Deus é Fiel

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domingo, 28 de setembro de 2014

EBD: Daniel, nosso “Contemporâneo”


EBD: Daniel, nosso “Contemporâneo”
A primeira lição do quarto trimestre apresenta como palavra-chave: providência. Providência é ação pela qual Deus conduz os acontecimentos e as criaturas para o fim que lhes foi destinado. Providência é a ação de Deus em governar a obra criada, logo, providência corresponde com um decreto de Deus.
 Daniel foi um jovem levado cativo para a Babilônia, e no desenrolar histórico o jovem no império no qual foi conduzido se transformou em um grande líder e tornou-se reconhecido como um grande profeta de Deus. O profeta Daniel foi usado por Deus para revelar fatos que o alça ao título de profeta contemporâneo, pois sua mensagem corresponde com fatos que aconteceram, estão acontecendo e hão de acontecer.
O livro de Daniel poderá ser dividia em duas partes: a narrativa e a apocalíptica.
Na narrativa (Daniel 1-6) os relados da obra correspondem com a vida de Daniel e com relatos de pessoas próximas do profeta.
Já na segunda parte, a apocalíptica, temas como as setentas semanas, o anticristo e o prenúncio do tempo do fim, tornam-se centrais.
I – A HISTÓRIA POR TRÁS DO LIVRO DE DANIEL.
1- A formação histórica de Israel.
2- O governo teocrático.
3- O governo monárquico.
Comentário:
De Abrão ao povo israelita. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.5). Para o personagem Abrão a noite não durou apenas uma média de doze horas, mas uma abrangência de 25 anos. Ao sair das terras de sua origem Abrão tinha 75 anos (Gn 12.4), e ao ver o cumprimento da promessa possuía 100 anos de idade (Gn 21.5) isto indica que quem tem promessa de Deus não morrerá sem que elas se cumpram. Assim de Abraão veio Isaque e deste os doze patriarcas que entram no Egito em um número de 75 pessoas (At 7.14).
A escolha de Israel como nação em relação ao chamado de Abrão corresponde a abençoar a todas as famílias da terra.
O período monárquico vai de 1095 a.C até 975 a.C com a duração de 120 anos, abrangendo os reinados de Saul, Davi e Salomão. Os escritos Bíblicos deste momento histórico encontram se nos livros de 1º Samuel ao livro de 1º Reis.
Com os reinados de Davi e Salomão este período passa a ser considerado como o período da Idade de Ouro da história de Israel. A conquista de Jerusalém e a construção do Templo faz deste período o auge da história do povo israelita.
Situação pós-divisão do reino de Israel. Reino do sul. Também conhecido como o reino de Judá, formado pelas tribos; Judá e Benjamim. No total o reino do sul teve 20 reis em uma única dinastia. Com duração aproximada de 350 anos. E teve como capital política e religiosa a cidade de Jerusalém.
Dentre os 20 reis do reino do sul poucos fizeram o que era reto aos olhos do Senhor, dentre eles Ezequias e Josias (2 Re 18,3;22.2).   Ao contrário da retidão destes líderes os demais seguiram os maus caminhos do reino do norte e em destaque o rei Manassés. Pelos pecados cometidos pelos reis e pelo povo do sul, Deus proferiu através de Isaias o cativeiro de Judá (Is 6.11,12;39.6) e por meio de Jeremias a duração do cativeiro (Jr 25.11,12).
Reino do norte. Também conhecido como reino de Israel formado por dez tribos e teve como primeiro rei Jeroboão. Em todo período histórico do reino do norte 19 foram o número dos monarcas, porém não de uma mesma dinastia, mas de 9 dinastias diferentes.
Jeroboão por medo de perder a sua liderança fundou um falso sistema religioso, fazendo dois bezerros de ouro e pondo os em Betel e em Dã (1 Re 12. 26-30). Portanto, com Onri foi fundada a cidade de Samaria que mais tarde seria a capital política do reino do norte.
Portanto, no ano de 722 a.C o reino do norte tornou se cativo da Assíria (1 Re 17. 6,7).
II – OS FATOS QUE PROPICIARAM O EXÍLIO NA BABILÔNIA.
1- O contexto político do reino de Judá.
2- Israel no exílio babilônico.
Comentário:
O motivo do cativeiro. Nos dias do rei Josias o povo de Israel vivenciou um profundo avivamento. Avivamento significa trazer a vida, ou seja, alguém que perdeu os sentidos e por ação espiritual passa a ter de volta os sentidos recobrados. Entretanto, em vinte e dois anos o Reino do Sul foi destruído, isto, porque após a morte do rei Josias o povo degenerou-se espiritualmente e moralmente. No governo de Josias o avivamento foi motivado pela descoberta do livro da lei (2 Re 22.8) e também pelo apoio dos profetas Jeremias (Jr 1-12), Sofonias (Sf 1.1) e Habacuque (Hb 1.2-4) com o objetivo levar o povo a presença de Deus. Todavia a perca do temor ao Senhor e o abandono da palavra de Deus levou o povo a destruição.
Etapas do cativeiro. Em 606 a.C, Nabucodonosor invadiu o território dos judeus. Iniciando nesta data o cativeiro de Judá. Para melhor compreensão histórica notemos que o cativeiro dos judeus foi ocorrido em três etapas.
a) a primeira etapa; no ano de 606 a.C, onde que os tesouros do templo foram levados (2 Cr 36.7) e também a elite de Judá: o rei Joaquim, os oficiais da corte e entre eles Daniel e seus três amigos (Dn 1.1-7).
b) segunda etapa; no ano de 597 a.C, Jerusalém foi pela segunda vez invadida pelos babilônicos e desta vez foram conduzidos 10.000 homens para Babilônia entre eles Ezequiel (2 Re 24.14).
c) terceira etapa; no ano 586 a.C, pela terceira vez Jerusalém é invadida e desta vez o templo e a cidade são destruídos ficando na cidade apenas os pobres (2 Re 25.12).
Duração do cativeiro. O cativeiro babilônico durou 70 anos, sendo profetizado por Jeremias (Jr 25.12). Em setenta anos os judeus andaram errantes em meio a um povo idólatra.
4. Profetas do período do cativeiro. Os profetas posteriores são classificados mediante o acontecimento do exílio. Ficando assim definidos: profetas pré-exílicos, profetas exílicos e profetas pós-exílicos. Os profetas do período do exílio são: Jeremias, Obadias, Ezequiel, Ageu e Zacarias. Portanto, os capítulos 40 a 66 do livro de Isaías possuem características para o período em análise.
Jeremias ficou em Jerusalém enquanto o povo foi levado cativo, deste acontecimento originou a obra Lamentações de Jeremias, em que o profeta enfatiza as misericórdias do Senhor como causa da existência dos judeus (Lm 3.22). Enquanto no meio dos príncipes Deus usava Daniel no meio da multidão Deus usava o profeta Ezequiel.
III – DANIEL, O AUTOR E O LIVRO.
1- O homem Daniel.
2- A importância do livro.
3- A autoria e as características do livro.
Comentário:
Daniel é apresentado na sua própria obra com três características básicas: como homem público, como homem de oração e como profeta.
Como homem público Daniel se destacou pela sabedoria e pelo compromisso às atividades assumidas.
Como homem de oração em meio a uma afronta de inimigos para silencia-lo o profeta continuou seu costume de orar a Deus diariamente e por três vezes ao dia.
Como profeta Daniel entra no cenário como profeta que notificou a Israel a respeito da libertação da nação dos seus inimigos.
Como consideração final, cito a verdade prática: Daniel é um exemplo de perseverança na fidelidade a Deus e de integridade moral, estimulando-nos a confiar no projeto divino.

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