Deus é Fiel

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terça-feira, 26 de abril de 2016

Carta aos Romanos – Tristeza e amor de Paulo para com os israelitas (2ª parte)


Tristeza e amor de Paulo para com os israelitas (2ª parte)
Texto: 1- Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
2- Tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração.
3- Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne.
4- Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
5- dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! (Rm 9.1-5).
Os quatro primeiros privilégios foram argumentados no estudo anterior. Dando assim continuidade à análise dos oito privilégios de Deus para com a nação de Israel, cabe estudar e compreender os seguintes privilégios: culto, promessa, pais e Cristo.
O privilégio do culto
A palavra culto (gr. Λατρεία) tem como significado adoração (Rm 9.4;12.1;Hb 9.1). Paulo comenta a respeito do culto racional (Rm 12.1), isto é, ofertar é a única reação possível de ser pensada diante de todas as boas dádivas que Deus nos deu (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.393).
Portanto, o privilégio outorgado a Israel no que corresponde ao culto indica que os israelitas tinham a oportunidade de ofertar a Deus o seu tempo em adoração sincera, reconhecendo a benevolência divina sobre a nação.
Na história da nação de Israel houve personagens que não abandonaram a prática da adoração, porém, o período pós-cativeiro foi o momento histórico em que os israelitas mais se preocuparam em adorar a Deus. Sendo que Ezequias foi o mentor do restabelecimento do culto em adoração a Deus.
Estavam, pois, os levitas em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes, com as trombetas.
E deu ordem Ezequias que oferecessem o holocausto sobre o altar, e, ao tempo em que começou o holocausto, começou também o canto do Senhor, com as trombetas e com os instrumentos de Davi, rei de Israel.
E o louvaram com alegria, e se inclinaram, e adoraram (2 Cr 29.25,26,30b).
Logo, o culto era alegre e festivo, tendo como liturgia, cânticos acompanhados com instrumentos musicais. Portanto, o culto era um privilégio dos israelitas.
O privilégio da promessa
O Antigo Testamento é repleto de promessas que abrange à nação de Israel, porém, a promessa ratificada a Davi apresenta os elementos essências da abrangência da aliança de Deus com o povo da promessa.
Os elementos essências são: terra, trono e reino.
Elemento essencial terra:
E prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar e não mais seja movido, e nunca mais os filhos da perversidade o aflijam como dantes (2 Sm 7. 10).
Elementos essenciais trono e reino:
Porém, a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre (1 Sm 7.16).
A promessa de Deus para com Israel ratificada na pessoa de Davi será concretizada na pessoa de Jesus.
O privilégio dos pais
Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta (Hb 12.1).
A nação de Israel possui uma grande lista de pais respeitados.
Pois, está em Abraão à eleição e a origem da nação, em Isaque a confirmação da promessa, e em Jacó a ratificação da palavra divina.
Em Moisés o legado da liderança segundo a vontade de Deus.
Na pessoa de Josué percebe-se a bravura de um pai que conhece a sua família.
Já na liderança de Gideão a coragem de quem é dependente de Deus.
Na biografia de Samuel, encontra-se a mensagem do pai que outorga paciência e confiança aos israelitas.
Sobre Davi, nota-se o pai segundo o coração de Deus.
Portanto, assim como escreveu o escritor da carta aos Hebreus faço minhas palavras:
O que mais direi? (Hb 11.32a).
Deus outorgou aos israelitas o privilégio de terem pais brilhantes.
O privilégio de terem Cristo
O maior privilégio dos israelitas foi ter Jesus como Salvador, porém esta dádiva foi rejeitada.
O maior privilégio para os judeus foi o fato do Messias ter vindo de Israel (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.386).
Quanto Paulo utiliza o termo Cristo conclama aos leitores israelitas a voltarem ao passado e lembrarem-se dos pais que esperavam o cumprimento da promessa. Promessa do Messias, isto é, do ungido a rei, sacerdote e profeta. Veio Cristo em carne e no ministério sacerdotal, profético e real, porém foi rejeitado pelos israelitas.
Não bastar apenas ter privilégios é necessário que tenha reconhecimento do valor dos privilégios. Pois, assim como Israel teve dádivas e não soube reconhecer e vivenciá-las, há na modernidade, cristãos que não sabem reconhecer os privilégios que possuem.  
REFERÊNCIA
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

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