Deus é Fiel

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terça-feira, 12 de abril de 2016

Carta aos Romanos – Grande resposta a grande pergunta


Grande resposta a grande pergunta
Texto: 33- Quem intentará acusação conta os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.
34- Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede po nós.
35- Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou perigo, ou a espada? (Rm 8.33-35).
Ao escreveu a carta aos Romanos o apóstolo Paulo utilizou como forma literária a metodologia da escrita em diálogo, isto é, diatribes. Onde o apóstolo lança perguntas e ao mesmo tempo outorga as respostas. No texto em análise percebe-se que há três grandes perguntas: Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? Quem os condenará? Quem nos separará do amor de Cristo?
Porém, o parágrafo se inicia com a seguinte pergunta: que diremos, pois, a estas coisas? E como resposta, outra pergunta: Se Deus é por nós, quem será contra nós? Isto é, a grande resposta se refere, Deus é por nós, sendo que a aprendizagem que se deverá ter é: de fato Deus é por nós?
Quem intentará acusação contra aos escolhidos de Deus?
A resposta a esta pergunta se dá da seguinte maneira: é Deus quem os justifica (v.33). Logo, é Deus que declara justo todos aqueles que recebem a Cristo como Salvador. Porém, a acusação se dá em três formas: psicológica, social e espiritual.
No aspecto psicológico a acusação se dá pela própria pessoa. No que se refere a atitudes voltadas para o passado de pecado, agindo no presente. Ou seja, o indivíduo é conduzido a uma vida pecaminosa que o torna incapaz de se aproximar de Deus. Participar dos cultos não indica que o indivíduo está adorando a Deus. Ser membro de um ministério não indica que o indivíduo é membro da Igreja de Cristo. Logo, o passado que foi justificado em Cristo não poderá condenar o cristão no presente.
Já o aspecto social corresponde com as ações dos membros da comunidade que tentam desestabilizar o cristão fazendo comentários para denegrir a imagem dos servos de Deus.
Por fim, no aspecto espiritual, percebe-se a ação dos demônios agindo de maneira contrária a vida santa dos servos de Deus.
Sobre o versículo 33, assim comenta Radmacher, Allen e House.
Se Deus, o Juiz Supremo, justificar-nos, então quem poderá agir contra nós e prosperar, ou ter sucesso em sua empreitada? (2013, p.386).
Entretanto, quem justifica o cristão é Deus, cabe aos servos de Deus se santificarem para estarem mais próximos do Senhor.
Quem os condenará?
Ninguém tem poder para condenar o crente em Cristo, pois quem morreu e ressuscitou, e age como intercessor dos crentes ao lado direito do Pai é o Senhor Jesus.
O versículo apresenta quatro situações a respeito da pessoa de Jesus: morte, ressurreição, localização e ação.
Sobre a morte de Jesus sabe-se que não teria proveito algum se Ele não houvesse ressuscitado. Já sobre a ressurreição compreende-se que a mesma confirma a vida, a obra e as palavras de Jesus. Em terceiro Jesus está à direita do Pai, tal situação outorga a seguinte compreensão, Ele foi glorificado com a glória que tinha antes que o mundo existisse (Jo 17.4). Por fim, Jesus intercede pelos crentes, porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem (1Tm 2.5).
Quem nos separará do amor de Cristo?
Inicialmente o apóstolo lista as seguintes situações que podem ser chamadas de adversários e tem como objetividade causar separação entre o cristão e Cristo, isto é, ocasionando a morte espiritual.
Se ninguém pode se opor a nós e prosperar (v.31), ou acusar (v.33), ou ainda nos condenar (v.34), então é fato visível que nós temos uma relação pessoal com Deus. Devido a esse relacionamento, ninguém pode nos separar do amor de Cristo por nós. A enumeração de adversidades constantes neste versículo cobre a gama de experiências que poderiam parecer desafios consideravelmente grandes à realidade do amor de Cristo (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.386).
Os adversários citados são: tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo e espada.
Tribulação corresponde com situações desagradáveis que no presente texto são aquelas causadoras do enfraquecimento espiritual.
Já angústia descreve a respeito de situações em que o cristão é conduzido a perca do humor.
Em todo o tempo os cristãos têm sido vitimados por causa da fé e em muitos casos conduzidos à morte.
Fome e nudez são situações em que expõe os cristãos a fazerem escolhas, caso não sabendo escolher, os mesmos, poderão realizar escolhas que trarão prejuízos para a vida espiritual. Por fim, o perigo e a espada correspondem com o auge da perseguição, situação em que os cristãos muitas das vezes são conduzidos à morte.
Absolutamente nada poderá separar o cristão do amor de Deus. O apóstolo usa de grande esforço para escolher as palavras que descrevem a certeza absoluta da existência do amor de Deus em favor do cristão. Nada é tão difícil ou perigoso, nem a morte, nem a vida, que possa nos separar de Deus. Se Deus, o único ser não-criado, é por nós, nada neste mundo pode nos separar dele, o que torna a nossa segurança nele absoluta (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.386).
Portanto, é Deus quem justifica o crente, foi Cristo que antes morreu, ressuscitou, e está destra do Pai e intercede pelos os cristãos e a certeza maior, é que nenhum adversário separará o servo do seu Senhor.
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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