Quando Deus Restaura o Justo
A verdade prática permite compreender que A restauração do ser humano acontece em razão do amor e da
misericórdia de Deus, e não como consequência do esforço pessoal, piedade ou
atos de bondade. Sendo
que a presente lição outorgará como tópicos essências de aprendizagem: a
humilhação de Jó, a intercessão do patriarca para com o seus amigos e a
restauração em sua totalidade.
O ponto
central da lição ensina que Deus restaura o ser humano por
causa de seu amor e misericórdia. Lembrando que a presente
lição tem como objetivo geral:
Mostrar o grande amor de
Deus evidenciado na prosperidade de seus filhos.
E como objetivos específicos:
Sublinhar a atitude
humilde de Jó em receber a repreensão divina pelos equívocos cometidos.
Destacar a espiritualidade
de Jó demonstrada na intercessão pelos seus amigos.
Comentar sobre o último
estado de Jó e suas implicações positivas para o entendimento do livro.
I – A HUMILHAÇÃO DE JÓ
Jó 42.2 é o versículo chave para compreender
o presente tópico:
Bem sei eu que tudo podes, e
que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido.
Pois, permite compreender a atitude de
reverência e de submissão do patriarca perante Deus. Enquanto a reverência
trata-se do respeito e da humildade reverente a alguém, neste caso referente à
pessoa de Deus; a submissão já trata-se da obediência a alguém. Em suma, Jó
demonstrou respeito e foi obediente a Deus, reconhecendo suas limitações de
maneira bem humilde.
[...] Jó se arrepende de
suas palavras e acusações baseadas na falsa crença de que Deus sempre
recompensa os virtuosos nesta vida. Em vez de acusar Deus de ser injusto, Jó se
submete à vontade soberana do Senhor do universo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 818).
II – A INTERCESSÃO DE JÓ
A ira de Deus se acendeu para com os amigos
de Jó, pois estes não falaram o que era reto do Senhor. Elifaz, Bildade e Zofar
acertaram ao narrar a respeito da justiça divina, porém eram em não
compreenderem o poder soberano de Deus.
Contrastando com seus
amigos, Jó disse de Deus o que era reto. Diferente deles, Jó renunciou suas
falsas crenças, arrependeu-se de suas palavras orgulhosas, ditas por desespero
e ignorância quanto aos fatos (v. 6) e reafirmou o senhorio incondicional de
Deus sobre a sua vida (v. 2). Ele estivera certo em sustentar sua inocência
frente às acusações falsas de seus amigos (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p. 818, 819).
A respeito da intercessão de Jó (Jó 42.8)
para com os seus amigos é necessário entender que:
Primeiro, a oração seria acompanhada de
oferta de holocaustos, pois Deus é misericordioso em perdoar.
Segundo, Jó deveria interceder por seus
amigos, descrição que mostra o caráter espiritual do patriarca em ser zeloso
para com as coisas pertencente ao Senhor.
Terceiro, Deus afirma que aceitaria a oração que
fosse realizada por Jó, isto é, a intercessão do mesmo seria aceita porque ele
falou o que era reto do Senhor. Fato que corrobora com João 15.7: Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em
vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (Jo 15.7).
III – A RESTAURAÇÃO DE JÓ
A prosperidade divina para com os teus não
corresponde ao fato de haver uma troca de favores, mas em contrapartida
corresponde ao decreto divino em prover para com os homens mediante o seu
imenso amor. Pois, Deus cuida, Deus prospera, Deus protege, Deus cura, e assim
por diante, Deus é Deus.
No que tange a restauração do patriarca pode-se
afirmar que:
A restituição da saúde e
da prosperidade de Jó não deve ser vista como uma recompensa por sua virtude
(Jó 41.11). Depois que ele desistiu de exigir restituição, o Senhor achou por
bem concedê-la de presente.
Esse desfechou demonstra
que o livro de Jó não rejeita totalmente a lei da retribuição divina, mas somente
sua falsa aplicação. Concorda com o livro de Provérbios no sentido de que o
temor ao Senhor costuma conduzir à vida longa e abundante. Porém, não podemos
presumir que Deus sempre operará dessa forma, como presumiram os amigos de Jó (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 819).
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O
Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora
Central Gospel, 2013.
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