AGEU: ATENÇÃO PARA COM A CASA DE DEUS
A presente lição tem como Síntese:
A ação do Espírito de Deus
nos liberta do comodismo e da indiferença, fazendo-nos valorizar aquilo que
realmente é importante para Deus.
E apresenta os seguintes objetivos específicos:
Explicar o contexto
histórico que abrangeu as pregações de Ageu;
Mostrar como o profeta
Ageu exerceu um papel fundamental entre o primeiro grupo de judeus que retornou
à Jerusalém;
Entender que devemos dar a
Deus o primeiro lugar em nossas vidas.
Lembrando que a palavra-chave para
compreender a presente lição é “templo” que corresponde ao espaço ou ao
edifício destinado ao culto religioso.
O profeta Ageu profetiza no período
pós-cativeiro, ou seja, em tempo de restauração. Segundo a ciência cronologia
bíblica este momento histórico é interligado com o tempo do cativeiro.
Portanto, Ageu é um profeta pós-exílio.
Neste momento histórico o questionamento era
respeito da indiferença do povo para com o templo.
I – AGEU
Ageu assim se apresenta:
No ano segundo do rei Dario,
no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério
do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué,
filho de Jozadaque, o sumo sacerdote.
É no notável que Ageu se identifica e
descreve o tempo em que o mesmo profetiza. Outro fator importante na descrição
inicial da obra corresponde com três personagens que são citados, o que
demonstra o tempo e o ministério dos mesmos. Três personagens:
Ageu: este é o autor do livro, levantado por
Deus no período profético pós-exílio que objetivou seu ministério na
reedificação do templo, que há 14 anos tinha sido suspenso. [...] tradição judaica sustenta que ele nasceu na
Babilônia e estudou sob a orientação de Ezequiel e veio para Jerusalém após o
retorno do primeiro grupo de exilados, pois o seu nome não consta da lista dos
que retornaram (TROTA, 2021,
p. 125).
Zorobabel: foi líder do povo e teve como
obras a restauração do culto verdadeiro (Ed 3) e a reedificação do templo, este
que ficou conhecido na história como o Templo de Zorobabel.
Josué: sumo sacerdote no período pós-exílio.
No que tange a estrutura do livro observe a
tabela a seguir:
Esboço |
|
A primeira mensagem: concluir a construção do Templo. |
1.1-15 |
A segunda mensagem: a promessa de maior glória. |
2.1-9 |
A terceira mensagem: a chamada à santidade. |
2.10-19 |
A quarta mensagem: uma promessa profética. |
2.20-23. |
Tema do Livro é a
reedificação do Templo |
II – A MOTIVAÇÃO
DO PROFETA
Constantemente no decorrer da história
bíblica Deus chama Israel de meu povo, já na profecia entregue a Ageu, Deus não
chamou o povo de seu, mas ao contrário usou o termo “este povo”. O povo
utilizou a fórmula mãe para fugir da responsabilidade: a desculpa.
Percebemos que faz parte
da natureza humana justificar suas omissões criando argumentos plausíveis para
esconder seus fracassos. Esse recurso mental atenua a frustação de não ter
conseguido o que se pretendeu um dia. Os homens da época de Ageu valiam-se
dessa retórica escapista. Buscavam frases e pensamentos para justificar os seus
erros (Ag 1.2). Preocupavam-se com seus negócios e vidas pessoais, mas não
davam ao Templo o devido valor (Ag 1.4). Os projetos humanos tinham prioridade,
enquanto os interesses de Deus tornaram-se secundários (TROTA, 2021, p. 129).
Quem tanto se desculpa é porque deve, e de
fato os judeus deviam e muito se devia por omitir a missão na qual foram
chamados. A prioridade do povo não era o Templo e sim as suas casas adornadas.
Nos dias atuais não se pode perder o foco: Deus é o centro da vida do cristão. No
versículo 5 do capítulo 1, Deus fala ao povo para aplicar o coração ao caminho.
III – APELO E
PROMESSAS
Ao iniciar a restauração do Templo os judeus
perceberam que a magnitude do Templo de Salomão, isto é, os adornos que
manifestavam a glória não estariam presentes, logo, o segundo seria inferior ao
primeiro. Porém, Deus usa o profeta para proferir que três motivos deveriam ser
reconhecidos pelos os judeus pós-exílio:
Deus estaria com eles (Ag 2.4).
A aliança de Deus com Israel estava de pé (Ag
2.5).
A glória da segunda casa seria maior do que a
da primeira (Ag 2.6-9).
No que tange ao apelo é notável que Ageu
instruiu o povo a compreender que a pureza moral não é transmitida, enquanto que
a impureza moral é transmissível.
REFERÊNCIA:
TROTA,
Israel Thiago. Vigilância, justiça e o
culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio
de Janeiro: CPAD, 2021.
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