Deus é Fiel

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Quero trazer à memória aquilo que me pode dar esperança. Lm 3:21

Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança. Duas versões para compreendermos o valor do texto escrito por Jeremias. Notemos que o livro de Lamentações foi escrito no período do cativeiro de Israel, logo neste episódio histórico será normal deparamos com canções que expõe a dor da nação israelita (Sl 137).
Duas palavras são consideradas chaves para compreensão do texto: memória e esperança.
Memória trata-se daquilo que vem a nossa mente, do que lembramos. Para muitas pessoas as lembranças faz com que o passado torne se presente em nossas vidas e nos separe dos planos de Deus para nós.
Já a esperança trata-se de esperar, está associada com o amor e com a fé, ambas corresponde às três virtudes essências na vida do cristão. Portanto, a esperança é definitivamente uma virtude cristã, pois, somente o cristão pode ser otimista no que corresponde ao mundo. Também só o cristão pode ser otimista no enfrentar a vida com os obstáculos. E por fim, só o cristão pode vivenciar a morte com tranquilidade.
I – Circunstancias de Israel.
1. Espiritual. Em Lamentações 1.5, Jeremias escreve que os inimigos de Israel prosperam por causa das prevaricações do povo. O pecado faz separação entre nós e Deus (Is 59.2). E o pecado impede Deus de ouvir as nossas orações. Portanto, a situação espiritual de Israel não era das melhores. O povo estava em pecado e por está em pecado o povo estava distante de Deus.
2. Moral. Para as demais nações olhar para Israel era sorrir da sorte de uma nação que por muito tempo foi forte e no exato momento estava em servidão. Moralmente o povo israelita estava decepcionado por se encontrar em servidão a outra nação. Israel nos governos de Davi e de Salomão gozou de pleno apogeu, este período tornou se conhecido como áureo em toda a história de Israel, entretanto olhar para o passado de uma nação que vivenciou instantes de glória e agora se encontra em servidão é terrivelmente arrasador.
3. Emocional. O Salmo de número 137 descreve de maneira categórica a situação emocional do povo israelita: “nos pediram uma canção...cantai-nos um dos cânticos de Sião” e como resposta uma pergunta foi feita; como entoaremos o cântico do Senhor em terra estranha? Lendo todo o Salmo notaremos a tristeza dos israelitas por estar em terra estranha e no ato de pendurar as harpas.
II – O que poderia chegar à memória de Jeremias.
1. Solidão. Olhar para o passado e lembrar-se de pessoas próximas que se foram trará a nós desconforto. Principalmente se algumas delas já morreram. A solidão corresponde à ausência de pessoas que fazem parte do nosso dia a dia. A dor da perca de tais pessoas causa em nós o sofrimento. Porém, em Lamentações 1.1, o profeta Jeremias trata-se da solidão em que se encontrava a cidade que antes era tão populosa e que se tornou como uma viúva.
2. Servidão. A nação israelita agora era tributária (Lm 1.1), e era dominada por seus inimigos (Lm 1.5). Israel em passado distante a este momento histórico já tinha sido submissa aos egípcios e Deus ao livrar a nação fez com que a mesma passasse pelo deserto e não pelas terras dos filisteus (Êx 13.17). Foram 40 anos no deserto que serviram na formação do povo israelita. Três motivos fez com que Deus levasse o povo pelo deserto: primeiro motivo, Deus queria libertar o povo do espírito da escravidão; segundo motivo, levar o povo a ter dependência de Deus e terceiro motivo, Deus queria trenar o povo para ser uma nação. Portanto, mais uma vez Deus leva o seu povo a vivenciar a servidão para que os israelitas aprendesse a depender dEle.
3. Silêncio. O silêncio de Deus em não falar com seus profetas (Lm 2.9) fazia com que o povo perdesse a esperança. Notemos que o silêncio de Deus não corresponde a não ação do Senhor, pois em meio ao silêncio Deus trabalha em prol dos seus filhos. Entretanto, a problemática é quando o cristão perde o foco e não se fortalece nas promessas do Senhor.
III – O que devemos recordar.
1. Da misericórdia do Senhor. Do substantivo – hesed (transliteração do hebraico) - corresponde à benignidade, amor firme, graça, misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia para com as nossas vidas. As misericórdias do Senhor nos faz sonhar e lutar para que o melhor de Deus se concretize em nossas vidas.
2. Da bondade do Senhor. A bondade do Senhor nos dará esperança, pois Deus é bom para os que se atêm a Ele, para a alma que o busca (Lm 3.26).
3. Da palavra do Senhor. Para termos uma vida bem-sucedida é necessário que andemos conforme a Palavra do Senhor. A Palavra do Senhor é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho (Sl 119.105). Para prosperar em tudo que faz o ser humano deverá andar conforme a Palavra do Senhor (Sl 1.3).
Portanto, em meios às circunstancias da vida não nos curvemos aos problemas, mas venhamos trazer a memória o que nos dará esperança.

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