Deus é Fiel

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domingo, 3 de agosto de 2014

EBD: A Verdadeira Fé não faz Acepção de Pessoas


A palavra chave da presente lição é acepção. Predileção por alguém, tendência em favor de pessoas por sua classe social, isto é nomeado de acepção. No contexto histórico em que foi escrito a Epístola de Tiago, os cristãos viviam em uma época em que as pessoas eram discriminadas por sua condição social, econômica, física e até por deficiência.
Porém, a Palavra de Deus nivela todas as pessoas, pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rm 3.23). E por meio do Senhor Jesus o quadro de vida daqueles que se entregam ao Senhor Jesus é mudado. Por exemplo:
O pobre passa a ter uma vida próspera (Sl 1.3; Dt 28.12,13). “... dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”.
A estéril dá a luz a filhos (Sl 113.9). “Faz com que a mulher estéril habite em família e seja alegre mãe de filhos? Louvai ao Senhor”.
I – A FÉ NÃO PODE FAZER ACEPÇÃO DE PESSOAS (Tg 2.1-4).
1- Em Cristo a fé é imparcial.
2- O amor de Deus tem de ser manifesto na igreja local.
3- Não sejamos perversos (v.4).
Comentário:
Com base nos quatro primeiros versículos do capítulo dois (DANIEL, p.73,74), há quatro razões bíblicas para a não acepção de pessoas: primeira, acepção de pessoas desonra a fé; segunda razão, a motivação do cristão é o amor, e o amor lança fora todo tipo de acepção; terceira razão, a acepção de pessoas é um elemento oposto à verdadeira religião; e como quarta razão, Deus tem outorgado aos pobres a oportunidade de conhecer o Reino de Deus.
Quando o amor está presente no meio dos cristãos o acolhimento aos visitantes é comum não importando a marca da vestimenta. Pois, o amor quando desenvolvido não mede a pessoa pela condição, mas o acolhe mediante a existência do ser humano ali presente.
O cristão não deve julgar a pessoa pela roupa. Os crentes que receberam a carta de Tiago consideravam uma pessoa fina ao vestir uma roupa fina e elegante, já julgava uma pessoa comum por vestir uma roupa simples. Não é a roupa, mas sim a recepção. A recepção não pode escolher e secionar pessoas, pois a pessoa bem recepcionada voltará a visitar o recinto, e sendo estas descrentes terão maior possibilidade de congregarem com os membros da presente igreja.
II – DEUS ESCOLHEU OS POBRES AOS OLHOS DO MUNDO (Tg 2.5-7).
1- A soberana escolha de Deus.
2- A principal razão para não desonrar o pobre (v.6).
3- Desonraram o Senhor.
Comentário:
Três verdades que sintetizam o segundo tópico da lição. Deus escolheu, está escolhendo e escolherá pessoas que economicamente são consideradas pobres. Desonrar a pessoa por sua condição financeira é pecado. E ao desonrar uma pessoa Cristo estará sendo desonrado pelo crente.
Quando a afirmação de que Deus tem escolhido é citada percebe-se que o amor de Deus é universal e incondicional. Deus amou a todos e por amar a todos Deus entregou o seu único filho. Jesus venceu a cruz, venceu satanás, venceu a enfermidade, venceu a lei e venceu o pecado para que todos aqueles que nEle creem sejam salvos.
Pecado é erra o alvo. Cristo chamou e enviou os teus para pregarem o evangelho transformador. Se o cristão prega o evangelho, mas não vive a mensagem do evangelho está pecando. Logo, ao praticar a acepção de pessoas o crente em Cristo está pecando.
E por fim, ao praticar a acepção de pessoa o crente estará desonrando a Cristo.
III – A LEI REAL, A LEI MOSAICA E A LEI DA LIBERDADE (Tg 2.8-13).
1- A Lei Real.
2- A Lei Mosaica.
3- A Lei da Liberdade.
Comentário:
A lei Real se resume no segundo mandamento “amarás o teu próximo como a ti mesmo”.
A Lei Mosaica se resume nas seguintes palavras “ao desobedecer a um princípio da lei o indivíduo estará quebrando ao mesmo tempo toda a lei”.
A Lei da Liberdade se resume nas seguintes palavras “pelo Evangelho Cristo nos libertou”.
Mas uma palavra
A TUTORIA DA LEI
1- A Lei revela a justiça de Deus. Logo que a lei revela a justiça divina também demonstra a injustiça por parte dos homens. “Estávamos sobre a custódia da lei” isto indica que a lei aprisionava os homens por serem os mesmos injustos. 
A injustiça humana era notável até mesmo na vida de personagens que viviam em conformidade com Deus. Por exemplo: Noé após o dilúvio ao se embriagar (Gn 9.21), Abraão ao mentir (Gn 12.11-13; 20.2), Davi ao transgredir cinco dos dez mandamentos (2 Sm 11.4,14,24,27), Uzias ao agir como sacerdote (2 Cr 26.16), dentre outros casos.
Em suma, a lei indicava que os homens eram injustos em suas obras e incapazes de se salvarem, sendo que a justiça de Deus se manifesta na pessoa e na obra de Jesus Cristo.
2- A lei é responsável pelo ensino até a manifestação de Cristo. Anterior ao ministério do Senhor Jesus a lei definia a educação dos judeus o que Calvino vai considerar a lei com a infância. Calvino ainda dizia que a lei era o gramático da teologia que ao conduzir a criança até certo ponto os entregavam a fé que completava a graduação das pessoas. Para ele o apóstolo “Paulo associou os judeus a crianças por viverem conforme os ensinos da lei, e nós os da graça com a fase adulta”.
Referência:
CALVINO, João. Gálatas. São Paulo: Editora Fiel, 2007.
COELHO, Alexandre. DANIEL, Silas. Fé e Obras, ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

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