Deus é Fiel

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terça-feira, 5 de abril de 2016

Carta aos Romanos – Esperança e intercessão


Esperança e intercessão
Texto: 1- Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. (Rm 8.18).
O cristão em meio a todos os sofrimentos permanece fiel a Deus, pois a esperança que tem origem na promessa divina é maior que toda a aflição deste tempo presente. Já nos versículos 22 a 26 o apóstolo Paulo fala de três tipos de gemidos. A palavra gemido do grego, stenazó, transmitido à ideia de sentimento de pesar interior, exprime dor moral e física. De fato significa suspirar, causar dor, afligir, entristecer, prantear e padecer. Até o próprio Deus se condói do gemido dos necessitados (Sl 12.5) e levanta do seu trono e põe a salvo aquele que nEle confia. Portanto, Paulo ao escrever a carta à igreja em Roma transmite no capítulo oito os três gemidos: o gemido da natureza, o gemido da igreja e o gemido do Espírito Santo.
As aflições deste tempo presente
No cotidiano as aflições estão associadas a enfermidades severas, tristezas avassaladoras, angústias, desapontamentos, perseguições e, dentre outras, tribulações.
O benéfico das aflições pode ser listado da seguinte maneira:
1- Nas aflições as pessoas se aproximam das outras. As tribulações unem as igrejas e as famílias, e até mesmo as comunidades e as nações assumem unidade de propósitos em meio à tribulação (CHAMPLIN, p. 259).
2- As aflições servem de disciplina. Outorgando informações que se transformam em valores espirituais.
3- As aflições torna o cristão mais dependente de Deus.
4- A aflição é garantia da magnitude da glória que se manifestará. Paulo, pois, pensava tanto sobre a grandeza como sobre a certeza da glória futura; e é o sofrimento que nos faz lembrar essas realidades (CHAMPLIN, p. 259).
Para corroborar com Rm 8.18, o apóstolo assim escreveu à Igreja em Coríntios: porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente (2 Co 4.17).
Logo, as aflições do presente são leves quando comparados com a glória que há de vir. Paulo chama os sofrimentos que passamos nesta vida de leve e momentânea tribulação, quando comparados ao peso eterno de glória mui excelente (2 Co 4.17). O plano de compensação divino é tal que aquele que suporta os sofrimentos receberá cem vezes tanto e herdará a vida eterna, Mateus 19.29 (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.384).
Os gemidos
1- O gemido da natureza. O gemido da natureza é motivado pelo pecado e exprime aflições.
Pelo pecado de um só homem todos tornaram pecadores (Rm 5.12), sendo assim, Deus enviou o seu filho unigênito para morrer e livrar os seres humanos de toda condenação provinda do pecado. O pecado é toda transgressão contra a lei de Deus. O pecado tem como salário a morte (Rm 6.23) e dentre todas as consequências do pecado a que mais transmite dor, sofrimento e gemido é a morte, pois a morte física é a separação do corpo para com o espírito.
O primeiro gemido é da natureza que abrange os seres inanimados e animados. As catástrofes físicas são de fato o gemido da natureza, não porque há vida na terra (como chama alguns de mãe terra), mas trata-se do cumprimento profético. A pobreza que tanto mata no dia a dia é também um dos causadores do gemido da natureza animada, em seis segundos morrem uma criança de fome, dados de 2010. Tal exemplo somará vários gemidos: gemido do que sofre a fome, gemido dos que perdem o filho, gemido pela incapacidade de resolver os problemas sociais.
Portanto, o gemido da natureza indica que o pecado deturpou a criação.
2- O gemido da igreja. É motivado pelo desejo do cristão em gozar a eternidade ao lado do Senhor, é um gemido profético e, revela duas virtudes do cristão.
É motivado pelo anelo de gozar a eternidade ao lado do Senhor. Pois, a morada do cristão está nos céus de onde o mesmo espera o Salvador (Fp 3.20), e na casa do Pai há muitas moradas (Jo 14.2).
O gemido da igreja é profético, pois mostra o futuro. Trata-se do gemido da adoção e também da glória do porvir, pois ainda não é manifestado o que havemos de ser, mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos (1 Jo 3.2).
Gemido que revela duas virtudes do cristão: paciência e esperança. Dentre tantas virtudes, no texto se encontra duas, que de fato caracterizam muito bem o autêntico cristão: paciência e esperança (Rm 5.3-5).
3 - Gemido do Espírito Santo.
3.1- Revela que o cristão não estar sozinho. Aos discípulos Jesus disse que não os deixaria órfãos (Jo 14.18), mas enviaria o consolador (Jo 14. 16-17). A missão do Espírito Santo é tríplice: convencer o homem do pecado, do juízo e da justiça (Jo 16.7), guiar os crentes (Jo 16. 13) e glorificar a Jesus (Jo 16. 14).
3.2- Ensina que há poder na oração. No dia 6 de agosto de 1945, último ano da 2ª Guerra Mundial os Estados Unidos lançou às 8 horas e 15 minutos na cidade Hiroshima uma bomba atômica que matou de imediato, 50 mil pessoas e feriram mais 80 mil pessoas, somando no contexto geral, 130 mil pessoas morreram no lançamento da pomba atômica em Hiroshima, enquanto que, Deus ouviu a oração de Ezequias e enviou um anjo e retirou a vida de 185 mil pessoas, portanto, o poder da oração de Ezequias foi quase duas vezes mais explosivo do que a bomba atômica. O cristão não está sozinho e o gemido do Espírito Santo é forte para destruir exércitos, quão mais poderoso será para fazer com que o crente continue sendo mais do que vencedor.
Portanto, em meio aos sofrimentos do tempo presente o cristão deverá mesmo em sua incapacidade de orar, saber que o Espírito Santo intercede por aqueles que se aproximam de Deus. Logo, o Espírito Santo intercede com gemidos inexprimíveis, isto é, por meio daquilo que não é expresso.
REFERÊNCIA
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 6. São Paulo: Hagnos, 2014.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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