A SANTIDADE É A MARCA DO CRENTE
Conforme o Resumo da Lição:
A santidade é a marca do
crente tanto no Antigo Testamento quanto no Novo.
Com base na descrição acima, conclui-se que:
ü Não tem
como servir ao Senhor sem demonstrar a marca da consagração e da exclusividade
a Deus. Ser santo é ser separado para uso exclusivo do Senhor.
A santidade é exigida
tanto no Antigo como no Novo Testamento. O NT, todavia, dá um salto qualitativo
em relação ao AT. No Antigo Testamento, o povo era considerado santo por meio
de rituais realizados por intermediários na estrutura do Tabernáculo, da
prática de justiça e a sua identificação com Yahweh, o Deus de Israel. No NT, o
povo é considerado santo por ter acesso direto a Deus por meio do sacrifício
perfeito de Cristo, oferecendo um culto racional, com a mente renovada segundo
à vontade de Deus. (NEVES,
2023, p. 101, 102)
A presente lição tem como objetivos:
Mostrar que a santidade é
a marca do crente no Antigo Testamento;
Saber que a santidade
continua sendo exigida no Novo Testamento;
E, Apontar a superioridade
do culto oferecido pelo crente no Novo Testamento, o culto racional.
I – A SANTIDADE
COMO MARCA DO CRENTE NO ANTIGO TESTAMENTO
A mensagem do Antigo Testamento proporciona a
compreensão de que a santidade se associa: primeiramente, a pessoa de Deus; em
segundo com lugares e se estende com a compreensão de até com objetos; e por
terceiro, a santidade se aplica com as pessoas separadas para o uso de Deus.
No que tange a santidade divina, primeiramente
compreende-se que Deus é Santo. A santidade divina é nítida no agir e no ser de
Deus. Portanto, a santidade de Deus não tolera a idolatria e nem todo o tipo de
pecado.
Já ao trata-se de lugar santo percebe-se que
o tabernáculo é o grande exemplo, pois desde a confecção e a utilização do
espaço nota-se que a santidade de Deus está presente. As vestes sacerdotais
apresentavam a santidade do Senhor. Os materiais de madeira de acácia descrevia
a pureza. Em fim, todo o departamento do tabernáculo espelha a santidade do
Senhor.
Homens foram vocacionados para o ministério
profético. A vocação já indica que o indivíduo em si foi separado para o uso de
Deus. Aos levitas, cujo ministério era o sacerdócio, a Palavra do Senhor é
clara: santos seres, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo (Lv 19.2).
II – A
SANTIFICAÇÃO CONTINUA SENDO EXIGIDA NO NOVO TESTAMENTO
No Novo Testamento dois elos da salvação
tornam-se visíveis, são eles: a justificação pela fé e a santidade.
A santificação didaticamente é estudada em três
momentos:
Pretérita – passada – definitiva.
Presente – progressiva.
Futura – total.
A santificação pretérita é também definida
por ser a justificação, ou seja, o ato que por intermédio de Cristo o cristão
torna-se justo. E a santificação progressiva corresponde com o momento em que o
crente cotidianamente vai separando do mundo, do pecado e vai cada vez mais aproximando
de Deus.
É válido ressaltar que:
A principal marca que deve identificar a
Igreja neste tempo pós-moderno continua sendo a santidade. Ela está, sim, no
mundo, mas deve ter um comportamento que inspira ser replicado e referenciado
no trabalho, no comércio, na política, nos negócios, entre outras áreas. A Igreja
tem conquistado espaços em nossa sociedade, mas será que tem feito a diferença,
tem sido santa (separada) na sua forma de agir? (NEVES, 2023, p. 109)
III – O CULTO
RACIONAL NO NOVO TESTAMENTO
A apresentação por meio de uma vida
santificada tem como análise básica a carta aos Romanos 12.1 que requer de todo
o cristão que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus.
1- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo. Para Paulo deveria existir uma diferença entre a novidade de vida do cristão.
Se na Antiga Aliança os animais eram sacrificados, logo, o sacrifício se
desenvolvia por meio de um animal morto. Portanto, na Nova Aliança o sacrifício
é concretizado em um corpo vivo.
2- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo. Para Paulo o termo santo indica lugar reservado, se na Antiga
Aliança o templo era o lugar reservado e santificado, já na Nova Aliança o
cristão é o lugar reservado e santificado para Deus e para o uso de Deus.
3- Apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus. Na Antiga Aliança o sacerdote entrava no lugar
Santo do Santo com uma corda amarrada em seu corpo, caso se o mesmo estivesse
em pecado morreria ali e o corpo deveria ser retirado por outros no ato do
puxar a corda, pois ninguém poderia entrar no lugar do Santo do Santo sem
consagração devida. Quando o sacerdote saia do templo a comunidade entendia que
o sacrifício foi agradável a Deus.
Logo, o culto racional tem que ter como
referência o que agrada a Deus.
Referência:
NEVES,
Natalino das. Separados para Deus:
buscando a santificação para vermos o Senhor e sermos usados por Ele. Rio de
Janeiro: CPAD, 2023.