Deus é Fiel

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domingo, 31 de março de 2013

PROFETA, PORTA VOZ DE DEUS.

TEXTO ÁUREO: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor.. (Lc 4.18,19).
Introdução
Um dos oficiais de Deus no Antigo Testamento foram os profetas. O ministério profético no Antigo Testamento está divido historicamente em dois grupos no que correspondem as obras literárias. O primeiro grupo é composto pelos profetas anteriores, ou seja, os livros de Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. Já no segundo grupo estão os profetas posteriores que subdividem em profetas maiores e profetas menores.
Se a missão principal do sacerdote era possibilitar a relação entre o homem e Deus a missão principal do profeta era possibilitar a relação entre Deus e o homem. O sacerdote levava até a pessoa de Deus as necessidades humanas por pedido e por necessidade humana, já o profeta transmitia aos homens a vontade de Deus que se manifesta pelos decretos de Deus.
I – PROFETAS E A PROFECIA.
O profeta era o elo entre Deus e o homem, ou seja, o ministério profético corresponde à atividade de entregar a mensagem de Deus a quem lhe é direcionada. No Antigo Testamento a palavra de Deus foi direcionada a líder político (1 Sm 15.10-23), a líder religioso (1 Sm 2.27-36) e a profeta (1 Re 13.20-22) por meio do ministério profético.
1- Função do ministério profético. Sendo o profeta o elo entre Deus e o homem. A função do profeta era tornar conhecida a vontade de Deus. Sendo que para isto o profeta ouvia a voz de Deus e transmitia ao homem, portanto, a função do profeta se resume em: primeiro, ouvir a voz de Deus e em segundo transmitir ao homem.
2- Virtudes dos profetas. Virtude é a disposição de um individuo em praticar o bem e trata-se de hábitos constantes que proporcionam ao individuo uma vida bem sucedida. Enfim, virtudes são nomeações de qualidades.
a) Subimissão. A primeira qualidade analisada por nós no ministério profético é a submissão. Um grande exemplo de submissão como qualidade é o profeta Eliseu. Em 2 Reis 3.11, encontramos a primeira obra realizada por Eliseu que foi lavar as mãos do profeta Elias. Eliseu reconheceu que um ministério bem sucedido é construído sobre bases bem fortificadas, que são resumidas na palavra serviço. Servir é o passo inicial para receber a porção dobrada da Unção de Deus. Submissão no desenvolvimento do ministério profético é uma virtude pertencente a todos os profetas que foram bem sucedidos na prática ministerial.
b) Coragem. Não temer. O profeta no seu ministério não poderá temer ameaças provindas de homens e nem mesmo do diabo. A coragem é fundamental para a concretização ministerial. Um grande exemplo de coragem é demonstrado no ministério profético de Natã (2 Sm 12.7-12) que não temeu ao rei Davi e entregou a mensagem Divina.
c) Dependência de Deus. Como terceira virtude, será notória no ministério e na vida dos profetas a dependência de Deus. De fato Deus chama, e aos chamados Deus capacita, aos capacitados Deus envia, aos enviados Deus supre as necessidades. E assim foi com os profetas. Homens dependentes de Deus em tudo: desde a vida civil (Os 1.2, Jr 16. 1,2) à alimentação (1 Re 17.9).
3- Quanto à origem da profecia. Profecia é a revelação da vontade de Deus. A profecia tem como objetivos manifestar os fatos concernentes a Deus e as suas relações com o ser humano e também revelar os decretos de Deus. Os decretos de Deus são: criação, decreto de Deus que deu origem a todas as coisas; providência, que é a ação de Deus em governar o planeta terra suprindo a necessidade de todos, principalmente dos que são fiéis a Ele; redenção, após o pecado a humanidade tornou se necessitada do socorro Divino no que corresponde a redenção e a consumação, decreto que trata da vitória final de Deus em todas as suas obras. Porém, as profecias poderão ter três origens bem distintas.
a) Divina. Quando é proveniente de Deus (Gn 3.15). O que caracteriza a profecia de origem Divina é que ela se cumpre.
b) Carnal. Quando é proveniente da carne (1 Re 13.18, Dt 18.22). É caracterizada pela mentira e por status almejado pelo o individuo.
c) Satânica. Quando é proveniente de Satanás e é caracterizada pela mentira.
II – JESUS PROFETA POR EXCELÊNCIA.
No inicio do seu ministério Jesus leu uma profecia sobre Ele que se encontra no livro do profeta Isaías 6.1,2, e disse que a profecia se cumpria nEle. “O Espírito de Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, e proclamar libertação aos cativos, e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor” esta foi a profecia lida pelo Senhor Jesus, texto que enfatiza que Jesus é o Cristo, termo que significa ungido e nos ensina que Jesus substituiu os profetas, os sacerdotes e os reis da Antiga Aliança. O ministério profético de Jesus possui dois aspectos.
1- Proclamar a mensagem de Deus. O versículo lido por Jesus na sinagoga por três vezes cita a função do profeta no que corresponde ao divulgar a Palavra de Deus. Os termos usados são: pregar, proclamar e apregoar. Logo, Jesus como profeta, proclamou a Palavra de Deus através de seus ensinos recheados de autoridade (Mt 7.29) que tinha como alvo o pecador (Jo 4.13,14). Jesus proclamou o reino (Lc 8.4-15), preparou os discípulos (Jo 13;14;15;16) e também descreveu como seria as últimas coisas (Mt 25), e este foi um anúncio profético feito pelo Senhor Jesus.
2- Revelar a Deus. O segundo aspecto do ministério profético do Senhor Jesus foi revelar a Deus (Jo 1.14). No capítulo um do evangelho de João, Jesus é apresentado como o Verbo e nos primeiros dezoitos versículos quatro obras do Verbo são citas. As obras do Verbo são: criar (v.3), iluminar (v.9), regenerar (12) e revelar (v.18). Logo, Jesus como profeta revelou o Pai à humanidade.
Portanto, Jesus no seu ministério profético não apenas proclamou a mensagem de Deus, mas também revelou a Pessoa do Pai. E nos dias hodiernos Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da Sua Palavra, da Igreja e do Espírito Santo.
III – A MISSÃO PROFÉTICA DA IGREJA.
O Senhor Jesus continua a exercer o seu ministério profético por intermédio da igreja, isto quando nos referimos à missão profética da Igreja.
1- Mesmos aspectos do ministério profético de Jesus. A missão profética da Igreja está relacionada com os aspectos do ministério profético de Jesus que se manifestaram no ministério público de Jesus (ministério que corresponde a Jesus atendendo as necessidades de todos os homens) e também no ministério particular de Jesus (ministério em que Jesus atende as necessidades de seus discípulos). Porém, para que a mensagem pregada pela Igreja seja eficaz é necessário que a mesma proclame e revele o amor de Deus na vida dos cristãos.
2- A missão da Igreja. A missão da igreja está inserida na grande comissão (Mt 28.18-20) e três palavras definem o real sentido da existência da Igreja: ir, ensinar e batizar. No idioma original do texto sagrado apenas as duas últimas palavras se encontram no imperativo, já a primeira o ir, encontra-se no gerúndio. O real sentido ir, por não se encontrar no imperativo indica que o ir da Igreja não é uma ordem imposta por ordem, mas é dever por natureza em sermos a Igreja do Senhor Jesus.
A Igreja existe para viver e desenvolver a sua missão e a missão da Igreja é pregar e revelar a Deus à humanidade. Porém, se a Igreja não é missionária a mesma não é Igreja. Se a mesma deixar de ser missionária automaticamente deixará de ser Igreja.
CONCLUSÃO
O ministério profético de Jesus é atualmente exercido pela sua Igreja. Pois, a Igreja é a responsável pela relação Deus e o homem. Tal relação corresponde diretamente com a função ministerial da Igreja em proclamar e em revelar a vontade de Deus ao homem pecador. Porém, o ministério profético da Igreja só será eficaz se a mesma revelar na prática diária o amor de Deus.

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