A Maravilhosa Graça
A presente lição tem como palavras-chave: graça e morte. O salário
do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna. Logo, o pecado
condena, e como resultado da condenação a morte. Já o dom gratuito de Deus se
manifesta através de Jesus Cristo, isto é, através da manifestação da
maravilhosa graça de Deus.
O termo graça do latim, gratus, agradável, ou amável. Já no grego
o termo é charis, que indica favor imerecido.
Já a palavra morte tem como significado separação. Sendo a morte
física a separação entre o corpo e a alma.
I – OS INIMIGOS DA GRAÇA
No capítulo em estuo o apóstolo cita dois inimigos da graça: o
antinomismo e o legalismo.
O antinomismo corresponde a aqueles que tinham como filosofia
viver sem regras ou sem princípios morais.
Sobre o antinomismo escreve Champlin:
De
modo mais geral, é aplicado aos fanáticos que se recusam a reconhecer qualquer
tipo de lei, exceto suas próprias noções subjetivas sobre o que é certo. Supõem
tolamente que essas noções subjetivas suplantam toda e qualquer lei, como se
fossem inspiradas pelo Espírito Santo. Além disso, o termo pode ser usado em
sentido bem geral para aludir á ideia que não há leis obrigatórias, e que os
princípios da ética dependem do autointeresse subjetivo
(2014,
p.191).
Já os legalistas eram aqueles que associavam a necessidade da
prática da lei para que houvesse salvação aos cristãos. Por isso, Paulo não
ratifica nenhum destes meios ideológicos, pois ambos anulam a eficácia da
graça. Logo, a graça não serve de desculpa para o pecado e nem omite parâmetros
espirituais.
II – A VITÓRIA DA GRAÇA
O pecado tem poder, logo, o pecado tem domínio, mas a graça
destrói o domínio do pecado e, outorga vida eterna, destruindo o reinado da
morte.
Uma palavra sobre vida
eterna:
1-
É um dom divino. A vida eterna é um presente de Deus para
todos aqueles que receberem a Jesus como único e suficiente Salvador. Promessa
que se cumprirá para todos aqueles que perseverarem até o fim.
Sendo um dom, indica que ninguém será salvo por seus próprios
méritos. A salvação não é por méritos e nem por obras próprias do ser humano,
mas sim pela obra de Jesus Cristo no Calvário. Se por Adão o pecado entrou no
mundo e deixou como herança a morte. Por Jesus vem à reafirmação divina da vida
eterna para todos aqueles que crerem.
2-
Será marcada pela ausência do pecado. Se o mundo
atual que está afetado pelo pecado possui maravilhas, o que será dito quando o
cristão passar a ter o seu corpo glorificado e a viver na nova cidade em que
nela não haverá maldição (Ap 22.3), pois, não haverá mais morte, nem pranto,
nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas (Ap 21.4).
E Deus limpará de seus olhos toda lágrima (Ap 21.4). As lágrimas
enxugadas pelo Senhor indicam o fim da dor. Porque já as primeiras coisas são
passadas, isto é, toda tristeza será substituída pela alegria eterna. A alegria
eterna será identificada pelos seguintes indicadores: a glorificação do crente
e a habitação do tabernáculo divino com os vencedores.
III – OS FRUTOS DA GRAÇA
Os frutos da graça no presente tópico são dois: a graça liberta e
a graça santifica.
A graça liberta o indivíduo do pecado.
A graça liberta o indivíduo do poder do pecado.
A graça liberta o indivíduo da punição do pecado.
A graça liberta o indivíduo da presença do pecado.
A
salvação, portanto, é um processo místico, produzido pelo Espírito que vem
habitar nos homens e ter comunhão com eles. Esse é um produto da graça, já que
a lei jamais poderia proporcionar tal coisa...
Na
graça o indivíduo pode e deve ser santificado, pois, de outra maneira, nunca
poderá ver a Deus (CHAMPLIN, p. 954).
Porém, Deus não abandonou a humanidade. Jesus veio ao mundo, teve
um ministério terreno abrangendo trinta e três anos, morreu e ressuscitou ao
terceiro dia, confirmando suas palavras, sua vida e sua morte. Pois, pela morte
de um, todos têm a oportunidade se justificarem diante de Deus, porque o dom
gratuito de Deus é a vida eterna.
Referência:
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 1. São Paulo:
Hagnos, 2014.
______________. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo:
Hagnos, 2014.
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