“O que acha uma
mulher acha uma coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor” (Pv 18.22).
A família nuclear é composta por
três membros: pai, mãe e filho. O presente estudo tem como objetivo analisar a
mulher como parte essencial do lar.
Salomão faz distinção entre a
mulher sábia e a ímpia. Sobre a sábia
Salomão afirma que esta edifica a casa (Pv 14.1), enquanto, a tola (ímpia)
destrói.
De forma sintética cinco mulheres que
aparecem no Antigo Testamento, especialmente nos livros de Gênesis e de Êxodo,
são fundamentais para a compreensão da importância da mesma no que compreende
um lar abençoado.
Eva por ser tentada no jardim do
Éden favorece a compreensão de que o paraíso terrestre não livra o ser humano
da tentação. A esposa de Noé é um exemplo a ser notado, mesmo que esta seja
anônima. Léia e Raquel se dividem entre
o mal me quer e bem me quer. E por fim, Joquebede a mãe de Moisés, figura
importante pela dedicação de mãe e pelo exemplo de fé.
Eva: a prova
que mesmo no paraíso a tentação é possível
Adão ao olhar para a sua mulher
pôs lhe o nome de Eva, isto é, vida (Gn 3.20). Pois, Eva é a mãe de todos os
seres humanos. Há registros de que Eva teve juntamente com seu esposo sessenta (60)
filhos, trinta e três (33) homens e vinte e sete (27) mulheres.
1-
As concupiscências.
Eva vivia no paraíso, porém tanto ela como o seu esposo não estavam
livres da tentação. O evangelista João relata na primeira epístola sobre a
concupiscência dos olhos, da carne e a soberba da vida (1 Jo 2.16). Eva foi
tentada pelo o olhar, ação que a conduziu, ao desejo físico e se transformou na
soberba da vida, ser igual a Deus.
2- O lar abençoado não estar livre da
tentação. Por
mais que a família seja feliz, unida e comunicativa, a tentação é um mal a ser
vencido.
Adão e
Eva sofreram no paraíso por não obedecerem a Deus. Para viver na plenitude de
um lar feliz a dedicação torna-se um elemento fundamental, porém, dedicar-se e
não vigiar é perder o que foi ganho; e destruir o que foi construído.
A esposa de
Noé indica que o companheirismo motiva conquistas
1-
Anônima de nome, mas conhecida pela obra. É fácil citar o nome da esposa de Adão, de Abraão, de Isaque, de Moisés,
porém o nome da esposa de Noé não aparece na narrativa Sagrada. Mas, o não
aparecer na narrativa Bíblica não omite o grau de importância da esposa de Noé
para a sua família como para as gerações posteriores.
No desenrolar da vida de uma
pessoa mesmo que o nome da mãe não seja notável ao ponto de ser reconhecido,
isto não retira o valor da educação outorgado pela mãe ao filho. Ou seja, o
anonimato do nome não retira o valor da obra executada.
Leia, mal me
quer; Raquel bem me quer
1-
Léia. O nome Léia do hebraico tem como
significado vaca selvagem. Jacó não trabalhou sete anos para casar-se com Léia.
O esforço de Jacó era para casar-se com Raquel. Portanto, Léia torna-se o
exemplo comum do mal me quer, ou seja, o modelo típico de relacionamento que
existe por cumprimento de acordos, mas não por amor.
O tipo de relacionamento que
representa o modelo do mal me quer é desprovido do amor. Pois, é constituído pela
propagação de mentiras e trapaças (Gn 29.25).
2-
Raquel. O nome Raquel do hebraico
significa ovelha. Por Raquel o patriarca trabalhou quatorze anos. Raquel é o modelo
de mulher virtuosa, o tipo exclusivo que se define como: conselheira, amiga e
companheira.
Joquebede
modelo de fé e dedicação
1- A fé em esconder a criança (Hb 11. 23). Anrão e Joquebede não temeram o rei do Egito e por três meses
esconderam Moisés da perseguição egípcia que era feita aos meninos judeus.
Proteção é a ação de Deus em guardar os teus filhos do mal. O mal
corresponde a tudo aquilo que de alguma maneira tem como ostentação a
destruição da tranquilidade outorgada por Deus aos teus filhos. Moisés era mais
uma dádiva outorgada ao casal Anrão e Joquebede, pois no Antigo Testamento não
ter filho era sinônimo de castigo para o casal. Por isso, que nos Salmos está
escrito: “Bem aventurado aquele que teme
ao Senhor e anda nos seus caminhos... A tua mulher será como a videira
frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à
roda da tua mesa” (Sl 128.1,3).
Pelas ações,
as cinco mulheres citadas, são exemplos para que os lares dos cristãos sejam
abençoados. Com Eva a aprendizagem de que as tentações ocorrem no dia a dia,
porém, cabe ao cristão vencê-la. Com a esposa de Noé torna-se notável o papel
da mulher para que o lar seja virtuoso. Léia e Raquel indicam o valor das escolhas
no dia a dia do relacionamento. E Joquebede a importância da glória de Deus
para a formação da família.
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