O CATIVEIRO DE JUDÁ
A verdade prática apresenta a seguinte
descrição:
Todo o ser humano se torna
cativo de suas escolhas e das consequências delas.
Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o
território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor
compreensão histórica nota-se que o cativeiro dos judeus foi ocorrido em três
etapas.
a) a primeira etapa: no ano de 606 a.C, onde
que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o
rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn
1.1-7).
b) segunda etapa: no ano de 597 a.C,
Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram
conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c) terceira etapa: no ano 586 a.C, pela
terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos
ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12).
Portanto, a presente lição tem como objetivo
geral: Sinalizar o efeito dos pecados cometidos
pelo o povo de Deus. E como objetivos específicos: Apontar os motivos da decadência de Judá; Revelar a
teimosia do rei Zedequias; e, Relatar a queda de Judá.
I – O DECLÍNIO ESPIRITUAL DE
JUDÁ
Nos dias do rei Josias o povo de Israel
vivenciou um profundo avivamento. Avivamento significa trazer a vida, ou seja,
alguém que perdeu os sentidos e por ação espiritual passa a ter de volta os
sentidos recobrados.
Entretanto, em vinte e dois anos o Reino do
Sul foi destruído, isto, porque após a morte do rei Josias o povo degenerou-se
espiritualmente e moralmente. No governo de Josias o avivamento foi motivado
pela descoberta do livro da lei (2 Re 22.8) e também pelo apoio dos profetas
Jeremias (Jr 1-12), Sofonias (Sf 1.1) e Habacuque (Hb 1.2-4) com o objetivo
levar o povo a presença de Deus.
Todavia a perca do temor ao Senhor e o
abandono da palavra de Deus levou o povo a destruição. Porém, de forma didática
os motivos do cativeiro podem ser descritos na seguinte sequência:
Liderança distanciada do Senhor.
O povo abandonou ao Senhor.
O povo palmilhou por caminhos estranhos e
pagãos.
Jeremias descreve perfeitamente estes motivos
com as seguintes palavras: Porque o meu povo
fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram
cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas (Jr 2.13).
II – A OBSTINAÇÃO DE
ZEDEQUIAS E SUA QUEDA
A obstinação de Zedequias pode ser
compreendida no momento em que este monarca não deu ouvidos ao profeta. O profeta
era o representante de Deus perante o povo. Menosprezar a palavra do profeta era
por este ato diretamente menosprezar a palavra do próprio Deus.
Segunda atitude de Zedequias que o apresenta como
obstinado corresponde ao ato de tentar com que Jeremias fosse submisso aos seus
caprichos.
É necessário compreender que Zedequias foi
conduzido ao trono por Nabucodonosor. E em seguida Zedequias liderou uma
rebelião contra a babilônia, mesmo que o profeta Jeremias o aconselhasse que
não fizesse tal ação.
A rebelião de Zedequias encadeou as seguintes
consequências:
Os seus filhos foram assassinados em sua
frente.
Os seus olhos foram vazados.
E, foi atado em cadeias de bronze e levado
para a Babilônia.
III – JERUSALÉM É CERCADA E
LEVADA CATIVA
O cativeiro babilônico durou 70 anos, sendo
profetizado por Jeremias (Jr 25.12). Em setenta anos os judeus andaram errantes
em meio a um povo idólatra.
Os profetas do período do exílio são:
Jeremias, Obadias, Ezequiel, Ageu e Zacarias. Portanto, os capítulos 40 a 66 do
livro de Isaías possuem características para o período em análise.
O profeta Jeremias ficou em Jerusalém
enquanto o povo foi levado cativo, deste acontecimento originou a obra Lamentações
de Jeremias, em que o profeta enfatiza as misericórdias do Senhor como causa da
existência dos judeus (Lm 3.22).
Assim como Jeremias mudou
a sua desolação para um estado de esperança, também o cristão, diante das suas
dificuldades e enfrentamentos, desenvolve essa mesma atitude esperançosa, pois
a falta de esperança produz a tristeza, que leva ao abatimento e à frustração,
que leva a fraqueza, ao desânimo e ao cansaço de não querer ser o que Deus
pensa que podemos ser. Paulo sabia dos sofrimentos que todo o universo enfrenta
por causa do pecado, mas também manifestou a esperança da redenção (POMERENING, 2021, p. 152).
Referência
POMMERENING,
Claiton. O plano de Deus para Israel em
meio à infidelidade da nação. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
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