Deus é Fiel

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Preparando para o Avivamento - 02


Texto: O campo está assolado, e a terra, triste; porque o trigo está destruído, o mosto se secou, o óleo falta. Jl 1.10.
O avivamento é evidenciado pela pregação da palavra, pela alegria da salvação e pela unção provinda de Deus. Na ausência de um destes elementos é mais do que necessário que clamemos por um autêntico avivamento.
Na palavra de Joel o trigo está destruído, significa que não há a pregação eficaz da palavra de Deus. O mosto se secou, corresponde a ausência da alegria da salvação. E por fim, o óleo falta, isto é, não há unção.
I – De volta a Palavra.
O profeta Habacuque escreveu da seguinte maneira: ouvi Senhor a tua palavra e temi. Logo, avivamento é causa e consequência da pregação da palavra. Na ausência da palavra não haverá avivamento.
1. Quando falta a pregação da Palavra. Não há exposição da palavra de Deus quando estamos presos em nossas obrigações e vontades.  Também quando menosprezamos o valor da Escritura Sagrada. Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça (2 Tm 3.16). Paulo tratou se de toda a Escritura não de uma pequena parte da Escritura.
2. Efeitos causados pela ausência da Palavra. As consequências no meio cristão quando não há exposição da Palavra de Deus são catastróficas. Segundo os escritos do profeta Oseias na ausência do conhecimento da Palavra de Deus a destruição será completa, o meu povo foi destruído (Os 4.6), e também, ministros são rejeitados por rejeitarem o conhecimento do Senhor.
Porém, as consequências não param por aí, há mais efeitos como, por exemplo, a ausência de crescimento. O apóstolo Pedro escreveu na sua segunda epístola; antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2 Pe 3.18). Portanto, não havendo explanação da Palavra de Deus não há crescimento, ou seja, o povo não é edificado.
3. De quem é a culpa? Logo no início da história da humanidade percebemos que o ser humano gosta de lançar a culpa sobre o outro, é só lembrarmos-nos de Adão e Eva (Gn 3. 12,13). Porém, a pergunta perdura de quem é a culpa? De fato nós somos culpados por não queremos buscar ao Senhor nem a Palavra do Senhor. E, por conseguinte lançamos sobre os ombros dos outros as nossas responsabilidades.
O necessário é que voltemos para a Palavra.
II – A alegria da salvação.
Hamartiologia que é a doutrina do pecado expõe outras tantas palavras que biblicamente correspondem ao ato pecaminoso: transgressão, iniquidade, pecado, errar o alvo, fermento, tortuosidade, desordem, perversidade, iniquidade, desobediência, violência, queda, profano, derrota, imundo e impiedade.
O monarca Davi após seu pecado escreveu o Salmo 51, e neste cântico o rei Davi em 11 vezes faz referência ao pecado: três vezes usando o termo transgressão (vv. 1,3 e 13), três vezes a palavra iniquidade (vv. 2,5 e 9) e cinco vezes usando o termo pecado (vv. 2,3,4,5 e 9). Porém, o versículo doze é a chave para a temática deste tópico: torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.
Entretanto, o conceito de pecado no Antigo e no Novo Testamento abrange cinco esferas: esfera moral, o conceito mais utilizado nesta esfera é erra o alvo; esfera da conduta fraternal, a injustiça e a violência são os termos mais utilizados; esfera da santidade, os termos utilizados são profano e imundo; esfera da verdade, as palavras utilizadas são mentira e engano; e por fim, esfera da sabedoria, as palavras são ignorância e desordem.
Portanto, quando falta à alegria da salvação é porque o pecado passou a ser presente no dia a dia do cristão. O pecado na vida do cristão tem como penalidade perda da comunhão (1 Jo 1.6), exclusão do grupo em que o individuo faz parte (1 Co 5.4,5), disciplina de Deus (Hb 12.6) e em certos casos até a morte física (1 Co 11.30). Porém, para o pecado não provocar mais danos o remédio é a confissão da transgressão (1 Jo 1.9).
 
III – A unção não pode se acabar.
A unção é o próprio Espírito Santo habitando na vida do cristão. Não há melhor definição para a palavra unção do que esta. Porém, no grego a palavra unção corresponde ao ato de ser consagrado a alguém e para o uso de alguém. Poder e capacidade são virtudes geradas pelo Espírito Santo.
O Espírito Santo indica quando chega, mas não anuncia quando sai (At 2). O cristão que não sente a presença do Espírito Santo não é uma pessoa avivada, ou seja, estar morto espiritualmente. Assim como o corpo sem o espírito é morto da mesma forma o ser humano sem o Espírito Santo é morto espiritualmente. O Espírito Santo não obriga, pois o mesmo é educado e outorga livre arbítrio ao ser humano.
Movimento sem a presença do Espírito Santo não é sinal de avivamento, mas torna se um sinal claro de fanatismo.  
1. A unção do leproso. Este é o tipo de unção que corresponde ao ato da transformação proporcionada pelo sangue carmesim do Senhor e Salvador Jesus Cristo (1 Jo 1.7). Ao sermos leprosos indica o nosso antigo estado de vida. Estado em que encontrávamos presos em nossos delitos e em nossos pecados.
2. Unção do sacerdote. Corresponde a unção da presença de Deus que a cada dia é concretizada através da santificação, pois a santificação é um elo da salvação que tem como principio básico a retirada do mundo de dentro de nós.
3. Unção real. Tipo de unção que relaciona com a atividade exercida pelo cristão, principalmente no ato de obedecer à palavra de Deus. Unção que confere autoridade sobre o mundo espiritual e natural.
Portanto, a unção do leproso é conferida ao individuo que aceita a Jesus, a sacerdotal quando o individuo passa a ter comunhão com Deus e a real quando o cristão põe em prática a Palavra de Deus.
Quando faltar o ensino da Palavra, quando não termos a alegria da salvação e não sentirmos a presença do Espírito Santo é porque precisamos urgentemente avivarmos a nossa vida. Voltemos à palavra para sermos alegres e sentirmos a presença do Espírito Santo.

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