuar que a criação
expressa a glória de Deus.
Acentuar que nossa justiça
jamais se sobreporá a divina.
I – A REVELAÇÃO DE UM DEUS
PESSOAL
Deus se revela e fala com a criação. Verdade
que é ratificada em Hebreus 1.1:
Havendo Deus antigamente
falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.
O versículo descreve a existência de uma
variedade de maneiras em que Deus utiliza para falar com o ser humano, “antigamente falado muitas vezes e de muitas maneiras”
descrição que outorga a compreensão em que Deus sempre se posiciona para expor
sua palavra para com a criação. No episódio em estudo, que se trata de Jó
ocorreu uma teofania, ou seja, o instante em que Deus de um redemoinho comunica
com o patriarca. Andrade descreve teofania como a:
Manifestação da divindade
em figura humana. Tem por objetivo ministrar as revelações do Supremo Ser. Tais
manifestações podem incluir a voz e até mesmo a imagem de entes celestiais (Jz
13. 15-22) (1997, p. 232).
II – A REVELAÇÃO DE UM DEUS
SÁBIO
O capítulo 38 permite compreender que a
sabedoria de Deus se manifesta no funcionamento harmônico da criação. Grande
exemplo deste funcionamento se notabiliza com os movimentos de rotação e
translação que simultaneamente outorgam os fenômenos: dias e noites, e a
manifestação das estações.
Os dias e noites proporcionam a boa
distribuição dos tempos e suas diferenças climáticas, ou seja, a sabedoria
divina se manifesta no processo harmônico da criação. Assim também pode ser
descrito a respeito das estações. Enfim, Deus é sábio.
Em profundidade de detalhes percebe-se que a
sabedoria divina se manifesta no processo da criação do ser humano.
Biologicamente a fecundação em todo o seu processo permite compreender que há princípios
de extrema sabedoria que os regem. Não pode ser o por acaso, mas em
contrapartida o nascimento desde a fecundação, nidação, desenvolvimento
embrionário e nascimento exprime descritivamente a sabedoria de Deus.
III – A REVELAÇÃO DE UM DEUS
PODEROSO E JUSTO
Há um destaque especial no tópico em apreço
no que se refere à justiça e a graça. Sendo que a justiça pode ser definida em
ser:
Atributo moral e básico de
Deus, manifestado pela fidelidade com que o Supremo Ser trata seus propósitos e
decretos.
É ainda a fidelidade de
Deus para com a própria natureza.
A justiça de Deus entra em
ação todas as vezes que a sua santidade é agredida.
A justiça e a santidade
divinas acham-se intimamente associadas (ANDRADE,
1997, p. 165).
No que se refere à graça biblicamente
percebe-se que a graça conforme a sua abrangência poderá ser comum, no que
corresponde aos favores de Deus para com toda a humanidade, com propósito
manter a vida e os recursos básicos para a manutenção da vida do ser humano, e
também é nítido nos escritos sagrados a respeito da graça especial que é obtida
mediante a fé na obra vicária de Cristo na cruz, pela qual, Deus salva o
pecador e outorga para o justificado o direito de filho de adoção.
Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tt
2.11), neste versículo três aspectos da graça são expostos. O primeiro aspecto
é a graça de Deus, isto indica que a graça pertence a Deus que é Santo, Fiel e
Justo. Segundo, a graça se há manifestado, que corresponde a manifestação de
Jesus Cristo nosso Salvador o que era preparação na antiga aliança, torna se
visível na nova aliança, pois o verbo se fez carne (Jo 1.14) a manifestação do
verbo é a manifestação da graça outorgando paz (Jo 16. 33), vida em abundância
(Jo 10.10) e principalmente o direito a vida eterna (Jo 17.3). E em terceiro,
trazendo salvação a todos os homens o que tornou possível graça a manifestação
do Senhor Jesus. A graça se manifestou, “epifania”, termo grego utilizado para
descrever a aparição do sol ao amanhecer. Isto é, epifania corresponde à
aparição de alguém ou de alguma coisa que estava invisível.
Referência:
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro:
CPAD, 1997.
BÍBLIA DE ESTUDO PENTECOSTAL. Rio de Janeiro:
CPAD, 1995.
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