Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Lições Bíblicas Jovens – Subsídio para aula da EBD – A SANTIDADE É A MARCA DO CRENTE

A SANTIDADE É A MARCA DO CRENTE

Conforme o Resumo da Lição:

A santidade é a marca do crente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

ü    Não tem como servir ao Senhor sem demonstrar a marca da consagração e da exclusividade a Deus. Ser santo é ser separado para uso exclusivo do Senhor.

A santidade é exigida tanto no Antigo como no Novo Testamento. O NT, todavia, dá um salto qualitativo em relação ao AT. No Antigo Testamento, o povo era considerado santo por meio de rituais realizados por intermediários na estrutura do Tabernáculo, da prática de justiça e a sua identificação com Yahweh, o Deus de Israel. No NT, o povo é considerado santo por ter acesso direto a Deus por meio do sacrifício perfeito de Cristo, oferecendo um culto racional, com a mente renovada segundo à vontade de Deus. (NEVES, 2023, p. 101, 102)


A presente lição tem como objetivos:

Mostrar que a santidade é a marca do crente no Antigo Testamento;

Saber que a santidade continua sendo exigida no Novo Testamento;

E, Apontar a superioridade do culto oferecido pelo crente no Novo Testamento, o culto racional.

I – A SANTIDADE COMO MARCA DO CRENTE NO ANTIGO TESTAMENTO

A mensagem do Antigo Testamento proporciona a compreensão de que a santidade se associa: primeiramente, a pessoa de Deus; em segundo com lugares e se estende com a compreensão de até com objetos; e por terceiro, a santidade se aplica com as pessoas separadas para o uso de Deus.

No que tange a santidade divina, primeiramente compreende-se que Deus é Santo. A santidade divina é nítida no agir e no ser de Deus. Portanto, a santidade de Deus não tolera a idolatria e nem todo o tipo de pecado.

Já ao trata-se de lugar santo percebe-se que o tabernáculo é o grande exemplo, pois desde a confecção e a utilização do espaço nota-se que a santidade de Deus está presente. As vestes sacerdotais apresentavam a santidade do Senhor. Os materiais de madeira de acácia descrevia a pureza. Em fim, todo o departamento do tabernáculo espelha a santidade do Senhor.

Homens foram vocacionados para o ministério profético. A vocação já indica que o indivíduo em si foi separado para o uso de Deus. Aos levitas, cujo ministério era o sacerdócio, a Palavra do Senhor é clara: santos seres, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo (Lv 19.2).

II – A SANTIFICAÇÃO CONTINUA SENDO EXIGIDA NO NOVO TESTAMENTO

No Novo Testamento dois elos da salvação tornam-se visíveis, são eles: a justificação pela fé e a santidade.

A santificação didaticamente é estudada em três momentos:

Pretérita – passada – definitiva.

Presente – progressiva.

Futura – total.

A santificação pretérita é também definida por ser a justificação, ou seja, o ato que por intermédio de Cristo o cristão torna-se justo. E a santificação progressiva corresponde com o momento em que o crente cotidianamente vai separando do mundo, do pecado e vai cada vez mais aproximando de Deus.

É válido ressaltar que:

A principal marca que deve identificar a Igreja neste tempo pós-moderno continua sendo a santidade. Ela está, sim, no mundo, mas deve ter um comportamento que inspira ser replicado e referenciado no trabalho, no comércio, na política, nos negócios, entre outras áreas. A Igreja tem conquistado espaços em nossa sociedade, mas será que tem feito a diferença, tem sido santa (separada) na sua forma de agir? (NEVES, 2023, p. 109)

III – O CULTO RACIONAL NO NOVO TESTAMENTO

A apresentação por meio de uma vida santificada tem como análise básica a carta aos Romanos 12.1 que requer de todo o cristão que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus.

1- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a novidade de vida do cristão. Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados, logo, o sacrifício se desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na Nova Aliança o sacrifício é concretizado em um corpo vivo.

2- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo. Para Paulo o termo santo indica lugar reservado, se na Antiga Aliança o templo era o lugar reservado e santificado, já na Nova Aliança o cristão é o lugar reservado e santificado para Deus e para o uso de Deus.

3- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o sacerdote entrava no lugar Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo, caso se o mesmo estivesse em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado por outros no ato do puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do Santo do Santo sem consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a comunidade entendia que o sacrifício foi agradável a Deus.

Logo, o culto racional tem que ter como referência o que agrada a Deus.

Referência:

NEVES, Natalino das. Separados para Deus: buscando a santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Subsídio para aulas da EBD: O AVIVAMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL

O AVIVAMENTO PENTECOSTAL NO BRASIL

A verdade prática apresenta o seguinte enunciado:

Deus derramou o grande avivamento pentecostal no Brasil. Ele pode avivar mais uma vez o seu povo.

A palavra-chave para a compreensão plena da lição é pentecostes. Pentecostes era uma das três grandes festas comemorada pelos os judeus. Festividade que ocorria cinquenta dias após a realização da páscoa, também é conhecida por ser a festa das primícias.

A presente lição tem como objetivos:

Mostrar que o movimento de Atos se repete no Brasil;

Pontuar o nascimento do novo movimento;

E, Explicar a expansão do avivamento pentecostal.

Algo bem interessante é notar a realização dos primeiros trabalhos evangelísticos no Brasil que conforme Silva:

No ano de 1557 houve a chegada dos crentes calvinistas que realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente americano, em 10 de março.

A igreja congregacional no Brasil teve início com a realização da primeira escola dominical que contou com a presença de cinco crianças, isto em 1855 com o casal Kalley.

Silva ainda comenta que:

Foi assim o começo da Escola Dominical – começo de um dos mais poderosos avivamentos da história da Igreja (1999, p. 136).

O MOVIMENTO DE ATOS SE REPETE NO BRASIL

Há duas bênçãos conferidas por Deus para com a igreja, são elas: a salvação e o batismo com o Espírito Santo. São duas experiências distintas e processuais na e para com a vida do cristão.

Ambas as experiências são visíveis na igreja em Éfeso “Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes?” Quando crestes corresponde com a bênção da salvação, enquanto que recebestes o Espírito Santo trata-se do batismo com o Espírito Santo.

Da mesma forma percebe-se que a prática se notabilizou no Brasil. As igrejas reformistas (tradicionais) já anunciavam a salvação no Senhor Jesus, assim como já haviam número considerado de seguidores do cristianismo protestante, porém faltava-lhe o batismo no Espírito Santo.

É importante salientar que Celina Albuquerque foi a primeira cristã em solo brasileiro a ser batizada no Espírito Santo. O avivamento da rua azuza nos Estados Unidos por meio dos missionários Gunnar Vingren e Daneil Berg chegou-se ao Brasil.

O NASCIMENTO DE UM NOVO MOVIMENTO

O início do movimento pentecostal no Brasil foi marcado por perseguições e por inúmeros milagres. Em meio a perseguição os missionários não se calaram e nem limitaram as ações, pelo o contrário foram motivados a continuarem a pregação do evangelho, e como resultado, presenciaram a confirmação dos milagres no cenário cristão.

Com a manifestação dos milagres e a ocorrência da perseguição a igreja não diminuiu em número e nem em objetivo, mas de fato houve o crescimento, e o avivamento espiritual iniciado no Pará prosseguiu para com as demais regiões do Brasil.

Deixar de continuar em meio as perseguições é entregar-se ao comodismo. É deixar de compreender os planos de Deus de forma ímpar para com a própria vida.

A EXPANSÃO DO AVIVAMENTO PENTECOSTAL

O crescimento da igreja pentecostal no Brasil deve-se a um fator importantíssimo, isto é, cada crente é um ganhador de almas. Quando alguém era alcançado pelo o evangelho iniciava pregação do evangelho em lugares em que os membros das igrejas históricas não se colocariam de prontidão.

[...] cresce porque evangeliza, disciplina e cuida das vidas alcançadas pelo evangelho de Cristo. O padrão de crescimento tem sido constante, sempre com base no modelo bíblico ordenado por Jesus (Mc 16.15,16). (RENOVATO, 2023, p. 103)

Referências

RENOVADO, Elinaldo. Aviva a tua obra: o chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e de atualização para professores veteranos da Escola Bíblica Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1999.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Subsídio para aulas da EBD: O AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO

O AVIVAMENTO ESPIRITUAL NO MUNDO

A verdade prática apresenta o seguinte enunciado:

Somente por intermédio do movimento do Espírito Santo, o mundo pode experimentar o verdadeiro avivamento espiritual.

A palavra-chave para a compreensão plena da lição é despertamento. E personagem e contexto histórico que será base para a aplicabilidade da lição é o profeta Ezequiel e o relato Bíblico sobre o vale de ossos secos.


A presente lição tem como objetivos:

Explicar o avivamento no tempo de Ezequiel;

Identificar os grandes avivamentos no mundo;

E, Mostrar que os avivamentos mudam o rumo da história.

O AVIVAMENTO NO TEMPO DE EZEQUIEL

Ezequiel era sacerdote e Deus o vocacionou para o ministério profético. No desenvolvimento ministerial Ezequiel perdeu a sua esposa. É importante salientar que o profeta Ezequiel foi conduzido ao cativeiro na leva de 10 mil judeus, na segunda condução de judeus para a Babilônia, isto é, nove anos depois da primeira condução dos judeus na qual constava com a presença de Daniel.

Segundo a tradição o profeta foi morto por um dos seus companheiros de exílio, que ele repreendera por sua idolatria. (BOYER, p. 312)

No exílio o profeta Ezequiel agiu como conselheiro para com o povo de Judá que estavam aflito. O profeta torna-se um dos personagens de maior importância espiritual entre o povo exilado.

A visão do profeta Ezequiel permite a observação de duas importantes descrições: vale e ossos. O vocábulo vale pode ser definido como um lugar de conflito interior (2 Rs 3.16-20); uma situação perigosa e estreita (Sl 23.4a); ou um lugar de dificuldade (Jz 4.13); e por fim, também poderá ter como descrição significativa um lugar de confronto com forças inimigas (2 Rs 9.16). Enquanto, o verbete ossos se associa com restos mortais.

É válido ressaltar que no final da profecia houve restauração o que corresponde com a ocorrência do avivamento global.

OS GRANDES AVIVAMENTOS NO MUNDO

Sempre houve e sempre haverá a ocorrência de avivamento no meio do povo de Deus. Enquanto alguns não se entregarão ao entendimento do verdadeiro chamado divino para com as suas vidas, perceberá por meio da história com haverá sempre os notáveis que se doarão no agir fiel para com o propósito de Deus.

A lição apresenta pessoas avivadas e suas ações, exemplo:

Os irmãos Wesley e o fervor missionário.

Evans Roberts e o avivamento inglês em que até os cinemas deixaram de existir, porque o prazer da população era está na casa do Senhor.

Charles Finney onde que percorria a unção era visível e sentida pelos os demais homens.

E, por fim Seymour e o avivamento do pentecostalismo que perdura até os nossos dias.

OS AVIVAMENTOS MUDAM A HISTÓRIA

A mudança ocasionada pelo o avivamento outorga alterações no contexto político, econômico e cultural.

Mudança na política percebe-se a democracia; na economia, é notável que os países que temem ao Senhor são agraciados pela prosperidade; e, na cultura é notável que o racismo não é aceito no cenário cristão.

Por fim, após o avivamento é notável que:

[...] Os avivamentos não se tornam permanentes. Por quê? Por razões bem simples e compreensíveis. Os homens que foram usados por Deus para serem instrumentos do avivamento passaram. Os seus sucessores não tiveram o mesmo ímpeto e interesse em manter “o fogo aceso”. (RENOVATO, 2023, p. 94)

Referências

BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD, 1966.

RENOVADO, Elinaldo. Aviva a tua obra: o chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

DONS DE ELOCUÇÃO

DONS DE ELOCUÇÃO 

Os dons de elocução correspondem com os tipos de dons em que Deus exprime a sua vontade. Elocução significa dicção, locução ou expressão. Nesta classificação encontram-se os dons de profecia, variedades de línguas e o dom de interpretação, ambos possuem como propósito edificar, exortar e consolar a Igreja de Jesus.

DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)

O dom de profecia corresponde com a mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo na língua conhecida pelo mensageiro e pelo destinatário. Sendo que a mensagem é divina.

[...] profecia significa a declaração do que não pode ser conhecido por naturais (Mt 26.68), é a descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao passado, presente e futuro (veja Gn 20.7; Dt 18.18; Ap 10.11; 11.3). Profetizar, no grego, se resume numa palavra, propheteuein, que significa falar em nome de alguém, em favor de alguém. (VINE apud RENOVADO, 2021, p. 55)

Porém, a igreja deve ser ciente que há três tipos de profecia, conforme a origem: pode ser de ordem divina, ordem carnal ou de ordem diabólica. A mensagem quando é de origem divina conforta, consola e edifica. Já a mensagem humana e a diabólica provocam no seio da comunidade confusão, não edifica e nem consola.

Toda profecia de origem divina se cumpre:

A profecia de Gêneses 3.15 se cumpriu (Mt 1.25).

A profecia presente no Salmo 22.16, “transpassaram-me as mãos e os pés” se cumpriu na cruz.

A profecia que Jesus nasceria em Belém (Mq 5.2) se cumpriu.

Logo, toda profecia que tem como origem em Deus se cumprirá. Porém, há alguns erros referentes à compreensão a respeito da profecia, são eles: utilizar a profecia para guiar a igreja, a profecia ser visualizada como fonte de doutrina e propor em ser o dom da profecia como um oráculo.

Portanto, compreende-se que há alguns pontos coerentes com a realidade a respeito da profecia que são:

O espírito Santo guia a igreja pela Bíblia e pela consciência do cristão. Há oficiais de Deus na terra para ensinarem a autêntica Palavra do Senhor.

Deus fala quando quer, logo não há necessidade de sair ao encontro de vasos para saber o que Deus ordena.

Toda sã doutrina tem sua origem em Deus e está presente nos Escritos Sagrados.

[...] A profecia não deve ser fonte de consulta ou meio de obter direção, seja na vida espiritual ou na vida material. Jesus é o único mediador entre Deus e os homens. É Ele quem dirige e orienta todos os que o buscam. A finalidade da profecia é outra. Quando o dom de profecia é usado conforme a orientação da Bíblia, traz muitas bênçãos. (BERGSTÉN, 2019, p. 114)

Logo, a profecia tem como finalidade edificar (na formação do caráter e da personalidade do cristão), exortar (isto é, confortar, inspirar, defender e guiar) e consolar (que corresponde com a doação de alegria e de paz).

VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

Tendo como base as seguintes palavras:

Porqueza promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar (At 2.39).

Percebe-se que a abrangência da promessa corresponde com tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.

Lembrando que:

O fenômeno pentecostal do falar em línguas estranhas (gr. Glossolalia) tem dois aspectos. O primeiro é o falar línguas estranhas como evidência do batismo com o Espírito Santo. O segundo é o dom de variedade de línguas (RENOVATO, 2021, p. 61).

[...] O dom de línguas tem por finalidade transmitir à Igreja uma mensagem em línguas estranhas, e, por isso, precisa de interpretação para que aquela seja edificada. Essa interpretação é feita pelo dom de interpretação de línguas. (BERGSTÉN, 2019, p. 114)

O dom de variedades de línguas corresponde com algo além do batismo no Espírito Santo. Para que haja eficácia o dom de línguas precisa de interpretação. Com este dom o Espírito Santo toca em nosso espírito. Outorga liberdade para a exaltação proporcionando edificação (HORTAN, 2003).

INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

O dom de interpretação corresponde com a identificação da mensagem divina e não com a tradução de uma língua.

O dom de interpretação difere do dom da profecia por ser um dom associado a outro. Alguém fala em línguas e outra pessoa interpreta. Por fim, o presente dom não foge do propósito dos anteriores; edificar, exortar e consolar.

Tanto o dom de línguas como o dom de interpretação de línguas constituem um milagre, pois nem o que fala nem o que interpreta conhecem a língua que é falada. Trata-se de uma língua verdadeira, seja de homens ou de anjos (cf. Co 13.1), conforme o Espírito Santo concede que se fale (cf. At 2.4). (BERGSTÉN, 2019, p. 114)

Portanto, os dons de elocução estão associados com três palavras chaves para uma igreja local saudável. Estas palavras são ministério, adoração e dom. Ministério é o executar do dom. Adoração é a ação de gratidão em forma de louvor e oração. E dom é o ministério em ação.

Referência

BERGSTÉN, Eurico. Teologia Sistemática. 20ª impressão. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática, uma perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais: Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Lições Bíblicas Jovens – Subsídio para aula da EBD – O ENSINO DE JESUS SOBRE SANTIFICAÇÃO NO SERMÃO DO MONTE

O ENSINO DE JESUS SOBRE SANTIFICAÇÃO NO SERMÃO DO MONTE

Conforme o Resumo da Lição:

Devemos viver de forma que a luz de Cristo brilhe em nossa vida.

Com base na descrição acima, conclui-se que:

ü    A luz de Cristo deve resplandecer no cristão.

ü    O viver do cristão definirá os resultados espirituais.

[...] O Sermão do Monte é um dos cinco grandes discursos deste evangelho, pois expõe a atividade educativa de Jesus sobre uma vida de santificação. Destaque para o poder do testemunho do cristão como sal da terra e luz do mundo, a prática da justiça para a glória de Deus e a autoridade do ensino de Jesus por ser experiencial, em que a teoria confunde-se com a prática. (NEVES, 2023, p. 88)

A presente lição tem como objetivos:

Conscientizar de que os santos são bem-aventurados;

Destacar que a santidade está diretamente relacionada com a prática da justiça e da solidariedade;

E, Mostrar a eficácia do ensino de Jesus sobre a santidade.

I – OS SANTOS SÃO BEM-AVENTURADOS

Jesus inicia o Sermão do Monte com as bem-aventuranças, continua com a definição em ser os seus seguidores sal da terra e luz do mundo e para fechar o olhar para com o terceiro tópico percebe-se que a próxima verdade ensinada pelo o Messias corresponde com a justiça do Reino de Deus.

Sobre as bem-aventuranças compreende que:

A felicidade do crente não resulta de seu próprio esforço e não está dentro de si mesmo o que ele deseja, ela vem de cima, a partir de uma nova natureza que é implantada no seu ser (Jo 3.5). Assim, procedendo conforme a Palavra de Deus e obedecendo-lhe, o crente desfruta das bênçãos que acompanham a salvação e na sua vida as bem-aventuranças estarão presentes (Ap 1.3; 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14). (GOMES, 2022, p. 23)

O valor do sal só é notável na ação. Pois, o sal é importante no agir. No contexto histórico o sal teve grande participação para uma das maiores inovações no mundo do trabalho, isto é, o salário. Porém, o sal tem seu valor no agir, e se para isto, o mesmo não serve, deverá ser lançado fora. Duas são as principais ações do sal: outorgar sabor e preservar.

Já o valor da luz está notável no existir da luz. Pois, os benefícios da luz são inúmeros, como por exemplo: a visibilidade, o fornecimento de energia e a produção de alimentos.

No que tange a justiça de Deus compreende que esta é diferente da justiça dos escribas e dos fariseus, assim como a justiça divina está em harmonia com a Lei de Deus.

II – A SANTIFICAÇÃO DE DÁ POR MEIO DA PRÁTICA DA JUSTIÇA E DA SOLIDARIEDADE

O presente tópico salienta a respeito de uma vida solidária em ser piedoso para com o próximo, viver em plena intimidade com Deus em oração e em praticar o jejum.

Em Mateus capítulo 6 três princípios éticos são descritos como ações a serem concretizadas pelos os cristãos conforme o evangelista, que são: dar esmolas, orar e jejuar. Ambas as ações não devem ser executadas com o objetivo de ser o crente em Cristo a notoriedade visível, pois ao que dar esmola não saiba a mão esquerda o que faz a direita (Mt 6.3); assim como ao orares entre no aposento e fechando a porta, ore ao teu Pai que vê e está em oculto (Mt 6.6); e, ao jejuardes unge a cabeça e lava o rosto para que aos homens não pareça que jejuas (Mt 6.17,18).

A verdadeira motivação em auxiliar o próximo deverá ser a de glorificar a Deus e contribuir para com o bem de quem precisa, lembrando que assim quem ajuda ao necessitado está agindo para o alívio da dor de alguém, assim como está adorando ao Senhor.

III – A EFICÁCIA DO ENSINO DE JESUS SOBRE A SANTIDADE

Duas casas foram construídas, uma sobre a areia e outra sobre a rocha. O alicerce deverá ter como sustentáculo a rocha, pois se for construído na areia não haverá sustentação, vindo os ventos e as tempestades, destruirá a casa.

 

A vida espiritual não pode ser construída de qualquer maneira, colocando qualquer tipo de material como palha, feno, madeira, ouvindo qualquer pessoa (Sl 1.1,2). Daí a razão de Paulo dizer: “Veja cada um como edifica” (1 Co 3.10,12). É preciso, da parte do edificante, muita sabedoria e prudência na edificação de sua vida espiritual. Quem procura edificar sua vida nas palavras dos homens, e não nas palavras de Cristo, pode ter certeza de que a sua construção cairá, pois somente Jesus edifica a casa (Sl 127.1). (GOMES, 2022, p. 154)

Válido entender na prática que Jesus ensinava e pregava com autoridade. Os cristãos assim também deverão ministrar nestes dias tão difíceis, certo que a unção não corresponde com retórica ou com arte humana, mas compreende a ação espiritual conduzida e ministrada pelo o Espírito Santo.

Referência:

GOMES, Osiel. Os valores do Reino de Deus: a relevância do Sermão do Monte para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

NEVES, Natalino das. Separados para Deus: buscando a santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Subsídio para aulas da EBD: ESTÊVÃO – UM MÁRTIR AVIVADO

ESTÊVÃO – UM MÁRTIR AVIVADO

A verdade prática apresenta o seguinte enunciado:

Por intermédio da graça de Deus, o cristão pode ser fiel a Cristo até à morte e contemplar a sua glória.

A palavra-chave para a compreensão plena da lição é mártir. Estêvão sofreu a morte, mas não negou o Senhor Jesus, e assim como ele existem inúmeros cristãos na atualidade que sofrem perseguição e em meio a toda diversidade permanecem firmes no propósito no qual foram vocacionados.

A presente lição tem como objetivos:

Apresentar a vida de Estêvão, destacando seu testemunho pessoal;

Mostrar que o crente deve permanecer fiel a Jesus diante da perseguição e da morte;

E, Conscientizar de que cada crente precisa do poder do Espírito Santo para se fortalecer e permanecer na fé em Cristo.

O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO

Jesus assim disse: “Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizeis: somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer” (Lc 17.10). Estêvão era diferente era consagrado ao diaconato, porém, fazia atividade concernente aos evangelistas.

Os diáconos deveriam ter três qualificações básicas: boa reputação, ser cheios do Espírito Santo e cheios de sabedoria. Porém, Estêvão é citado com duas outras qualificações: cheio de fé e de poder (At 6.5,8).

Dentre os sinais que demonstrariam a sua fé, estavam: expulsar demônios, falar novas línguas, impor as mãos sobre os enfermos e curá-los (Mc 16.17,18). Ao ser usado por Deus de forma maravilhosa, com sinais evidentes da sua fé e unção, causou inveja e grande oposição dos adversários da igreja. Levantaram-se cntra ele quatro grupos: alguns da sinagoga chamados de libertinos, dos cireneus, dos alexandrinos e “dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com ele”. (RENOVATO, 2023, p. 75)

Estêvão era cheio do Espírito Santo, isto indica que o diácono era obediente e temente a Deus, e desenvolvia diariamente o fruto do Espírito. Por outro lado era cheio de poder, virtude alcançada mediante a vida de consagração a Deus e por meio de tal virtude prodígios e grandes sinais eram realizados no meio do povo (At 6.8).  Por fim, sua sabedoria era demonstrada na prática da evangelização (At 6.10).

Portanto, o testemunho ministerial de Estêvão se manifesta na desenvoltura do serviço sendo ele excelente diácono e um exímio evangelista.

A PRECIOSA MORTE DE ESTÊVÃO

Mártir do grego, máryr, indica o seguinte significado; testemunha. Com as perseguições o termo corresponde a aqueles que morreram, mas não negarão ao Senhor Jesus. O livro de Atos por ser uma obra de valor e qualificação histórica registra a morte de Estêvão que de fato é a primeira morte de alguém no cristianismo por não negar ao Senhor Jesus.

Diante da fúria dos seus acusadores, principalmente dos líderes do Sinédrio, Estêvão não se intimidou e permaneceu firme. Ele sabia que poderia ser condenado à morte por confrontar o sistema religioso, hipócrita e anticristão, mas preferiu olhar para os céus. (RENOVATO, 2023, p. 77)

Foi Estêvão modelo para a sua geração na dedicação ao Senhor ao ponto de sofrer a morte e não negar a Cristo, como também é ele para as gerações posteriores ao inicio do cristianismo exemplo de servo que não se preocupou em ser servido e nem mesmo em ser respeitado por ser de boa conduta. A preocupação de Estêvão era servir ao Senhor que esta seja também a preocupação da igreja de Jesus nestes dias tão difíceis.

O AVIVAMENTO NO SOFRIMENTO

Com exceção de João, o evangelista, todos os demais apóstolos do Senhor Jesus sofreram a morte por não negarem a Jesus Cristo. Mas, assim como os demais, o apóstolo João também sofreu perseguição, e como os demais foi fiel até as últimas circunstâncias. Fator que descreve que os apóstolos no geral eram homens avivados e compromissados com o plano de Deus em suas vidas.

Portanto, em meio ao sofrimento:

O avivamento espiritual, motivado pela presença gloriosa do Espírito Santo, dá forças aos servos e servas de Deus para enfrentarem situações difíceis de torturas e castigos severos por professarem a sua fé em Jesus. (RENOVATO, 2023, p. 80)

Referências

RENOVADO, Elinaldo. Aviva a tua obra: o chamado das Escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Subsídio para aulas da EBD: O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO

O AVIVAMENTO NO MINISTÉRIO DE PEDRO

A verdade prática apresenta o seguinte enunciado:

A vida de um crente pode ser comparada entre o antes e o depois de um avivamento.

Ao associar o título com a verdade prática compreende-se que o avivamento no ministério do apóstolo Pedro é marcado pelo o batismo no Espírito Santo, ou seja, o grande avivamento vivenciado pelo o apóstolo.

A presente lição tem como objetivos:

Destacar as características do apóstolo Pedro antes da experiência do Pentecostes;

Compreender o impacto do batismo no Espírito Santo no caráter do apóstolo Pedro;

E, Ressaltar a importância do avivamento espiritual para a igreja dos dias atuais mediante a experiência do Batismo Santo.

A palavra-chave para o entendimento da presente lição é ministério, lembrando que no sentido prático ministério tem como significado dom em ação.

Compreender a vida do apóstolo Pedro conforme a Bíblia Sagrada é fundamental que a vida do apóstolo seja didaticamente esquematizar em duas partes: Pedro antes de negar a Jesus, ouvinte falante (basicamente antes do pentecostes); e, Pedro depois de ter negado a Jesus, ouvinte praticante (isto é, posterior ao pentecostes).

PEDRO ANTES DO PENTECOSTES

O apóstolo Pedro foi chamado para servir, sabendo bem que muitos ensinamentos ele receberia de Jesus Cristo passou a ser um dos três discípulos mais próximo do Mestre.

Pedro e o chamado para o apostolado. Ao contemplar Pedro e André trabalhando no ramo da pesca no mar da Galileia Jesus assim os vocacionam: vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens (Mt 4.19). De acordo com as quatro listas em que aparecem os nomes dos discípulos o apóstolo Pedro é citado em primeiro lugar (Mt 10.2; Mc 3.16; Lc 6.14; At 1.13). Portanto, Pedro de pescador de peixes passa a ser pescador de almas.

Pedro e suas declarações. Antes de negar a Jesus três declarações de Pedro merecem profunda atenção.

Declaração a respeito de Cristo. Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.16). Ao dizer que Jesus era o Cristo, o apóstolo define a missão do Messias e ratificava o cumprimento das profecias a respeito do Ungido. E ao declarar que Jesus era o Filho do Deus vivo, Pedro estava literalmente dizendo que Jesus é o próprio Deus.

Declaração de quem conhecia e valorizava a liderança de Cristo. Senhor, para quem iremos nós? (Jo 6.68). Com Jesus presente o apóstolo Pedro tinha o conhecimento que tudo ocorreria da melhor maneira possível. O lugar é menos importante do que a presença de quem estará com o cristão em sua caminhada, pois se o cristão está com Cristo muitas serão as bênçãos divinas sobre a vida do mesmo.

Declaração no que concernia a doação da vida. Por ti darei a minha vida (Jo 13.37). De fato Pedro doou a sua vida a Cristo e conforme as tradições o apóstolo foi crucificado de cabeça para baixo, doando assim a sua vida ao seu Mestre.

A negação de Pedro. A negação de Pedro transmite algumas lições:

Até os mais fortes podem falhar. A autopreservação às vezes controla alguns indivíduos. O herói da fé poderá se tornar em um covarde mediante a pergunta de alguém. Até os homens mais espirituais podem cair nos pecados mais terríveis (CHAMPLIN, 2014, p. 477).

PEDRO APÓS O PENTECOSTES

Quando o assunto trata-se do Pedro após a negação a Cristo e principalmente no que tange ao período pós o pentecostes compreende-se os seguintes pontos como fundamentais: o arrependimento de Pedro, a declaração de amor do apóstolo e o apóstolo e sua missão conforme o livro de Atos.

O arrependimento de Pedro. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente (Lc 22.61,62). O arrependimento de Pedro foi positivo, pois ele reconheceu que tinha pecado e voltou para Deus, ação diferente da de Judas que se suicidou.

A declaração de amor de Pedro a Cristo. Por três vezes Pedro responde, tu sabes que te amo (Jo 21.15-17). Reconhecendo suas limitações e seu erro o apóstolo Pedro ao ser indagado por duas vezes se amava (ágape) ao Senhor Jesus lhe responde que o amava como amigo. Portanto, na terceira vez Jesus lhe pergunta se Pedro lhe amava como amigo, assim Pedro chora e responde que o amava como amigo. Provavelmente na mente de Pedro se passava, no momento da terceira pergunta, que amigo de verdade não nega o outro, porém, Pedro declara o seu amor a Cristo.

Pedro e sua missão no livro de Atos. Há dois principais nomes no livro de Atos o de Pedro e o de Paulo. Até o capítulo doze o apóstolo Pedro é o destaque e há três pontos a serem observados: Pedro o pregador do Evangelho, Pedro o líder dos demais apóstolos e Pedro instrumento de Deus para a concretização de milagres.

Pedro o pregador do Evangelho. Após o recebimento do Espírito Santo o apóstolo Pedro pregou uma mensagem com as seguintes palavras conclusivas: saiba, pois, com certeza, toda casa de Israel que a este Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (At 2.36). Mensagem que conduziu a Jesus quase três mil almas (At 2.41). Já na segunda mensagem do apóstolo quase cinco mil almas se renderam aos pés do Senhor Jesus (At 4.4).

Pedro o líder entre os apóstolos. Na escolha do sucessor de Judas percebe-se que o apóstolo Pedro demonstra o perfil de um líder entre os demais discípulos (At 1.15).

 Pedro instrumento de Deus para a concretização de milagres. Jesus vocacionou a Pedro dando-lhe poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem e poder para curar pessoas enfermas (Mt 10.2). Sendo assim conforme o evangelista Lucas pessoas eram postas onde Pedro passasse para que pelo menos a sua sombra cobrisse os enfermos, entretanto conclui-se que todos eram curados (At 5.15,16).

A IGREJA DE HOJE E O AVIVAMENTO DO PENTECOSTES

Compreende que por aumentar a iniquidade o amor de muitos se esfriarão, porém a esperança deverá manter-se viva no arrebatamento da igreja. O arrebatamento será no abrir e fechar de olhos e tem como propósitos: a ressurreição dentre os mortos (1 Co 15.22,23), a transformação dos vivos (1 Co 15.51,52), o arrebatamento dos fiéis e a apresentação da igreja a Cristo na qualidade de esposa (Ap 19.7-9).

Lembrando que a primeira fase será nos ares com o objetivo arrebatar a igreja (1 Ts 4.16,17), não será visível a todos. Enquanto, a segunda fase, juntamente com os santos Jesus virá a terra para reinar por mil anos, esta vinda será visível a todos (Mt 24.26,27).

Referências

CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 4. São Paulo: Hagnos, 2014.