Deus é Fiel

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sábado, 11 de setembro de 2021

Subsídio para aula da EBD – AGEU: ATENÇÃO PARA COM A CASA DE DEUS

AGEU: ATENÇÃO PARA COM A CASA DE DEUS

A presente lição tem como Síntese:

A ação do Espírito de Deus nos liberta do comodismo e da indiferença, fazendo-nos valorizar aquilo que realmente é importante para Deus.

E apresenta os seguintes objetivos específicos:

Explicar o contexto histórico que abrangeu as pregações de Ageu;

Mostrar como o profeta Ageu exerceu um papel fundamental entre o primeiro grupo de judeus que retornou à Jerusalém;

Entender que devemos dar a Deus o primeiro lugar em nossas vidas.

Lembrando que a palavra-chave para compreender a presente lição é “templo” que corresponde ao espaço ou ao edifício destinado ao culto religioso.

O profeta Ageu profetiza no período pós-cativeiro, ou seja, em tempo de restauração. Segundo a ciência cronologia bíblica este momento histórico é interligado com o tempo do cativeiro. Portanto, Ageu é um profeta pós-exílio.

Neste momento histórico o questionamento era respeito da indiferença do povo para com o templo.

I – AGEU

Ageu assim se apresenta:

No ano segundo do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Sealtiel, príncipe de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote.

É no notável que Ageu se identifica e descreve o tempo em que o mesmo profetiza. Outro fator importante na descrição inicial da obra corresponde com três personagens que são citados, o que demonstra o tempo e o ministério dos mesmos. Três personagens:

Ageu: este é o autor do livro, levantado por Deus no período profético pós-exílio que objetivou seu ministério na reedificação do templo, que há 14 anos tinha sido suspenso. [...] tradição judaica sustenta que ele nasceu na Babilônia e estudou sob a orientação de Ezequiel e veio para Jerusalém após o retorno do primeiro grupo de exilados, pois o seu nome não consta da lista dos que retornaram (TROTA, 2021, p. 125).

Zorobabel: foi líder do povo e teve como obras a restauração do culto verdadeiro (Ed 3) e a reedificação do templo, este que ficou conhecido na história como o Templo de Zorobabel.

Josué: sumo sacerdote no período pós-exílio.

No que tange a estrutura do livro observe a tabela a seguir:

Esboço

A primeira mensagem: concluir a construção do Templo.

 

1.1-15

A segunda mensagem: a promessa de maior glória.

 

2.1-9

A terceira mensagem: a chamada à santidade.

 

2.10-19

A quarta mensagem: uma promessa profética.

 

2.20-23.

Tema do Livro é a reedificação do Templo

 

II – A MOTIVAÇÃO DO PROFETA

Constantemente no decorrer da história bíblica Deus chama Israel de meu povo, já na profecia entregue a Ageu, Deus não chamou o povo de seu, mas ao contrário usou o termo “este povo”. O povo utilizou a fórmula mãe para fugir da responsabilidade: a desculpa.

Percebemos que faz parte da natureza humana justificar suas omissões criando argumentos plausíveis para esconder seus fracassos. Esse recurso mental atenua a frustação de não ter conseguido o que se pretendeu um dia. Os homens da época de Ageu valiam-se dessa retórica escapista. Buscavam frases e pensamentos para justificar os seus erros (Ag 1.2). Preocupavam-se com seus negócios e vidas pessoais, mas não davam ao Templo o devido valor (Ag 1.4). Os projetos humanos tinham prioridade, enquanto os interesses de Deus tornaram-se secundários (TROTA, 2021, p. 129).

Quem tanto se desculpa é porque deve, e de fato os judeus deviam e muito se devia por omitir a missão na qual foram chamados. A prioridade do povo não era o Templo e sim as suas casas adornadas. Nos dias atuais não se pode perder o foco: Deus é o centro da vida do cristão. No versículo 5 do capítulo 1, Deus fala ao povo para aplicar o coração ao caminho.

III – APELO E PROMESSAS

Ao iniciar a restauração do Templo os judeus perceberam que a magnitude do Templo de Salomão, isto é, os adornos que manifestavam a glória não estariam presentes, logo, o segundo seria inferior ao primeiro. Porém, Deus usa o profeta para proferir que três motivos deveriam ser reconhecidos pelos os judeus pós-exílio:

Deus estaria com eles (Ag 2.4).

A aliança de Deus com Israel estava de pé (Ag 2.5).

A glória da segunda casa seria maior do que a da primeira (Ag 2.6-9).

No que tange ao apelo é notável que Ageu instruiu o povo a compreender que a pureza moral não é transmitida, enquanto que a impureza moral é transmissível.

REFERÊNCIA:

TROTA, Israel Thiago. Vigilância, justiça e o culto a Deus: Um chamado para a Igreja nos Escritos dos Profetas Menores. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

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