Deus é Fiel

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terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Subsídio para a aula da Escola Bíblica Dominical: Quando Deus Restaura o Justo

 Quando Deus Restaura o Justo

A verdade prática permite compreender que A restauração do ser humano acontece em razão do amor e da misericórdia de Deus, e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou atos de bondade. Sendo que a presente lição outorgará como tópicos essências de aprendizagem: a humilhação de Jó, a intercessão do patriarca para com o seus amigos e a restauração em sua totalidade.

O ponto central da lição ensina que Deus restaura o ser humano por causa de seu amor e misericórdia. Lembrando que a presente lição tem como objetivo geral:

Mostrar o grande amor de Deus evidenciado na prosperidade de seus filhos.

E como objetivos específicos:

Sublinhar a atitude humilde de Jó em receber a repreensão divina pelos equívocos cometidos.

Destacar a espiritualidade de Jó demonstrada na intercessão pelos seus amigos.

Comentar sobre o último estado de Jó e suas implicações positivas para o entendimento do livro.

I – A HUMILHAÇÃO DE JÓ

Jó 42.2 é o versículo chave para compreender o presente tópico:

Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.

Pois, permite compreender a atitude de reverência e de submissão do patriarca perante Deus. Enquanto a reverência trata-se do respeito e da humildade reverente a alguém, neste caso referente à pessoa de Deus; a submissão já trata-se da obediência a alguém. Em suma, Jó demonstrou respeito e foi obediente a Deus, reconhecendo suas limitações de maneira bem humilde.

[...] Jó se arrepende de suas palavras e acusações baseadas na falsa crença de que Deus sempre recompensa os virtuosos nesta vida. Em vez de acusar Deus de ser injusto, Jó se submete à vontade soberana do Senhor do universo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 818).

II – A INTERCESSÃO DE JÓ

A ira de Deus se acendeu para com os amigos de Jó, pois estes não falaram o que era reto do Senhor. Elifaz, Bildade e Zofar acertaram ao narrar a respeito da justiça divina, porém eram em não compreenderem o poder soberano de Deus.

Contrastando com seus amigos, Jó disse de Deus o que era reto. Diferente deles, Jó renunciou suas falsas crenças, arrependeu-se de suas palavras orgulhosas, ditas por desespero e ignorância quanto aos fatos (v. 6) e reafirmou o senhorio incondicional de Deus sobre a sua vida (v. 2). Ele estivera certo em sustentar sua inocência frente às acusações falsas de seus amigos (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 818, 819).

A respeito da intercessão de Jó (Jó 42.8) para com os seus amigos é necessário entender que:

Primeiro, a oração seria acompanhada de oferta de holocaustos, pois Deus é misericordioso em perdoar.

Segundo, Jó deveria interceder por seus amigos, descrição que mostra o caráter espiritual do patriarca em ser zeloso para com as coisas pertencente ao Senhor.

Terceiro, Deus afirma que aceitaria a oração que fosse realizada por Jó, isto é, a intercessão do mesmo seria aceita porque ele falou o que era reto do Senhor. Fato que corrobora com João 15.7: Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7).

III – A RESTAURAÇÃO DE JÓ

A prosperidade divina para com os teus não corresponde ao fato de haver uma troca de favores, mas em contrapartida corresponde ao decreto divino em prover para com os homens mediante o seu imenso amor. Pois, Deus cuida, Deus prospera, Deus protege, Deus cura, e assim por diante, Deus é Deus.

No que tange a restauração do patriarca pode-se afirmar que:

A restituição da saúde e da prosperidade de Jó não deve ser vista como uma recompensa por sua virtude (Jó 41.11). Depois que ele desistiu de exigir restituição, o Senhor achou por bem concedê-la de presente.

Esse desfechou demonstra que o livro de Jó não rejeita totalmente a lei da retribuição divina, mas somente sua falsa aplicação. Concorda com o livro de Provérbios no sentido de que o temor ao Senhor costuma conduzir à vida longa e abundante. Porém, não podemos presumir que Deus sempre operará dessa forma, como presumiram os amigos de Jó (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 819).

REFERÊNCIA

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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