Deus é Fiel

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quarta-feira, 6 de julho de 2022

Subsídio para aulas da EBD: A SUTILEZA DA BANALIZAÇÃO DA GRAÇA

 A SUTILEZA DA BANALIZAÇÃO DA GRAÇA

Ao observar a Verdade Prática compreende-se que a graça não é barata e que a graça quando se torna eficiente na vida do cristão demonstrará atitude de arrependimento, proporcionará novo comportamento, o que basicamente se define em desenvolver no crente uma nova vida.

A graça de Deus não é barata. Ela requer arrependimento, novo comportamento, ou seja, nova vida em Cristo.

A palavra-chave para ter a devida aplicabilidade da lição é banalização.

I – COMPREENDENDO A GRAÇA

O objetivo do presente tópico é explicar a natureza da graça. É válido lembrar que a graça é:

Favor imerecido concedido por Deus à raça humana. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, a aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação.

O objetivo da graça é duplo: 1) Salvar o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus.

A graça, segundo ensina o apóstolo Paulo, é operada mediante fé. (ANDRADE, 1997, p. 141)

Portanto, a graça é divina por origem, a graça vem de Deus, assim como a graça é imerecida, pois o homem em sua vida conduzida pelo pecado não é merecedor do agir divino, porém Deus por sua infinita bondade outorga ao ser humano a oportunidade de chegar-se a Sua presença, ou seja, a graça é um favor imerecido.

Assim, observamos que o cerne da doutrina da graça está no fato de que mesmo a humanidade merecendo ser condenada, Deus por sua infinita graça a quer salvar. Em outras palavras, Deus poderia e pode ser contra o homem, mas, por causa de sua graça, Ele fica a seu favor. Isso é claramente mostrado de forma objetiva na encarnação de Jesus Cristo, o Filho de Deus. (GONÇALVES, 2022, p. 19)

II – A GRAÇA NO CONTEXTO BÍBLICO

Após a queda o homem distanciou do Senhor, revelando a necessidade da humanidade em aproxima-se de Deus, logo, compreende-se a necessidade da graça por parte do ser humano, assim como se percebe que a graça se estende. Assim sendo, apresentar a graça no contexto bíblico é o objetivo específico do presente tópico.

A graça divina justifica já o homem em sua prática pecaminosa se autocondena. 

[...] De fato, Deus é justo e sua justiça exigia a punição do pecado. Contudo, o mesmo Deus que é justiça também é amor. Se a sua justiça exigia a punição do pecador, por outro lado o seu amor exigia a sua redenção [...]. (GONÇALVES, 2022, p. 19)

O amor de Deus é a manifestação direta da graça reconciliadora para com os homens. Portanto, os homens não possuem capacidade para retribuir a Deus tão grande salvação, mas em contra partida deve ser grato a Deus por maravilhosa obra desenvolvida para o bem espiritual da humanidade.

O crente precisa conhecer três verdades básicas: quão grande é o nosso pecado, quão grande é a graça de Deus que nos redimiu e quão grande deve ser nossa gratidão a Deus por sua graça (STAM apud POMMERENING, 2017, p. 83).

III – A GRAÇA NO CONTEXTO DA REFORMA

Classificá-la no contexto histórico da Reforma Protestante é o objetivo específico do tópico em apreço. No período histórico em que ocorreu a Reforma percebe-se que o olhar teológico ou a prática da religiosidade da época voltava-se para a importância das obras, menosprezando o valor da graça. Até que Martinho Lutero foi despertado pela Palavra do Senhor: o justo viverá pela fé.

Historicamente compreende-se que a Reforma Protestante está firmada em cinco princípios, que são:

A verdadeira religião estar baseada nas Escrituras Sagradas – Religião Bíblica.

A religião deve ser racional e inteligente – Religião Racional.

A religião é pessoas cada um pode se aproximar do Senhor – Religião Pessoal.

A religião não pode e nem dever ser formalista, mas deverá ser espiritual – Religião Espiritual.

A religião nacional corresponde à ênfase outorgada pela igreja aos elementos culturais – Religião Nacional.

Portanto, é válido sintetizar a reforma protestante em: soli Deo Gloria (glória somente a Deus), sola fide (somente a fé), sola Gratia (somente a graça), sola Chistus (somente Cristo), e sola scriptura (somente as Escrituras).

IV – A GRAÇA NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

O menosprezo da ação graça é visível no cenário atual, porém cabe aos defensores do Reino de Deus propagarem, assim como defenderem o valor da graça, pois compreende-se que a salvação é de graça, mas o seu preço custou caro. Pontuar a graça no contexto contemporâneo é o objetivo específico do presente tópico.

Por fim, duas palavras monergismo e sinergismo merecem bastante atenção por parte dos estudantes da Bíblia. Não são palavras presentes nos escritos Sagrados, porém o seu conteúdo sim. O termo monergismo corresponde com a “doutrina que atribui a conversão do ser humano única e exclusivamente ao Espírito Santo” (ANDRADE,1997, p.183). O monergismo tem sido defendido pelos calvinistas. Já o termo sinergismo corresponde com a doutrina em que atribui a conversão do ser humano mediante a ação do Espírito Santo e a fé do indivíduo, isto é, uma cooperação divino-humana.

Referências

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico: Com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

GONÇALVES, José. Os ataques contra a Igreja de Cristo: As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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