EBD – O Evangelho da Graça
A
presente lição possui como palavra chave: graça.
Como
no mundo há grande número de enganadores, a igreja de Cristo deverá ser
edificada no ensino puro e autêntico. Pois, o que torna o indivíduo livre do
pecado é o conhecimento da verdade (Jo 8.32).
Porém,
a missão de Satanás é roubar, matar e destruir (Jo 10.10). Quando uma igreja é
firme no ensino e convicta da fé em Cristo o inimigo tentará de todas as formas
para destruir a harmonia presente na igreja. E as artimanhas de Satanás se
voltam para destruir o ensino fazendo que haja desvio da Palavra de Deus. Mas,
graças a Deus que há no seio da igreja pessoas que foram chamadas para
ensinarem a Palavra conforme ela é (Ef 4.11).
I – AS FALSAS DOUTRINAS CORROPEM O
EVANGELHO DA GRAÇA
Em
quanto ao tempo o evangelho tem sua origem no jardim do éden, quando Deus
prometeu salvação por meio do descendente da mulher (Gn 3.15). Logo, o
evangelho é a propagação das boas novas por parte do Criador. Se a propagação é
da parte do Criador, indica que o evangelho é superior a qualquer doutrina e
passa a ser indispensável para a efetuação da salvação do ser humano.
E
quando o assunto do evangelho corresponde à pessoa que o deu origem, nota-se
que o evangelho é divino, pois tem sua origem em Deus.
Apenas
há um Evangelho. Evangelho genuíno é único e não há outro. Porém, o apóstolo
Paulo ao escrever aos gálatas (1.6-9) por três vezes utiliza a seguinte frase
“outro evangelho.” Frase que não confirma a existência de outro evangelho,
porém, indica que não há outro evangelho genuíno e divino, pois só há apenas um
que tem sua origem em Cristo Jesus. Por isso, o apóstolo Paulo convoca aos
membros da igreja da Galácia a não aceitarem outro evangelho, mesmo que um anjo
do céu o anuncie, pois em Deus não há confusão o que foi ensinado merece todo
respeito e dedicação.
Sobre
a importância da Lei duas coisas deverão ser observadas: a Lei revela a justiça
de Deus e a Lei é responsável pelo ensino até a manifestação de Cristo.
A Lei revela a
justiça de Deus. Logo que a lei revela
a justiça divina também demonstra a injustiça por parte dos homens. “Estávamos
sobre a custódia da lei” isto indica que a lei aprisionava os homens por serem
os mesmos injustos.
A
injustiça humana era notável até mesmo na vida de personagens que viviam em
conformidade com Deus. Por exemplo: Noé após o dilúvio ao se embriagar (Gn
9.21), Abraão ao mentir (Gn 12.11-13; 20.2), Davi ao transgredir cinco dos dez
mandamentos (2 Sm 11.4,14,24,27), Uzias ao agir como sacerdote (2 Cr 26.16),
dentre outros casos.
Em
suma, a lei indicava que os homens eram injustos em suas obras e incapazes de
se salvarem, sendo que a justiça de Deus se manifesta na pessoa e na obra de
Jesus Cristo.
A lei é
responsável pelo ensino até a manifestação de Cristo. Anterior ao ministério do Senhor Jesus a lei definia a
educação dos judeus o que Calvino vai considerar com a infância.
Calvino
ainda dizia que a lei era a gramática da teologia que conduzia a criança até
certo ponto, e a entregava à fé, que completava a graduação das pessoas. Para
ele o apóstolo “Paulo associou os judeus a crianças por viverem conforme os
ensinos da lei, e nós os da graça com a fase adulta”.
II
– A GRAÇA SUPERABUNDOU COM A FÉ E O AMOR
Gratidão
é o ato de reconhecimento de uma pessoa por alguém que lhe fez um benefício, ou
seja, o reconhecimento por alguém que lhe prestou um favor. No sentido mais
abrangente a gratidão é um sentimento que alguém desenvolve por ter sido
beneficiado por outro, ou até mesmo pela vida. Portanto, a gratidão poderá ser
definida como o amor retribuído. A gratidão é possível quando o indivíduo
reconhece que tudo pertence a Cristo. O apóstolo Paulo era grato a Deus pelo
evangelho, pois o evangelho é poder de Deus para a salvação de todo aquele que
crê (Rm 1.16). Apenas com a aceitação da mensagem do evangelho todas as
melhorias para a raça humana serão possíveis.
O
amor divino (ágape) é imutável, sacrificial e espontâneo. Por amou Jesus foi
entregue para salvar a humanidade (Jo 3.16). Quando este amor é operante na
vida do indivíduo o mesmo passa a amar até mesmo os inimigos (Mt 5.44). Este
amor não corresponde a sentimentos e nem com ações que esperam recompensas,
porém trata-se de um dom divino.
O
amor possui duas dimensões: vertical, amor a Deus, e horizontal, amor ao
próximo.
Os
tipos de amor conforme a língua grega, são apresentados pelas seguintes
palavras: ágape, amor divino; philis, amor entre amigos; eros, amor entre os
cônjuges, porém há muitos que o define como amor carnal, ou seja, paixão e
storge, amor conjugal em que o respeito e a harmonia são evidenciados.
Aos
coríntios o apóstolo Paulo enfatiza três elementos fundamentais para o
crescimento da igreja: poder, amor e
ordem. Ao concluir sobre a
importância do poder o apóstolo promete mostrar um caminho mais excelente (1 Co
12.31) que é o amor.
Logo
se percebe que o amor é mais excelente que o poder, porque o amor não se limita
a esfera terrestre, não se acaba, pois é movido com efeitos eternos. Já para a
missão eclesiástica o poder se limita a esfera terrestre.
O
Milagre é uma suspensão temporária das leis da natureza, pois a cura torna-se
temporária, o que se percebe é que em um determinado dia os personagens que
foram curados também faleceram, ou seja, adoeceram e morreram. Isto corresponde
à ação temporária do milagre, por isso, o maior milagre na Bíblia é a salvação
do ser humano. Milagre este concretizado pelo caminho mais excelente o amor.
III – UM CONVITE A COMBATER O BOM
COMBATE
Para
o apóstolo Paulo conduzir alguém à presença do Senhor era benéfico. Por isso,
disse Paulo: contando que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério
que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus (At
20.24).
E
para Timóteo, o apóstolo o incentiva a militar pelas profecias ou conforme as
profecias a boa milícia. Percebe-se que não cabe ao cristão rejeitar a vocação
divina. E nem dá ouvidos aos falsos ensinos.
Pois, o combate que combatemos como cristãos permite a certeza de
que em Cristo somos mais do que vencedores. Que Deus vos abençoe. Boa Aula!
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