Deus é Fiel

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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: A Pessoa do Espírito Santo

Subsídio para a Escola Bíblica Dominical: A Pessoa do Espírito Santo

O ponto central da presente lição tem como descrição: A Bíblia revela a verdade sobre a pessoa do Espírito Santo. Lembrando que para conhecer o Espírito Santo é necessário entender o significado do Seu nome, os Seus atributos e Suas obras.

O objetivo geral do estudo A Pessoa do Espírito Santo é expor a doutrina bíblica aceca da pessoa do Espírito Santo. E os objetivos específicos: apresentar a revelação do Espírito Santo nas Escrituras; Relacionar a pessoa do Espírito Santo com a de Jesus; e, Afirmar que o Espírito Santo age no mundo e no ser humano.

[...] O estudo da Pessoa do Espírito é importante para todos os cristãos, pois é Ele quem guia os crentes e os leva mais próximos de Deus. Ser pentecostal significa ter intimidade com a pessoa do Espírito, pois a teologia pentecostal não é teórica (SOARES, 2002, p. 13).

I – A REVELAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

Há três razões determinantes em afirmar que o Espírito Santo é uma pessoa.

A primeira afirmação indica que Ele age como uma pessoa, pois o Espírito Santo ensina (Jo 14.26), testifica de Cristo (Jo 15.26), fala com os salvos (At 8.29) e chama os obreiros (At 15.26). Somente uma pessoa pode ensinar a outros, testificar de outro, falar com outros e chamar a outros.

Já a segunda afirmação em ser o Espírito Santo uma pessoa está diretamente associada às características de uma pessoa. Pois, o Espírito Santo possui conhecimento (1 Co 2.1), possui vontade (1 Co 12.11) e ama (Rm 15.30). Apenas uma pessoa se caracteriza pelo conhecimento, pela vontade e pelo amor, e estas características definem que o Espírito Santo é Deus.

E a terceira característica em ser o Espírito Santo uma pessoa é porque na Bíblia Ele é tratado como uma pessoa. Dois exemplos corroboram esta afirmativa, o primeiro em Efésios 4.30, quando Paulo aconselha a não entristecer o Espírito Santo e o segundo quando Jesus ensinou a respeitou da blasfêmia contra a Terceira Pessoa da Trindade (Mt 12.31).

Assim como há três razões que caracteriza ser o Espírito Santo uma pessoa, percebe-se que também há três razões que define ser o Espírito Santo Deus.

O Espírito Santo tem os atributos de Deus. O Espírito Santo é eterno (Hb 9.14), logo, Ele não é limitado pelo tempo, pois Ele existe deste toda a eternidade. Bancroft afirma:

Assim como a eternidade é atributo ou característica da natureza de Deus, semelhantemente a eternidade pode ser e é atribuída ao Espírito Santo como uma das distinções pessoais no Ser de Deus (p.188).

Ele é eterno, sempre foi, é e será. Não tem princípio nem fim. O Espírito Santo não apareceu repentina e abruptamente quando foi enviado à terra para dar poder aos crentes, depois da ascensão de Cristo. Fiel, constante e amoroso – Ele é e sempre será o mesmo e, o eterno Espírito Santo, jamais deixará você cair. Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre (HINN, 2005, p. 53).

O Espírito Santo também é onisciente, pois o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus (1 Co 2.10).

O Espírito Santo também é onipresente (Sl 139.7-10) e onipotente (Gn 1.2), para Hinn a onipotência do Espírito Santo é demonstrada em três atos poderosos:

Criação, trazer o universo do nada; animação, dar vida ao que estava sem vida; e ressurreição, trazer vida da morte (p. 51).

O Espírito Santo tem os nomes de Deus. Ele é chamado de Espírito de Deus (1 Co 3.16), nome que indica ser Ele Deus. Sendo Ele Deus percebe-se que Ele é o poder e a energia pessoais da Divindade (BANCROFT, p.188).

A Terceira Pessoa da Trindade também é conhecido pelo nome Espírito de Deus, nome que está associado a poder, profecia e direção. O Espírito de Deus pairava sobre as águas (Gn 1.2), aqui associado ao poder de criar. O Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou (1 SM 10.10), aqui associado à comunicação. Por fim, todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus (Rm 8.14), aqui associado à direção.

O Espírito Santo faz as obras que somente Deus pode fazer. Três são as obras divinas nítidas na pessoa do Espírito Santo: criação, predição e regeneração (Gn 1.2, Jo 3.1-7).

II – O ESPÍRITO SANTO E JESUS CRISTO

Pericorese é:

Em grego, habitação mútua. Termo usado para descrever o relacionamento das Pessoas da Santíssima Trindade. É um relacionamento íntimo e administrativo, e que visa, acima de tudo, a consecução plena dos decretos de Deus.

O termo é usado também para ilustrar o relacionamento entre as duas naturezas de Cristo Jesus (ANDRADE, 1997, p. 204).

Já no que corresponde ao Espírito Santo glorificar a Jesus percebe-se que esta ação tem como objetivo tornar Jesus conhecido. Portanto, o Espírito Santo proporciona a pregação do Evangelho, a salvação de almas e com estas obras, o mesmo glorifica a pessoa do Senhor Jesus Cristo.

III – O ESPÍRITO SANTO AGE NO MUNDO E NO SER HUMANO

A ação do Espírito Santo no mundo pode ser sintetizada da seguinte maneira:

O Espírito Santo é o criador.

O Espírito Santo é o provedor.

O Espírito Santo é o restaurador.

Já no que tange a ação do Espírito Santo na vida humana pode sintetizar que:

O Espírito Santo convence o homem do pecado.

O Espírito Santo guia o crente em toda a verdade.

Sendo que o Espírito Santo convence o homem do pecado, Jesus em seu ministério particular afirmou aos discípulos que o Espírito Santo convenceria o mundo do pecado, do juízo e da justiça.

Jesus estava falando do mundo humano (Jo 3.16), mundo que representa a humanidade, logo corresponde com o mundo que Deus amou.

Portanto, convencer o mundo primeiramente do pecado, porque o pecado significa agir erroneamente em relação à vontade de Deus. O pecado separa o homem de Deus, logo se o homem é convencido do pecado o mesmo se aproxima de Deus.

Convencer o homem da justiça significa outorgar ao ser humano o conhecimento da natureza da justiça e a necessidade do indivíduo recebê-la.

Obra de Jesus na cruz foi totalmente justa. Isso é demonstrado pelo Pai quando Ele esvazia o sepulcro onde o corpo do Filho fora colocado, revelando que ficou satisfeito com o pagamento justo de Cristo e o aceitando a junto a si novamente (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.270).

Convencer o homem do juízo, ou seja, conduzir o ser humano a reconhecer que satanás foi julgado na cruz, logo na conjectura espiritual não tem como o indivíduo ser neutro, pois será ele filho de Deus ou filho do pai da mentira.

REFERÊNCIA

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.

HINN, Benny. Bem-vindo, Espírito Santo. São Paulo: Bom Pastor, 2015.

RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

SOARES, Ezequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da Doutrina Bíblica sobre a atuação do Espírito Santo.

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