CRUZ
LUGAR DE PROCLAMAÇÃO
22- E levaram-no ao lugar do Gólgota, que se traduz por lugar da
Caveira.
23- E deram-lhe a beber vinho com mirra, mas ele não o tomou.
24- E, havendo-o crucificado, repartiram as suas vestes,
lançando sobre elas sortes, para saber o que cada um levaria.
25- E era a hora terceira, e o crucificaram.
26- E por cima dele estava escrita a sua acusação: O REI DOS JUDEUS.
33- E, chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra até
a hora nona.
34- E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz, dizendo:
Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?
35- E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Eis que
chama por Elias.
36- E um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e,
pondo-a numa cana, deu-lhe a beber, dizendo: Deixai, vejamos se virá Elias
tirá-lo.
37-E Jesus, dando um grande brado, expirou.
38- E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.
39- E o centurião, que estava defronte dele, vendo que assim
clamando expirara, disse: Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus.
40- E também ali estavam algumas mulheres, olhando de longe,
entre as quais também Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, o menor, e de
José, e Salomé;
41- As quais também o
seguiam, e o serviam, quando estava na Galiléia; e muitas outras, que tinham
subido com ele a Jerusalém. (Mc 15.22-26,33-41).
Para
a maioria dos cristãos a cruz se identifica com o sofrimento e com as percas,
porém, conforme a obra do Senhor Jesus se percebe que a cruz é lugar de proclamação.
Na cruz Jesus proclamou a vitória sobre o pecado, a lei, satanás, a enfermidade
e sobre a morte.
Conforme
as narrativas do evangelista João o mestre foi chamado de “Filho de Deus e Rei
de Israel” por Natanael (Jo 1.49) e também foi proclamado “Rei de Israel” pela
população israelita (Jo 1212-19). Já pela autoridade política na cruz de Jesus foi
escrito “O Rei de Israel” (Mc 15.26) o que para os sacerdotes era uma blasfêmia
se tornava na proclamação do Senhor Jesus como Rei.
ANTECEDENTES A CRUZ.
1- Profecias
Veterotestamentária a respeito do Messias. Conforme as profecias o messias
nasceria em Belém, cidade posta como pequena entre milhares de Judá (Mq 5.2); nasceria
de uma virgem (Is 7.14); teria como nomes: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz (Is 9.6); e operaria como Servo (Is
52.13).
Como
Maravilhoso a presença do Senhor Jesus outorgava paz, conforto e alegria. Logo,
a vida daqueles que se aproximavam do Mestre era transformada.
Já
como Conselheiro os ensinos de Jesus produziam efeitos positivos que outorgavam
sabedoria para a vida.
O
nome, Deus Forte, corresponde com a natureza divina de Jesus.
Pai
da Eternidade se refere com a identidade de Jesus em ser eterno e em ser o
próprio Deus.
Príncipe
da Paz, designação referente em ser o Messias a autoridade que produziria paz
por meio de sua obra. Sendo que a obra de Jesus abrange sua vida, morte e
ressureição.
2- Do nascimento ao
Getsêmani. Jesus
filho primogênito de José e Maria (Mt 1. 25) e unigênito de Deus Pai (Jo 3. 16).
Irmão de Tiago, José, Simão e Judas, teve a sua vida marcada pelo serviço ao
Reino dos Céus. A vida de Jesus para ser compreendida deve ser estudada em
alguns pontos básicos: o nascimento (Mt 1 e Lc 1e 2); a infância ( Mt 2 e Lc
2); o oficio na carpintaria ( Mc 6. 3); o ministério publico, período em que Jesus
é batizado, ungido, ensina e realiza milagres que estão divididos em quatro
categorias: curas, libertação, autoridade e ressurreição; e por fim, o
ministério particular de Jesus com os discípulos.
No Getsêmani a oração do Senhor Jesus foi
feita com intensidade, repetição e submissão. Enquanto o Mestre orava, os
discípulos não vigiavam, portanto o Getsêmani é lugar de solidão, de angústia,
de tristeza e de desolação da alma.
O DOLOROSO MOMENTO NA
CRUZ
Segundo a tradição cristã os malfeitores que
foram crucificados com Jesus eram chamados de Dimas e Gestas. E a cruz de Jesus
possuía aproximadamente 130 quilos.
1- Tempo de
Jesus na cruz. Foi Ele crucificado na hora terceira (Mc
15.25) e morto um pouco mais da hora nona (Mc 15.34-37). Segundo Myer Pearlman “a
crucificação era uma morte longa e dolorosa e a vítima podia continuar assim
até por 36 horas”.
2- Pessoas perto da cruz. Três
atitudes são ilustradas pelas pessoas que se aproximaram da cruz de Cristo. A
primeira atitude corresponde com os soldados que se posicionaram com
indiferença. A segunda atitude refere
aos religiosos que posicionaram em oposição. Já a terceira atitude corresponde
com os próximos de Jesus que esteve ao lado dEle nos pés da cruz, isto se
refere a simpatia.
3- Doutrina
da cruz. A morte de Jesus foi uma expiação pelos
pecados da humanidade. Expiar o pecado é cobri-lo, apaga-lo e perdoar o
transgressor.
A morte de Jesus também foi uma propiciação, isto
é, foi o aplacar da ira de Deus.
Em terceiro a morte de Jesus foi uma
substituição (Rm 5.6).
Por fim, a morte de Jesus na cruz foi redenção
e reconciliação para todos aqueles que se aproximarem da mensagem do evangelho.
4- Frases
proferidas por Jesus na cruz. São sete as
frases ditas por Jesus no gólgota que ecoam até os dias atuais.
Primeira frase: Pai perdoa-lhes, porque não
sabem o que fazem (Lc 23.34).
Segunda frase: Em verdade te digo, que hoje
estarás comigo no paraíso (Lc 23.43).
Terceira frase: Mulher eis aí teu filho ...
eis aí a sua mãe (Jo 19.26,27).
Quarta frase: Deus meu, Deus meu, porque me
desamparaste (Mt 27.46).
Quinta frase: tenho sede (Jo 19.28).
Sexta frase: está consumado (Jo 19.30).
Sétima frase: pai nas tuas mãos entrego o meu
espírito (Lc 23.46).
Na cruz Jesus foi proclamado Rei pela
autoridade política e, nela e por ela, o Mestre proclamou aos cristãos uma vida
vitoriosa, pois foi na cruz que a morte, a lei, as enfermidades, o pecado e
satanás foram vencidos. “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso
Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.57).
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