Subsídio
para a E.B.D: Jesus e o Dinheiro
E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente
entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! (Lc 18.24).
O
perigo da riqueza é fazer com que pessoas boas não tenham intimidade com Deus.
O jovem era praticante de bons costumes, porém, não era íntimo de Deus por amar
mais as riquezas.
A
verdade prática: As Escrituras não condenam a aquisição honesta de riquezas, e, sim, o
amor a elas dispensado.
Em
duas partes está dividida a verdade prática. A primeira descreve a não
condenação das Escrituras para com a aquisição de riquezas, sendo estas de
maneira correta e honesta. E a segunda parte descreve a condenação das
Escrituras que corresponde ao amor às riquezas.
I – O DINHEIRO, BENS E POSSES NAS
PERSPECTIVAS SECULAR E CRISTÃ.
1- Perspectiva secular.
2- Perspectiva cristã.
Comentário:
O
cristão deverá ser cauteloso quanto à temática, dinheiro, pois há dois perigos,
o extremo da teologia da prosperidade e a teologia da miséria. A teologia da prosperidade
descreve o valor das coisas materiais acima da ação divina. Já a teologia da
miséria enfatiza o ser espiritual com a pobreza.
Portanto,
a prosperidade é Bíblica. Isto é, Deus prospera aqueles que são fiéis a Ele,
nos dízimos e nas ofertas.
Passos
para alcançar a prosperidade Bíblica:
Primeiro
passo: ser fiel no dízimo (Ml
3.10). No
texto áureo do tema dízimo haverá um mandamento,
trazei todos os dízimos, haverá um desafio,
fazei prova de mim e também haverá uma promessa se não abrir as janelas do céu.
Segundo passo:
ser fiel nas ofertas (Ml 3.10). Além
dos dízimos os ensinos bíblicos sobre mordomia cristã enfatizam também as
ofertas. Sobre ofertas existem alguns princípios importantes, quatro serão analisados:
o princípio da motivação, o que de fato leva
o indivíduo a contribuir (2 Co 9.7); o princípio da
distribuição, ou seja, o que o indivíduo tem para
distribuir; o princípio da proporção,
colhe pela proporção do que se planta (2 Co 9.6) e em quarto, o princípio da provisão, Deus é fiel e
proverá o necessário para os fiéis.
Terceiro
passo: ser ofertante à obra missionária.
Quarto passo:
ser amigo do pastor.
Quinto passo:
ser dedicado ao trabalho. O preguiçoso fica pobre, mas quem se esforça no trabalho enriquece (Pv
10.4, NTLH).
II – DINHEIRO, BENS E POSSES NO JUDAÍSMO
DO TEMPO DE JESUS.
1- Ricos e pobres.
2- Generosidade e
prosperidade.
Comentário:
No
Antigo Testamento há em especial cinco contribuições que denotava a existência da
pobreza: impostos, desemprego, morte do chefe da família, seca e agiotagem (Sl
32.4; Êx 22.25).
Algumas pessoas gastam com generosidade e ficam cada vez mais ricas;
outras são econômicas demais e acabam ficando cada vez mais pobres (Pv 11.24, NTLH).
No
texto percebe que liberar é a chave para aumentar, enquanto o reter é igual à
pobreza.
III – DINHEIRO, BENS E POSSES NOS
ENSINOS DE JESUS.
1- Jesus alertou sobre os
perigos da riqueza.
2- Jesus ensinou a confiança
em Deus.
Comentário:
O
perigo das riquezas está no instante em que o indivíduo torna-se servo do
dinheiro. Isto é, o dinheiro torna-se senhor ou patrão. O dinheiro é um
excelente servo, porém, um péssimo patrão.
O
problema é a transformação em que poderá ocorrer: o dinheiro se transformar em
ídolo ou o amor passar a ser voltado para o dinheiro.
Os sinais de quem ama o dinheiro, são: retenção dos dízimos e
das ofertas. Logo, tal pessoa não ama a obra de Deus, pois
quem ama, oferta-se para o Reino de Deus, isto é, contribui para o crescimento
da obra.
O
cristão não poderá esperar de mamom a solução dos problemas, mas continuar
sendo dependente de Deus.
IV – DINHEIRO, BENS E POSSES NA MORDOMIA
CRISTÃ.
1- Avaliação a intenção do
coração.
2- Entesourando no céu.
Comentário:
Lucas registra
uma boa parte daquilo que Jesus tinha a dizer sobre o dinheiro. Contudo, aqui
temos as palavras mais condenatórias de todas. As riquezas do mundo, se vistas
como um meio que podemos usar com o propósito de servir a Deus, são moralmente
neutras. Mas, se valorizarmos as riquezas do mundo em si, nos tornamos
idólatras, e as riquezas afastarão o nosso coração do Senhor (RICHARDS, p. 173).
Propósitos da prosperidade. O
objetivo de Deus prosperar a igreja e a cada um individualmente está associado
à manutenção própria de cada pessoa e também o compromisso da igreja como
organização, em segundo para que a obra evangelizadora seja exercida. Cada
cristão deverá ser um verdadeiro evangelista, e esta atividade é desenvolvida
pela contribuição, pela oração e pela entrega ao serviço de evangelização, e
por fim, Deus prospera para que haja auxílio aos necessitados.
O
apóstolo Paulo assim escreveu a Timóteo: porque o amor
ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se
desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores
(1 Tm 6.10). O texto é claro ao expor que o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males, pois por causa dele pessoas se casam e se divorciam, outros por causa
dele mentem e matam. Por isso, Agur assim escreveu: Duas
coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: afasta de mim a vaidade e a
palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da
minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga:
Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e lance mão do nome de
Deus (Pv 30. 7-9). Portanto, o dinheiro é excelente servo e
péssimo patrão.
Referência:
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo
Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.