Deus
perdoa o pecado cometido pelo ser humano, quando este, se arrepende de seu ato
pecaminoso, porém, as consequências não são removidas. Davi o homem segundo
coração de Deus cometeu delito ao Senhor. Pediu perdão do seu erro. Mas, mesmo
assim presenciou a catástrofe no seio familiar. E umas delas fez com que Davi
escrevesse o salmo 3, salmo de lamentação quando o rei fugia do seu filho
Absalão.
Lamentação
de abertura (vv.1,2).
1- A multiplicação de adversários. Em
um paralelismo sinônimo no verso 1, Davi fala da multiplicação de seus
inimigos. Foram 40 anos que Israel viveu sobre o governo de Davi e em todo este
tempo o monarca vivenciou com a presença de inimigos, porém, no presente texto
o que mais abalava o rei era que estes tinham se levantado da sua própria casa.
2- O descredito de Davi perante as
pessoas. As pessoas olhavam para o rei e diziam: “não há salvação
para ele”. Na fuga de Absalão o rei encontrou com Simei que ia adiante dele
amaldiçoando e atirando pedras (2Sm 16.13). O descrédito do indivíduo não
permite que o mesmo seja referenciado. O passado de glória é esquecido e
cântico proferido por admiradores é sessado.
Confissão
de confiança.
1- Ações de Deus em prol de Davi.
“Mas tu, Senhor, és um escudo para mim, minha glória e o que exalta a minha
cabeça” (v.3). Enquanto, os contemporâneos do rei diziam que não haveria
salvação para o mesmo o salmista expressa e declarava que Deus era o seu
escudo, isto é, a sua proteção. E acrescenta que Deus é a sua glória e o que
ergue a sua cabeça. Em suma, as ações de Deus para com Davi são: Deus o
protege, Deus o sustenta e Deus o estimula a levantar a cabeça.
2- Oração – ação de Davi.
“Com minha voz clamei ao Senhor”. O salmista ensina nesta citação que o cristão
não poderá depender de terceiros para chegar se a Deus e encontrar a vitória. O
salmista estava atravessando momento difícil na sua vida, porém, o mesmo não
deixou de clamar ao Senhor e Deus ouviu o clamor desde o seu santo monte, isto
é, da morada divina. Portanto, o crente não é esquecido de Deus; “eis que, na
palma das minhas mãos, te tenho gravado” (Is 49.16ª).
Ato
de fé.
1- Deitar e dormir.
Quantas pessoas em dias de provas não conseguem dormir. A noite passa a ser um
tormento. Porém, em meio à aflição Davi conseguiu deitar e dormir, porque o
Senhor o sustentava.
2- Não temer o numero de inimigos. O
segundo ato de fé de Davi é a confiança que ele possuía em Deus mesmo com a
multiplicação do número de adversários. O medo é o primeiro ingrediente que
notifica a ausência de fé em Deus e passa a ser o elemento decisivo para o
acontecimento de fatos desagradáveis na vida do cristão (Jo 3.25).
Retorno
à lamentação.
1- Petição a Deus para levantar.
Petição de socorro a Deus, pois o salmista sabia que os seus inimigos eram
ferozes e cujas forças estavam nas mandíbulas e cujo terror se localizava nos
dentes. Porém, o Senhor ao levantar do seu trono outorgaria vitória a Davi.
2- Petição à libertação do perigo
imediato. O salmista descreve que a salvação vem do Senhor e o
mesmo sabia do perigo iminente que estava a enfrentar, por isso, ele afirma com
clareza “a salvação vem do Senhor”. Ninguém poderia e ninguém pode parar o agir
de Deus para abençoar o seu povo.
Na
caminhada do cristão o mesmo é tentado em tudo, mas é dever do mesmo buscar
força em Deus para resistir e vencer as provações. Lembrando que o cair é do
homem, porém o levantar é de Deus. O crente não pode deixar de lutar e de
servir a Deus por causa de pessoas que se levanta contra, pois Deus muda o
cativeiro e faz com que o que amaldiçoava se curve e peça perdão (2Sm
19.18-20).
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