Deus é Fiel

Deus é Fiel

terça-feira, 10 de julho de 2012


Período do cativeiro e restauração.
Texto: E sucedeu que, no nono ano do reinado de Zedequias, no mês décimo, aos dez do mês, Nabucodonosor, rei de Babilônia, veio contra Jerusalém, ele e todo o seu exército, e se acamparam contra ela, e levaram contra ela tranqueiras em redor... E queimou a Casa do Senhor e a casa do rei, como também todas as casas de Jerusalém; todas as casa dos grandes igualmente queimou. E todo exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda derribou os muros em redor de Jerusalém. E o mais do povo que deixaram ficar na cidade, e os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, o capitão da guarda, levou presos. Porém dos mais pobres da terra deixou o capitão da guarda ficar alguns para vinheiros e para lavradores. II Re 25. 1,9-12.
O oitavo período da época de Israel é conhecido como o período do cativeiro e restauração. Período que durou 70 anos de cativeiro e um pouco mais de 100 anos o momento da restauração. O principal marco deste período é a conclusão do Velho Testamento.
 I – O cativeiro
1. O motivo do cativeiro. Nos dias do rei Josias o povo de Israel vivenciou um profundo avivamento. Avivamento significa trazer a vida, ou seja, alguém que perdeu os sentidos e por ação espiritual passa a ter de volta os sentidos recobrados. Entretanto, em vinte e dois anos o Reino do Sul foi destruído, isto, porque após a morte do rei Josias o povo degenerou-se espiritualmente e moralmente. No governo de Josias o avivamento foi motivado pela descoberta do livro da lei (2 Re 22.8) e também pelo apoio dos profetas Jeremias (Jr 1-12), Sofonias (Sf 1.1) e Habacuque (Hb 1.2-4) com o objetivo levar o povo a presença de Deus. Todavia a perca do temor ao Senhor e o abandono da palavra de Deus levou o povo a destruição.
2. Etapas do cativeiro. Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor compreensão histórica notemos que o cativeiro dos judeus foi ocorrido em três etapas.
a) a primeira etapa; no ano de 606 a.C, onde que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn 1.1-7).
b) segunda etapa; no ano de 597 a.C, Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c) terceira etapa; no ano 586 a.C, pela terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12).
3. Duração do cativeiro. O cativeiro babilônico durou 70 anos, sendo profetizado por Jeremias (Jr 25.12). Em setenta anos os judeus andaram errantes em meio a um povo idólatra.
4. Profetas do período do cativeiro. Os profetas posteriores são classificados mediante o acontecimento do exílio. Ficando assim definidos: profetas pré-exílicos, profetas exílicos e profetas pós-exílicos. Os profetas do período do exílio são: Jeremias, Obadias, Ezequiel, Ageu e Zacarias. Portanto, os capítulos 40 a 66 do livro de Isaías possuem características para o período em análise.
Jeremias ficou em Jerusalém enquanto o povo foi levado cativo, deste acontecimento originou a obra Lamentações de Jeremias, em que o profeta enfatiza as misericórdias do Senhor como causa da existência dos judeus (Lm 3.22). Enquanto no meio dos príncipes Deus usava Daniel no meio da multidão Deus usava o profeta Ezequiel.
5. As sinagogas. Segundo dados históricos as sinagogas que significa assembleia ou congregação, teve origem no período em que os judeus estavam exilados na Babilônia. Os judeus para se edificarem espiritualmente  conforme as suas práticas diárias acharam por bem construírem locais para reuniões espirituais e também para discutirem questões sociais entre elas o futuro de seus filhos, pois as sinagogas também eram lugar de educar os seus filhos. Jesus ensinou e curou nas sinagogas (Lc 6.6-11).
II – Restauração.
1.  O cumprimento profético. Conforme Jeremias o cativeiro duraria 70 anos e segundo a mensagem de Isaías 44.28, 45.1 Deus levantaria Ciro, o qual é chamado de pastor e de ungido. Nenhuma palavra do Senhor volta vazia, sem cumprimento (Is 55.11), pois Jeremias profetizou um pouco mais de 70 anos antes o cativeiro, e o profeta Isaias profetizou cerca de 150 anos antes o nascimento de Ciro. E conforme os fatos posteriores Ciro outorgou autorização aos judeus para voltarem para Jerusalém e reedificarem a cidade e também o templo (Ed 1.1,2).
2. Personagens e obras memoráveis.
a) O templo. No período pós-exílio as mensagens proféticas estavam voltadas para a construção do templo. O sucesso da construção do templo de Zorobabel teve como personagens importantes os profetas Ageu e Zacarias. O profeta Ageu tanto no exercício do seu ministério como na sua obra enfatizou a construção do templo. O livro de Ageu se divide em quatro partes: primeira (capítulo 1), exortação a reconstruir o templo; segunda (Ag 2.1-9), profecias acerca do novo templo; terceira (Ag 2.10-19), admoestação dirigida aos sacerdotes a respeito da impureza do povo e das ofertas e quarta (Ag 2. 20-23) profecia a respeito da escolha de Zorobabel. No pós-exílio a mensagem principal no período da restauração fica voltada para a reconstrução do templo.
b) Neemias e o muro. Após 100 anos em Jerusalém o povo não teve condição de erguer os muros da cidade. O único avanço do povo foi a reconstrução do templo e isto por causa dos povos inimigos que estava em redor dos judeus. Sendo assim Neemias copeiro do rei persa (Ne 2.1) sacrificou a sua vida para servir o povo judeu em reconstruir as muralhas e fortificar a cidade de Jerusalém. A perseguição era tão acirrada que os judeus trabalhavam de prontidão para a guerra (Ne 4.17), mas para Neemias uma coisa era certa que o Deus dos céus o faria prosperar (Ne 2.20).
c) Esdras e o avivamento. A missão de Esdras frente aos judeus foi de conduzi-los a presença do Senhor. As duas funções de Esdras era a de sacerdote e escriba. Tais funções possibilitou a Esdras o conhecimento sadio e benéfico da palavra do Senhor (Es 7.10). E pelo ensino da palavra do Senhor (Ne 8.1-12) o povo chorou e consagrou aquele dia ao Senhor, e isto só foi possível pelo ensino da Palavra de Deus.
O período em análise foi marcado por avivamentos e também pela perca do avivamento. Vivemos em dias difíceis (1 Tm 4.1) mas para estarmos firmes devemos buscar ao Senhor em oração, consagração e na dedicação da leitura da Sagrada Escritura. E que a nossa geração seja marcada pelo autêntico avivamento.

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