Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: A Pessoa do Espírito Santo
O ponto central da presente lição tem como
descrição: A Bíblia revela a verdade sobre a pessoa do
Espírito Santo. Lembrando que para conhecer o Espírito Santo é
necessário entender o significado do Seu nome, os Seus atributos e Suas obras.
O objetivo geral do estudo A Pessoa do
Espírito Santo é expor a doutrina bíblica aceca da pessoa do
Espírito Santo. E os objetivos
específicos: apresentar a revelação do Espírito Santo nas
Escrituras; Relacionar a pessoa do Espírito Santo com a de Jesus; e, Afirmar
que o Espírito Santo age no mundo e no ser humano.
[...] O estudo
da Pessoa do Espírito é importante para todos os cristãos, pois é Ele quem guia
os crentes e os leva mais próximos de Deus. Ser pentecostal significa ter
intimidade com a pessoa do Espírito, pois a teologia pentecostal não é teórica (SOARES, 2002, p. 13).
I – A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO
SANTO
Há três razões determinantes em afirmar que o
Espírito Santo é uma pessoa.
A primeira afirmação indica que Ele age como
uma pessoa, pois o Espírito Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo
15.26), fala com os salvos (At 8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente
uma pessoa pode ensinar a outros, testificar de outro, falar com outros e
chamar a outros.
Já a segunda afirmação em ser o Espírito
Santo uma pessoa está diretamente associada às características de uma pessoa.
Pois, o Espírito Santo possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co
12.11) e ama (Rm 15.30). Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento,
pela vontade e pelo amor, e estas características definem que o Espírito Santo
é Deus.
E a terceira característica em ser o Espírito
Santo uma pessoa é porque na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois exemplos
corroboram esta afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha
a não entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou
da blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).
Assim como há três razões que caracteriza ser
o Espírito Santo uma pessoa, percebe-se que também há três razões que define
ser o Espírito Santo Deus.
O
Espírito Santo tem os atributos de Deus. O Espírito Santo é eterno
(Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo, pois Ele existe deste toda a
eternidade. Bancroft afirma:
Assim como a eternidade é
atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade
pode ser e é atribuída ao Espírito Santo como uma das distinções pessoais no
Ser de Deus (p.188).
Ele é eterno,
sempre foi, é e será. Não tem princípio nem fim. O Espírito Santo não apareceu repentina
e abruptamente quando foi enviado à terra para dar poder aos crentes, depois da
ascensão de Cristo. Fiel, constante e amoroso – Ele é e sempre será o mesmo e,
o eterno Espírito Santo, jamais deixará você cair. Ele é o mesmo, ontem, hoje e
sempre (HINN, 2005, p. 53).
O Espírito Santo também é onisciente, pois o
Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).
O Espírito Santo também é onipresente (Sl
139.7-10) e onipotente (Gn 1.2), para Hinn a onipotência do Espírito Santo é
demonstrada em três atos poderosos:
Criação,
trazer o universo do nada; animação, dar vida ao que estava sem vida; e
ressurreição, trazer vida da morte (p. 51).
O
Espírito Santo tem os nomes de Deus. Ele é chamado de Espírito
de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus. Sendo Ele Deus percebe-se
que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade (BANCROFT, p.188).
A Terceira Pessoa da Trindade também é
conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia
e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado
ao poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 SM
10.10), aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo
Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.
O
Espírito Santo faz as obras que somente Deus pode fazer.
Três são as obras divinas nítidas na pessoa do Espírito Santo: criação,
predição e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).
II – O ESPÍRITO SANTO E
JESUS CRISTO
Pericorese é:
Em grego, habitação mútua. Termo usado para
descrever o relacionamento das Pessoas da Santíssima Trindade. É um relacionamento
íntimo e administrativo, e que visa, acima de tudo, a consecução plena dos
decretos de Deus.
O termo é usado também para ilustrar o
relacionamento entre as duas naturezas de Cristo Jesus (ANDRADE, 1997, p. 204).
Já no que corresponde ao Espírito Santo
glorificar a Jesus percebe-se que esta ação tem como objetivo tornar Jesus
conhecido. Portanto, o Espírito Santo proporciona a pregação do Evangelho, a
salvação de almas e com estas obras, o mesmo glorifica a pessoa do Senhor Jesus
Cristo.
III – O ESPÍRITO SANTO AGE
NO MUNDO E NO SER HUMANO
A ação do Espírito Santo no mundo pode ser sintetizada
da seguinte maneira:
O Espírito Santo é o criador.
O Espírito Santo é o provedor.
O Espírito Santo é o restaurador.
Já no que tange a ação do Espírito Santo na
vida humana pode sintetizar que:
O Espírito Santo convence o homem do pecado.
O Espírito Santo guia o crente em toda a
verdade.
Sendo que o Espírito Santo convence o homem
do pecado, Jesus em seu ministério particular afirmou aos discípulos que o
Espírito Santo convenceria o mundo do pecado, do juízo e da justiça.
Jesus estava falando do mundo humano (Jo
3.16), mundo que representa a humanidade, logo corresponde com o mundo que Deus
amou.
Portanto, convencer o mundo primeiramente do
pecado, porque o pecado significa agir erroneamente em relação à vontade de
Deus. O pecado separa o homem de Deus, logo se o homem é convencido do pecado o
mesmo se aproxima de Deus.
Convencer o homem da justiça significa
outorgar ao ser humano o conhecimento da natureza da justiça e a necessidade do
indivíduo recebê-la.
Obra de Jesus
na cruz foi totalmente justa. Isso é demonstrado pelo Pai quando Ele esvazia o
sepulcro onde o corpo do Filho fora colocado, revelando que ficou satisfeito
com o pagamento justo de Cristo e o aceitando a junto a si novamente (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.270).
Convencer o homem do juízo, ou seja, conduzir
o ser humano a reconhecer que satanás foi julgado na cruz, logo na conjectura
espiritual não tem como o indivíduo ser neutro, pois será ele filho de Deus ou
filho do pai da mentira.
REFERÊNCIA
ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário
Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
BRANCROFT.
Emery H. Teologia Elementar, doutrina e
conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
HINN,
Benny. Bem-vindo, Espírito Santo. São
Paulo: Bom Pastor, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo
Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel,
2013.
SOARES,
Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo:
A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo.
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