A SUTILEZA DA BANALIZAÇÃO DA GRAÇA
Ao observar a Verdade Prática compreende-se que
a graça não é barata e que a graça quando se torna eficiente na vida do cristão
demonstrará atitude de arrependimento, proporcionará novo comportamento, o que basicamente
se define em desenvolver no crente uma nova vida.
A graça de Deus não é
barata. Ela requer arrependimento, novo comportamento, ou seja, nova vida em
Cristo.
A palavra-chave para ter a devida
aplicabilidade da lição é banalização.
I – COMPREENDENDO
A GRAÇA
O objetivo do presente tópico é explicar a
natureza da graça. É válido lembrar que a graça é:
Favor imerecido concedido
por Deus à raça humana. Através da graça, o homem é capacitado a compreender, a
aceitar e a usufruir, imediatamente, dos benefícios do Plano de Salvação.
O objetivo da graça é
duplo: 1) Salvar o homem do pecado; e 2) Restringe a ação deste, levando o
homem a viver nas regiões celestiais em Cristo Jesus.
A graça, segundo ensina o
apóstolo Paulo, é operada mediante fé. (ANDRADE,
1997, p. 141)
Portanto, a graça é divina por origem, a
graça vem de Deus, assim como a graça é imerecida, pois o homem em sua vida
conduzida pelo pecado não é merecedor do agir divino, porém Deus por sua
infinita bondade outorga ao ser humano a oportunidade de chegar-se a Sua
presença, ou seja, a graça é um favor imerecido.
Assim, observamos que o
cerne da doutrina da graça está no fato de que mesmo a humanidade merecendo ser
condenada, Deus por sua infinita graça a quer salvar. Em outras palavras, Deus
poderia e pode ser contra o homem, mas, por causa de sua graça, Ele fica a seu
favor. Isso é claramente mostrado de forma objetiva na encarnação de Jesus
Cristo, o Filho de Deus. (GONÇALVES,
2022, p. 19)
II – A GRAÇA
NO CONTEXTO BÍBLICO
Após a queda o homem distanciou do Senhor,
revelando a necessidade da humanidade em aproxima-se de Deus, logo,
compreende-se a necessidade da graça por parte do ser humano, assim como se
percebe que a graça se estende. Assim sendo, apresentar
a graça no contexto bíblico é
o objetivo específico do presente tópico.
A graça divina justifica já o homem em sua
prática pecaminosa se autocondena.
[...] De fato, Deus é
justo e sua justiça exigia a punição do pecado. Contudo, o mesmo Deus que é
justiça também é amor. Se a sua justiça exigia a punição do pecador, por outro
lado o seu amor exigia a sua redenção [...]. (GONÇALVES,
2022, p. 19)
O amor de Deus é a manifestação direta da
graça reconciliadora para com os homens. Portanto, os homens não possuem
capacidade para retribuir a Deus tão grande salvação, mas em contra partida
deve ser grato a Deus por maravilhosa obra desenvolvida para o bem espiritual
da humanidade.
O crente precisa conhecer
três verdades básicas: quão grande é o nosso pecado, quão grande é a graça de
Deus que nos redimiu e quão grande deve ser nossa gratidão a Deus por sua graça
(STAM apud POMMERENING, 2017, p. 83).
III – A GRAÇA
NO CONTEXTO DA REFORMA
Classificá-la no contexto
histórico da Reforma Protestante é o
objetivo específico do tópico em apreço. No período histórico em que ocorreu a
Reforma percebe-se que o olhar teológico ou a prática da religiosidade da época
voltava-se para a importância das obras, menosprezando o valor da graça. Até que
Martinho Lutero foi despertado pela Palavra do Senhor: o justo viverá pela fé.
Historicamente compreende-se que a Reforma
Protestante está firmada em cinco princípios, que são:
A verdadeira religião estar baseada nas
Escrituras Sagradas – Religião Bíblica.
A religião deve ser racional e inteligente –
Religião Racional.
A religião é pessoas cada um pode se aproximar
do Senhor – Religião Pessoal.
A religião não pode e nem dever ser
formalista, mas deverá ser espiritual – Religião Espiritual.
A religião nacional corresponde à ênfase
outorgada pela igreja aos elementos culturais – Religião Nacional.
Portanto, é válido sintetizar a reforma
protestante em: soli Deo Gloria (glória somente a Deus), sola fide (somente a
fé), sola Gratia (somente a graça), sola Chistus (somente Cristo), e sola
scriptura (somente as Escrituras).
IV – A GRAÇA
NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO
O menosprezo da ação graça é visível no
cenário atual, porém cabe aos defensores do Reino de Deus propagarem, assim
como defenderem o valor da graça, pois compreende-se que a salvação é de graça,
mas o seu preço custou caro. Pontuar a graça no contexto contemporâneo é o objetivo específico do presente tópico.
Por fim, duas palavras monergismo e
sinergismo merecem bastante atenção por parte dos estudantes da Bíblia. Não são
palavras presentes nos escritos Sagrados, porém o seu conteúdo sim. O termo
monergismo corresponde com a “doutrina que atribui a conversão do ser humano
única e exclusivamente ao Espírito Santo” (ANDRADE,1997, p.183). O monergismo
tem sido defendido pelos calvinistas. Já o termo sinergismo corresponde com a
doutrina em que atribui a conversão do ser humano mediante a ação do Espírito
Santo e a fé do indivíduo, isto é, uma cooperação divino-humana.
Referências
ANDRADE,
Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico:
Com definições etimológicas e locuções latinas. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.
GONÇALVES,
José. Os ataques contra a Igreja de
Cristo: As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus
Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.
POMMERENING,
Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus
Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário