Deus é Fiel

Deus é Fiel

sexta-feira, 20 de junho de 2014

EBD: Tiago – Fé que se mostra pelas obras


O Novo Testamento esta dividido em quatro partes: biográficos, históricos, epístolas e profético. A terceira divisão do Novo Testamento, a epístola, é composta por 21 escritos. Sendo que estes escritos estão subdivididos em: cartas paulinas e cartas universais.
A epístola de Tiago é de suma importância para a atualidade, pois é recheada de conselhos práticos para uma vida bem-sucedida. Tiago apresenta princípios fundamentais para que o cristão seja bem-sucedido espiritualmente como materialmente.
A epístola é composta por cinco (5) capítulos e cento e oito (108) versículos. E está dividida em duas seções principais: primeira, fé, provações e obras (capítulos 1 e 2), e segunda, sabedoria e exortações (capítulos 3 ao 5).
I – AUTORIA, LOCAL, DATA E DESTINATÁRIOS (Tg 1.1).
1- Autoria.
2- Local e data.
3- Destinatário.
Comentário:
O autor da epístola é Tiago, o irmão do Senhor Jesus. Após ser transformado espiritualmente, Tiago irmão de Jesus, dedicou se ao santo ministério e foi fundamental nos primeiros anos da igreja como líder dedicado e sábio (At 15.13-34).
Segundo Orlando Boyer, o escritor da epístola, Tiago “foi apelidado o justo, porque era nazireu desde o nascimento e orava até os joelhos se tornarem duros como os dum camelo”.
Provavelmente a carta foi escrita em Jerusalém, entre os anos de 45 e 49.
Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde (Tg 1.1). O versículo inicia se com o teor das cartas no período antigo, que primeiramente apresentava o autor, Tiago; segundo, as credenciais do autor, servo de Deus e do Senhor Jesus; e por terceiro, a quem era enviada a carta, às doze tribos que andam dispersas, isto é, ao novo Israel de Deus, pois a carta é endereçada aos cristãos espalhados no mundo antigo.
II – O PROPÓSITO DA EPÍSTOLA DE TIAGO.
1- Orientar.
2- Consolar.
3- Fortalecer.
Comentário:
No segundo versículo do primeiro capítulo Tiago deixa claro um dos objetivos da epístola: consolar “tende gozo quando cairdes em várias tentações”. Mas, nos versículos 12, 13 e 14 o escritor orienta aos cristãos a respeito da origem da tentação “Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta”. Por fim, a epístola tem como objetivo fortalecer os cristãos “humilhai-vos perante o Senhor e Ele vos exaltará” (Tg 4.10).
A orientação, o consolo e o fortalecimento presentes na carta de Tiago são notórios nas palavras de Miranda: “todas as posses materiais são empréstimos de Deus às pessoas. Até a vida que temos é empréstimo de Deus. Precisamos usar tudo o que Deus nos dá para a sua glória. Quando entendermos que nada é nosso, tudo é de Deus, que somos apenas mordomos das coisas que Deus nos deu, passamos a encarar os bens de outra perspectiva. Se os meus bens são de Deus, preciso repartir com o próximo. Acaba-se também a angústia da perda”.
Dica para o tópico
Leia os versículos: Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz (Tg 3.17,18).
Perguntas:
Qual a orientação que Tiago outorga aos cristãos? R= A sabedoria do alto produz bons frutos.
Onde está o consolo? R= Há uma sabedoria que vem do alto, isto é, vem de Deus.
De qual maneira o versículo fortalece o cristão? R= a sabedoria do alto é sem parcialidade e sem hipocrisia.
III – ATUALIDADE DA EPÍSTOLA.
1- Num tempo de superficialidade espiritual.
2- Num tempo de confusão entre salvação pela fé ou salvação pelas obras.
3- Uma fé posta em prática.
Comentário:
Uma palavra que resume bem a carta de Tiago é atitude. Saber fazer acontecer é a melhor definição para a palavra atitude. Tiago no seu texto soube muito bem definir em conselhos práticos a atitude correta que todo cristão autêntico precisa ter.
E assim, responde uma pergunta que constantemente é feita: qual a verdadeira religião? Para o escritor com experiência em liderança cristã a resposta se encontra na doutrina da santificação e na prática do amor cristão (Tg 1.27).
Em suma a obra de Tiago é tão presente que convalida os ensinos de Jesus para a igreja na atualidade: “amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis” (Tg 2.8b).

Referência:

BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Rio de Janeiro: CPAD.

MIRANDA, Valtair. Fundamentos da Teologia Bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

EBD - Subsídio da Lição: A multiforme sabedoria de Deus.


A igreja é a agência de Deus na terra. Pois, é por meio da igreja que o mundo tem a oportunidade de conhecer a multiforme sabedoria de Deus. A bênção de Deus para a humanidade se concretiza na obra salvífica de Jesus na cruz.
Foi na cruz que Jesus reconciliou a humanidade perdida com Deus. Também foi na cruz que os inimigos da paz foram vencidos: satanás, o pecado, a doença e a morte. Foi também na cruz que a Lei se cumpriu. A lei condenava e condena o melhor dentre homens, enquanto que no período pós a cruz a graça salva e transforma o pior dentre homens.
I – OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS.
1- São diversos.
2- São amplos.
3- Dádivas do Pai.
Comentário:
O presente trimestre apresentou três divisões a respeito dos dons: os dons ministeriais, os dons de serviços e dons espirituais.
Percebe-se que os dons são diversos e ao mesmo tempo são amplos, pois abrange o suprimento das necessidades dos homens.
Pode se acrescentar aos dons estudados: ministrar (ou seja, serviço. Os dons de serviço abrangem sete dons: socorro, misericórdia, fé, discernimento de espíritos, liderança, administração e mordomia), ensino (apesar deste dom está associado ao ministério de doutor) e exortação (Rm 12.6-8).
Os dons são dádivas de Deus para a humanidade, porém nem um dom é superior à dádiva da vida eterna outorga por Deus ao entregar o seu único filho para morrer em prol da humanidade. Toda dádiva de Deus é complementada por outra, a dádiva do amor, revelada na cruz que proporcionou a dádiva de filhos de Deus.
Os anjos são considerados filhos de Deus da criação, os israelitas são os filhos da eleição, Adão é o filho da formação, e por fim, a igreja é de fato o conjunto de filhos de Deus da adoção. Esta dádiva, a de filhos da adoção de Deus, outorga aos cristãos o direito de chamar a Deus de Pai (Gl 4.4-6).
II – BONS DESPENSEIROS DOS MISTÉRIOS DIVINOS.
1- Com sobriedade e vigilância.
2- Amor e hospitalidade.
3- Despenseiro deve administrar com fidelidade.
Comentário:
Despenseiros são mordomos ou administradores de uma casa. Como despenseiros de Deus o cristão é o administrador da igreja que tem como missão edificar os outros, e como dever desenvolver um ministério sóbrio, vigilante, hospitaleiro e fiel.
A ética cristã possui duas dimensões: vertical e horizontal. A primeira dimensão se resume no amor ágape, isto é, no amor de Deus para com o homem e assim vice versa, pois “nós o amamos, por que Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4.19). Já a segunda dimensão corresponde com o amor ao próximo.
É de responsabilidade do líder cristão, amar a todos os que estão a sua volta e todos os que estão ao alcance da sua administração.
A parábola do bom samaritano apresenta ações do verdadeiro despenseiro: primeira ação, entender o necessitado; segunda ação, cuidar do necessitado; terceira ação, hospedar o necessitado; e por como quarta ação, suprir a necessidade do necessitado. Em suma ação do bom samaritano se resume no serviço do cristão em abençoar a todos que necessitam da multiforme graça de Deus (Lc 10.25-37).
III – OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPÍRITO.
1- A necessidade dos dons espirituais.
2- Os dons espirituais e o amor cristão.
3- A necessidade do fruto do Espírito.
Comentário:
O evangelista João registra as seguintes descrições do fruto: produtividade (dá fruto – Jo 15.2), abundância (mais fruto ou muito fruto – Jo 15.2,5,8) e a permanência do fruto (Jo 15.16).
No presente capítulo Jesus é apresentado como videira verdadeira, o Pai é apresentado como lavrador e os cristãos como varas (Jo 15.1,2). As varas frutíferas são limpas pela palavra para darem mais frutos (Jo 15.3), logo se percebe o poder da palavra para santificar e moldar o estilo de vida dos cristãos; tanto para com Deus, como para com o próximo e também para consigo mesmo.
FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO COM DEUS.
O homem foi criado para manter ralação direta com Deus, porém, com o surgimento do pecado este relacionamento foi alterado. Mas, com a obra realizada por Jesus na cruz foi proporcionado à abertura de um novo relacionamento sendo este agora debaixo da graça.
1- Amor. O termo utilizado indica amor divino (ágape) que é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt 5.44).
Este amor não corresponde com sentimentos e nem com ações que esperam recompensas, porém trata-se de um dom divino.
2- Alegria. O relacionamento com Deus quando é espontâneo produz júbilo. Sendo que a alegria como fruto do Espírito corresponde com o amor exultante e se manifesta na tribulação (2 Co 7.4).
A alegria está relacionada com uma vida de comunhão com Deus.
3- Paz. Como fruto do Espírito a paz corresponde com o amor em repouso, isto é, ação divina que tranquiliza o cristão.
O desfrutar da paz ocorre em três dimensões: paz com Deus, paz com o próximo e paz consigo (Rm 5.1;12.18).
FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO COM OS OUTROS.
Assim como o pecado afetou o relacionamento do homem para com Deus, também afetou o relacionamento do homem para com o seu próximo. Basta acompanhar o noticiário para perceber que o relacionamento entre os seres humanos tem sido afetado pelo pecado e como tal afetação tem proporcionado catástrofes enormes, porém, quando o ser humano faz aliança com Deus o relacionamento com próximo também é restaurado.
1- Longanimidade. Corresponde com a paciência contínua, isto é, a paciência que leva o indivíduo a suportar a falta de amabilidade dos outros para consigo. É o saber esperar a vontade de Deus no tempo de Deus (Ec 3.1).
2- Benignidade. É o amor em ação para com o próximo, pois é a condição que o cristão desenvolve em expressar ternura e gentileza para todos que estão a sua volta. Logo, é a atitude de fazer o bem.
3- Bondade. O fruto da bondade indica que houve capacitação divina em transformar o indivíduo em bom cidadão. Deus não transforma o homem para ser bom para com uns e mal para com outros. Quando o indivíduo é transformado pelo sangue carmesim o Espírito de Deus produz transformação, ou seja, desenvolve um novo ser.
FRUTOS INTERLIGADOS AO RELACIONAMENTO PESSOAL.
Para alcançar um relacionamento satisfatório com Deus e com o próximo o indivíduo deverá está bem consigo mesmo, pois não há possibilidade de desenvolver um relacionamento agradável com Deus e não amar a si mesmo, isto é uma impossibilidade.
1- Fé. A fé como fruto do Espírito está relacionada com a fidelidade. Ser fiel a alguém corresponde a estar bem consigo e a entender o valor e os efeitos da fidelidade. A ausência da fidelidade no mundo estar associada com a multiplicação da iniquidade, porém, quando a fidelidade se manifesta não há lugar para insegurança.
2- Mansidão. O fruto conhecido com mansidão dá sabedoria à pessoa que passa a agir com autoridade e também sabe submeter de forma humilde. Mansidão é a prática correta da humildade.
3- Temperança. É capacidade de controlar a si mesmo. Três são os pontos fundamentais para serem controlados: a língua, as paixões e os desejos que são contrários à vontade de Deus.
E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências. O versículo indica a vitória sobre a carne, logo os frutos do Espírito são desenvolvidos para esta finalidade de vencer os desejos exagerados da carne e os mesmos são identificadores da real transformação ocorrida na vida do cristão.

terça-feira, 17 de junho de 2014

Bíblia: manual divino para um lar abençoado 2


Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos...
O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel (Sl 128.1, 5, 6).
A família que possui como virtude a vigilância do homem, a sabedoria da mulher e a obediência dos filhos, não há nada e ninguém que possa retirar aquilo que Deus tem como promessa.
Vigilância, sabedoria e obediências são três elementos necessários para que os lares vivenciem o melhor de Deus. Vigilância corresponde com o monitoramento de atos que proporcione bênção e também com a reprovação de atos que provoque maldição. Já a sabedoria é uma habilidade que permite ao indivíduo discernir e escolher o melhor. E por fim, obediência é o ato de obedecer.
Ao sintetizar a Bíblia como manual divino para um lar abençoado percebe-se a necessidade de dividir a temática em três grupos: homem (esposo), mulher (esposa) e filhos. Ao relatar sobre a esposa como elemento chave para a bênção no lar nota-se a importância da sabedoria como meio da bem-aventurança.
Já ao analisar o homem como elemento chave percebe-se que a vigilância é a virtude indispensável para a bênção na família.
A vigilância torna-se tão importante que Jesus assim falou: “vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.41). Já Paulo assim escreveu: “vigiai, estai firme na fé, portai-vos varonilmente e fortalecei-vos” (1 Co 16.13).
Portar varonilmente indica desenvolver com coragem o labor da vida. É ser heroico e forte. O esposo que porta varonilmente é tido como herói da casa, mas para isto é necessário que o mesmo seja vigilante.
Jacó e a ausência de vigilância
O nome Jacó tem como significado “aquele que toma o lugar de outro”. Como homem individualista Jacó usou e muito a vigilância, porém, apenas para prevalecer diante dos outros. A vigilância deve ser utilizada diariamente para benefício de todos.
Jacó tomou o lugar de Esaú diante de Isaque (Gn 27.18-29) e tomou como posse o que era de Laboão (Gn 30.37-43).
O patriarca Jacó é uma das muitas provas que ratificam a lei da semeadura. Pois, o patriarca foi enganado por Laboão seu sogro (Gn 29.21-27), trocado (uma noite) por mandrágoras (Gn 30. 15,16) e a mais dolorida de todas as traições sofrida por Jacó foi a mentira de seus filhos a respeito de José (Gn 37. 31- 35).
Com base na vida de Jacó aprende-se que a vigilância está diretamente associada com resultados no presente e no futuro.
Oseias marido temente a Deus
O relacionamento de Oseias torna-se modelo descritivo da situação em que Israel se encontrava com Deus. Gomer desiste da família para viver uma vida leviana. Da mesma forma o povo israelita deixava de andar conforme os princípios da Bíblia Sagrada para adorarem a deuses estranhos.
O império assírio exercia a supremacia militar e política na época do profeta Oseias. A mensagem do profeta era voltada para Samaria, capital do Reino do Norte. No período havia prosperidade econômica, mas os passos da nação eram motivados pela apostasia.
Apostasia é o abandono premeditado da fé, isto é, desvio dos princípios fundamentais da fé cristã. Os israelitas em vários momentos da história judaica se desviaram, como exemplo: no período dos juízes e no período do reino dividido. Neste último os profetas considerava a apostasia ao ato de adultério. E esta é a realidade encontrada nos três primeiros capítulos do livro de Oseias.
A estrutura do livro está dividida em duas partes:
1ª parte: os capítulos 1, 2 e 3.  Que descreve o relacionamento de Oseias com sua esposa infiel e compara tal situação à nação israelita.
2ª parte: estar dividida em dois subgrupos; do capítulo 4 ao 10, que trata da mensagem de julgamento e do capítulo 11 ao 14, que trata da mensagem de amor.
A mensagem principal do profeta Oseias é o Amor de Deus.
O casamento foi instituído antes do pecado e tem sobrevivido no período pós o pecado. Trata-se de uma união legal entre um homem e uma mulher, com abrangência social e espiritual que outorgue felicidade a ambos.
Com base na vida de Oseias aprende-se que a vigilância está diretamente associada com a presença do amor. Quem ama vigia, logo quem ama não se deixa levar pelas tentações e faz de tudo para manter viva a chama do amor conjugal.
Aquele que teme ao Senhor proporciona benefícios para a família
1- Prosperidade. O primeiro benefício daqueles que teme ao Senhor será a prosperidade (Sl 128.2).
2- Fertilidade. Terá filhos e filhas (Sl 128.4).
3- Paz. Terá uma paz abrangente, pois se estenderá a Jerusalém (Sl 128.6).
4- Dias longos. Tão longos que o patriarca da família verá os filhos dos filhos (Sl 128.6).
Em fim, o homem vigilante não cairá em tentação e saberá a maneira correta de agir mediante os dilemas da vida.

domingo, 15 de junho de 2014

EBD - Subsídio da Lição: O Diaconato.


O diácono é um ministro auxiliar do pastor. E na prática o diácono desenvolve atividades altamente espirituais. A palavra diácono no grego tem como significado servo. A missão do diácono conforme o texto de Atos 6.1-6 é servir às mesas e também cuidar das viúvas. Há exemplo de excelentes diáconos na Bíblia e dentre eles o destaque para Estevão e Filipe.
O termo diácono aparece 30 vezes no Novo Testamento, sendo que em 20 casos a palavra é traduzida por ministro, que de fato tem como significado e representação o servo (1 Tm 3.10,13).
I – A DIACONIA DE JESUS CRISTO.
1- Significado do termo.
2- Serviço de escravo.
3- O discípulo é um serviçal.
Comentário:
Em seu ministério Jesus demonstrou na prática a diaconia, pois nas ações exercidas pelo Mestre o serviço em proporcionar melhorias para as pessoas a sua volta eram nítidas. Após a ceia o Mestre lavou os pés dos discípulos indicando submissão e conhecimento do que o mesmo deveria exercer perante a humanidade.
O maior serviço exercido por Jesus foi o de entregar a sua própria vida para resgatar a muitos (Mc 10.43-45). O evangelista Marcos apresenta em seu evangelho a seguinte chave para compreensão da mensagem do livro (Mc 10.45) “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos”. O evangelho foi escrito para a igreja que se encontrava em Roma, que segundo dados históricos, sofria naqueles dias terrível perseguição originada do incêndio provocado por Nero. Porém, Nero culpou os cristãos pelo o incêndio e produziu em seguida a perseguição aos cristãos. A obra foi escrita provavelmente em 65 a 67 d.C, tendo como objetivo apresentar Jesus como servo.
Por fim, a diaconia do Mestre Jesus ensina que a mensagem cristocêntrica deve ser executada com humildade e com foco no bem estar do próximo.
II – A INSTITUIÇÃO DOS DIÁCONOS.
1- O conceito da função.
2- Origem do diaconato.
3- A escolha dos diáconos.
Comentário:
O diácono no exercício eficiente e eficaz do ministério poderá muito bem desenvolver a atividade do pastor aprovado, assim também como de um excelente presbítero, ou seja, não há limitação para a atividade daqueles que por Deus foram chamados.
A origem do ministério está relacionada com a expansão da igreja. Com o crescimento da igreja primitiva as necessidades da comunidade cristã tornaram-se notórias e motivaram o surgimento de murmurações. Porém, com o surgimento dos questionamentos Deus outorgou sabedoria aos apóstolos para escolher auxiliares para o ministério.
A escolha dos diáconos está relacionada com três características básicas na vida de um obreiro eficaz. São elas: boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria.
Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro. Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade.
Cheios do Espírito Santo se relaciona com o recebimento do batismo e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo.
Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente.
III – O PERFIL E FUNÇÃO DO DIÁCONO.
1- Qualificações do diácono.
2- A função dos diáconos em Atos 6.
3- A função dos diáconos.
Comentário:
Requisitos para o diaconato. Três são as características básicas na vida de um obreiro eficaz (At 6.3). São elas; boa reputação, cheio do Espírito Santo e cheio de sabedoria. Boa reputação relaciona se ao posicionamento ético e moral do obreiro, isto de fato corresponde à pessoa de quem se fala somente coisas boas, pois é um individuo que dá testemunho por meio de conduta que engrandece a Deus (Tt 1.6,7). Ou seja, que este tenha boa fama na sociedade. Cheios do Espírito Santo, atitude que se relaciona com o recebimento do batismo e também indica um ministério profético sob a inspiração do Espírito Santo e que leva a presença do Espírito Santo em sua vida diária; espírito, alma e corpo santificados ao Senhor (1 Ts 5.23). Em suma o obreiro deve ser sábio. A sabedoria indica a capacidade de julgar corretamente e agir prudentemente. Sendo que tal ação seja em compadecer pelas almas perdidas sem salvação em Cristo Jesus (Tg 1.5).
Nobres funções do diaconato. Em Atos 6.5, estão registrados os nomes dos primeiros diáconos que foram escolhidos por terem requisitos fundamentais para o exercício do ministério. A escolha dos sete diáconos foi baseada na necessidade de auxílio aos apóstolos. Sendo assim, coube aos diáconos à função de cuidar das viúvas e dos pobres da igreja (At 6.1).
A expressão servir às mesas corresponde à administração de fundos para o serviço social. Entretanto, a função dos diáconos não está limitada a atividades materiais, pois, assim também cabe ao diácono atividades espirituais, como: servir a ceia.
Qualificações do diácono. Paulo em sua Carta pastoral a Timóteo cita algumas qualificações morais correspondentes ao ministério do diácono (1 Tm 3.8-13).
a) Honestos (v.8): palavra que indica respeito adquirido por conduta.
b) Não de língua dobre (v.8): isto é, de uma só palavra. Pessoa sincera e honesta para com os outros.
c) Não dado a muito vinho (v.8): o diácono não poderá ser inclinado ao vinho.
d) Não cobiçoso de torpe ganância (v.8): o diácono não poderá ser escravo do dinheiro e nem das riquezas. Assim como todo cristão o diácono deverá buscar primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça (Mt 6.33).
e) Marido de uma só mulher (v. 12): tal qualificação não corresponde apenas com a afirmação da monogamia, mas também se trata da importância do diácono ser fiel em seu relacionamento conjugal. Marido de uma só mulher indica que o diácono deverá ser sempre fiel a sua esposa.
Passos fundamentais para o exercício do diaconato. Para que o diácono seja bem sucedido na prática ministerial o mesmo deverá ser primeiramente testado (1 Tm 3.10). O teste relacionado ao diácono passa a ser uma analise direcionada ao estilo de vida e conduta que o mesmo desenvolve em seus relacionamentos. No relacionamento com a família o diácono deverá ser marido de uma mulher e que governe bem seus filhos, isto relaciona à conduta pedagógica, e que governe bem a sua própria casa, isto corresponde ao suprimento do que é necessário para a sobrevivência da família (1 Tm 3.12).
Portanto, o diácono deverá ser altamente espiritual, cheio do Espírito Santo e de boa conduta.

sábado, 14 de junho de 2014

ISRAEL O POVO DE DEUS

1- Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham.
 2- Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: Grandes coisas fez o Senhor a estes.
 3- Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres.
 4- Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul.
 5- Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
 6- Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (Salmos 126.1-6).

Dentre setenta nações Deus escolheu para si a Israel e fez deste o seu povo. Conforme os registros da Escritura Sagrada a cronologia Bíblica de forma didática está dividida em três épocas: Pré-Abraâmica (que compreende os períodos; Antediluviano e do Dilúvio a Abraão), época de Israel (abrange nove períodos, correspondendo aos acontecimentos que se inicia com a chamada de Abraão e conclui com o nascimento de Cristo) e a época do Cristianismo (época dividida em três períodos: vida terrena de Jesus, Igreja Primitiva e Igreja Gentílica).
A Bíblia poderia ser resumida na seguinte frase: “Deus e seu povo”. Pois, de Gênesis a Apocalipse a mensagem central da Bíblia faz menção sempre do povo israelita como nação santa e escolhida por Deus. Porém, para narrar esta história é necessário dividi-la em três capítulos: primeiro capítulo, formação do povo; segundo capítulo, reformação do povo; e no terceiro e último capítulo, a transformação do povo. Portanto, como toda narrativa possui introdução e conclusão a história narrada entre Deus e seu povo tem como introdução a promessa de Deus a Abraão e como conclusão a vinda de Jesus.
A FORMAÇÃO DA NAÇÃO

A formação da nação israelita se resume na palavra êxodo, isto é, na saída dos israelitas do Egito para a terra que “mana leite e mel”. O surgimento da nação israelita está relacionado à proclamação do nome de Deus e para que Deus pudesse ser conhecido em toda a terra; todavia o povo de Israel falhou na sua missão centrípeta, pois esta nação escolhida seria o centro das nações e como um imã atrairia os povos para conhecer a Deus.
Deus escolheu a Israel por três motivos. O primeiro era para mostrar a sua glória ao mundo. O Egito na época era a grande potência, enquanto Israel era um povo escravo. Segundo, Deus escolheu a Israel para outorgar ao mundo as Escrituras Sagradas. E por terceiro, Deus escolheu Israel para entregar o Salvador ao mundo.
Portanto, o povo é formado no deserto, porque o deserto é lugar onde se aprende a depender de Deus. Durante os primeiros 14 meses e 20 dias o povo palmilhou no deserto com os seguintes propósitos da parte de Deus: primeiro, Deus queria libertar o povo do espírito da escravidão; segundo, levar o povo  a dependência de Deus e terceiro, Deus queria trenar o povo para ser uma nação. Mesmo assim, com o propósito final de libertar o povo do medo os israelitas temeram os habitantes da terra de Canaã. Porém, nos quarenta anos Deus com a sua glória manifestou ao povo de Israel outorgando – lhes proteção, segurança e prosperidade.
A REFORMAÇÃO DO POVO
A perca do temor ao Senhor e o abandono da palavra de Deus levou o povo a destruição.
1. Etapas do cativeiro. Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor compreensão histórica nota-se que o cativeiro dos judeus ocorreu em três etapas.
a) a primeira etapa: no ano de 606 a.C, onde que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn 1.1-7).
b) segunda etapa: no ano de 597 a.C, Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c) terceira etapa: no ano 586 a.C, pela terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12).
2. Duração do cativeiro. O cativeiro babilônico durou os 70 anos proferidos por Jeremias (Jr 25.12). Em setenta anos os judeus andaram errantes em meio a um povo idólatra.
3. Profetas do período do cativeiro. Os profetas posteriores são classificados mediante o acontecimento do exílio. Ficando assim definidos: profetas pré-exílicos, profetas do exílio e profetas pós-exílio. Os profetas do período do exílio são: Jeremias, Obadias, Ezequiel, Ageu e Zacarias. Portanto, os capítulos 40 a 66 do livro de Isaías possuem características para o período em análise tendo como frase chave: “não temas”.
TRANSFORMAÇÃO DA NAÇÃO
A salvação só é possível graça a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Assim relata a respeito da ressurreição de Jesus o pastor James Kennedy: “a morte tem estado entre nós desde a queda do homem, e as pessoas têm sempre perguntado: se um homem morrer, tornará a viver? Jesus nos deu uma prova irrefutável de que a resposta é sim”. Jesus ressuscitou ao terceiro dia e por mais quarenta dias apareceu aos seus discípulos e, após isto subiu ao céu.
Portanto, Jesus é o centro da história da humanidade, assim como também, Ele é o centro da doutrina bíblica.
Por fim, se a introdução desta tão importante e grande história é resumida na palavra promessa a conclusão não é diferente, pois esta se dará na vinda de Jesus.

domingo, 8 de junho de 2014

EBD - Subsídio da Lição: O Presbítero, Bispo ou Ancião.


Com o crescimento da igreja primitiva surgiu à necessidade de um número maior de pessoas para auxiliarem aos líderes na administração da igreja. Daí surgiu o presbítero como personagem importante na historiografia da igreja. Do grego o termo presbítero significa pessoa mais velha, ou seja, pessoa idônea, confiável e que alcançou a maturidade.
Os apóstolos, como verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só lugar. Uns tinham que se dedicar à oração e à palavra (At 6.4). Outros precisavam sair evangelizando, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. (Renovato, Elinaldo. 2014, p.129).
O presbítero é considerado o grande amigo do pastor e principalmente quando o assunto se refere ao ensino e a administração eclesiástica.  
I – A ESCOLHA DOS PRESÍTEROS
1- Significado da função.
2- A liderança local.
3- As qualificações.
Comentário:
A palavra presbítero tem como significado ancião. Aos presbíteros está a missão de cuidar da congregação, assim como é a função do pastor. No Novo Testamento os termos: pastor, bispo e presbíteros passam a ter a mesma função, a de dirigir a congregação local e de certa maneira cuidar das necessidades espirituais.
Portanto, as ações administrativa e evangelística do presbítero deverão ser desenvolvidas mediante a palavra de Deus.
Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (2 Tm 3.16,17).
O presbítero não poderá ser um recém-admitido no corpo de Cristo, pois é necessário que haja tempo para a preparação e crescimento espiritual. Para cuidar dos outros é necessário que o cristão tenha preparo e conhecimento, logo para chegar ao presbitério é necessário que o anelante ao ofício cresça na graça e no conhecimento de Cristo Jesus (2 Pe 3.18).
II – A IMPORTÂNCIA DO PRESBÍTERO
1- Significado do termo.
2- A atuação do presbítero.
3- A valorização do presbítero
                                                                                                                      Comentário:
A atuação do evangelista João como presbítero indica que este ministério deve ser honrado e valorizado. Como presbítero João deixa o legado de um brilhante mestre do ensino da palavra. O apóstolo João é bem claro em seus escritos. A clareza revelada na escrita de seu evangelho e assim como nas suas três cartas e no apocalipse indicam que o apóstolo João era um homem preocupado com a mensagem do evangelho. A clareza está na objetividade dos escritos. João escreveu o evangelho com o propósito que creiais que Jesus é o Cristo o Filho de Deus e para que crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31). Jesus é apresentado com dois nomes: Cristo e Filho de Deus. Cristo indica ungido, termo que João utiliza para chamar a atenção dos judeus. Porém, o nome Filho de Deus é o termo que João utiliza para chamar a atenção dos gentios. Em seguida vem o informativo que a vida está no nome de Jesus.
Na sua primeira epistola o evangelista João assim escreve o propósito da carta: estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creais no nome do Filho de Deus (1 Jo 5.13). Após crer e permanecer firme a vida eterna é futuro pertencente à igreja.
Também deixa o legado de companheirismo. O evangelista João é citado na bíblia como o discípulo a quem Jesus amava (Jo 13.23; 19.26) e é quem reclina sobre o peito de Jesus (Jo 13.25). Jesus teve doze apóstolos e apenas três eram próximos dEle e apenas um era íntimo. João era este apóstolo íntimo do mestre Jesus.
III – OS DEVERES DO PRESBÍTERO
1- Apascentar a igreja.
2- Liderar a igreja local.
3- Ungir os enfermos.
Comentário:
Sendo de fato o presbítero responsável pelo ensino da Palavra de Deus nota-se que é pertencente aos presbíteros o cuidado com o crescimento da igreja mediante o ensino bíblico sem somar ingredientes que não são por Deus aprovados. O presbítero torna-se um apologista da sã doutrina.
O presbitério é uma excelente obra. Todo indivíduo ao criar seus sonhos deseja de fato ser bem sucedido na vida. Não difere quando o assunto é a obra de Deus. Devemos anelar por coisas que nos outorgarão felicidade e nos dará o sentimento de utilidade no Reino de Deus. O presbítero é de fato servo de Deus na seara do Senhor e para que seu trabalho seja útil é necessário que o mesmo faça algo além daquilo que corresponda ao seu chamado (Lc 17.10).
O ministério do presbítero é uma excelente obra, por ensinar a palavra de Deus (Mt 28.19), e também por ser o presbítero uma das representações físicas a  respeito da administração da igreja, pois quem de fato governa a igreja é o Espírito Santo. O governo do Espírito Santo é realizado pela bíblia e também pela consciência do cristão.
Presbítero bom administrador. Ao escrever a Timóteo, o apostolo Paulo enfatiza que o presbítero deverá governar bem a sua própria casa (1 Tm 3.4,5). Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. É função ao ministério do presbítero; planejar, ou seja, estabelecer objetivos para as atividades concernentes ao crescimento da Igreja. Assim como também é pertencente ao presbítero à função de auxiliar o pastor na organização, direção e coordenação da igreja. Entretanto, a administração do presbítero inicia se na sua própria casa, pois o mesmo mostrará como bom governante para a igreja local quando tiver seus filhos submissos a ele (1 Tm 3.4). Ao ser provado na administração da sua própria casa, assim o presbítero passa a ser aprovado como ministro da casa do Senhor.
Portanto, o presbítero deverá entender que a administração eclesiástica não é algo aleatório, pois administrar a casa de Deus exige: objetivos, organização, planejamento, tempo e comando. Se o lar não tem objetivo, não é organizado, não tem planejamento, não tem tempo para os membros da família e não tem comando, como escrever ou até mesmo falar de uma igreja que não possua tais premissas.
Referência:

RENOVATO, Elinaldo. Dons Espirituais e Ministeriais, servindo a Deus e aos com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.