Deus é Fiel

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sábado, 9 de abril de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo


Justificação, somente pela fé em Jesus Cristo
Na segunda parte da Epístola o apóstolo Paulo trata-se basicamente das doutrinas bíblicas. Sendo que a doutrina da salvação é analisada de maneira sistemática. A fé é analisada e exemplificada no modelo de vida de Abraão o pai de todos. Portanto, a justificação para se concretizar teve como ponto fundamental, a morte e a ressurreição de Jesus, pois sem a ressurreição de Jesus Cristo não haveria justificação. A ressurreição aprovou as palavras de Jesus, a vida de Jesus e as obras de Jesus. Logo, sem ressurreição não haveria a salvação.
I – A JUSTIFICAÇÃO MANIFESTADA
Para compreender o tema, justificação manifestada, três versículos são necessários para estudo (Rm 3.21,24 e 25).
Mas, agora, se manifestou, sem a lei, a justiça de Deus, tendo o testemunho da Lei e dos Profetas (v.21).
A primeira doutrina fortemente descrita pelo apóstolo Paulo foi à doutrina do pecado. O parágrafo que se inicia em Rm 3.21, demonstra que o apóstolo apresenta uma solução direta para os efeitos negativos do pecado, pois se manifestou, a justiça de Deus. Justiça é um termo muito comum no contexto jurídico. A justiça de Deus se manifestou sem lei, declaração de que a retidão é categoricamente determinante separadamente de qualquer lei (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.369).

Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus (v.24).

A palavra redenção (gr. apolytrosis), é de natureza econômica e é usado por Paulo em um sentido teológico para descrever como Cristo pagou a penalidade requerida por Deus para os nossos pecados (a saber, a morte), entregando a Sua própria vida na cruz. Quando nós aceitamos a Jesus, Ele nos livra do pecado (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.397).
Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus (v.25).
A justiça de Deus foi satisfeita pelo intermédio da morte de Jesus sobre a cruz, tendo como objetivo outorgar a remissão dos pecados para todos os que estavam longe da presença de Deus.
II – A JUSTIFICAÇÃO CONTESTADA (Rm 3.27-31)
Conforme o comentarista a justificação no presente texto se opõe a salvação meritória, ao orgulho e ao antinomismo.
A salvação é mediante a fé em Jesus Cristo, e isto não corresponde ao mérito do indivíduo em ser ou em ter alguma coisa, mas ao fato da obra de Jesus que tem revelado a todos os homens o grande amor divino.  
O orgulho impossibilita as pessoas.
O orgulho impossibilita os indivíduos de se chegarem a Deus.
O orgulho impossibilita as pessoas de agradarem a Deus.
O termo lei tem sua definição do substantivo hebraico torá que significa instrução ou direção. Portanto, a palavra lei transmite a ideia de seta que corresponde com objeto indicar o caminho. A aplicação que se faz da lei é que a lei é uma seta que mostra o Caminho, isto é, a Torá indica para a pessoa de Jesus Cristo que é o Caminho que conduz o ser humano à salvação.
A lei é espiritual (Rm 7.14), pois a mesma é um reflexo moral de Deus. Por isso, a lei instrui, mas ao mesmo tempo a lei intensifica o pecado. A intensificação se dá por ser o indivíduo pecaminoso e apto para as coisas carnais.
A lei também direciona, isto é, o ser humano passa a realizar o que é conforme o querer de Deus. Porém, nas palavras de Jesus a lei e os profetas dependem de dois mandamentos. O primeiro, amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento (Mt 22. 37), e o segundo mandamento corresponde com o amor ao próximo (Mt 22. 39).
Em suma, o amor é a mais nobre de todas as leis; porém, os homens continuam mais a aprendê-la do que a pô-la em prática (CHAMPLIN, p. 759).
III – A JUSTIFICAÇÃO EXEMPLIFICADA (Rm 4.1-25)
Abraão é um dos maiores vultos da história. Dele descendem os judeus e os árabes. Estes últimos por parte de Ismael. De Abrão, pai da altura passou a ser chamado de Abraão que tem por significado pai de uma multidão de nações (Gn 17.5). Foi chamado aos 75 anos de idade (Gn 12.4), teve o nome mudado aos 99 anos de idade (Gn 17.1) e teve o seu filho aos 100 anos de idade (Gn 21.5).
Dentre as características de Abraão três em especial chamam atenção: primeira, foi chamado de amigo de Deus (Is 41.8); segunda característica, é chamado de o fiel Abraão (Gl 3.9) e por fim, como terceira característica, é considerado como o pai de todos nós (Rm 4.16).
Característica do chamado de Abraão. O chamado de Abraão teve características que o diferencia de outros personagens bíblicos.
1.1- Em primeiro o chamado de Abraão foi pela fé (Hb 11.8). Isto indica que o patriarca não andava por vista (2 Co 5.7), mas por ser justo viveu pela fé, pois o justo viverá pela fé (Rm 1.17) e o mesmo sabia que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
1.2- Já em segundo, o chamado de Abraão exigiu a mudança de localidade. A mudança foi de Ur dos caldeus para ir a Canaã (Gn 11.31). A primeira mudança que Deus requer do ser humano ao chamá-lo é que o mesmo mude de atitudes. Atitude é a tendência de uma pessoa em julgar tais objetos como bons ou ruins, desejáveis ou indesejáveis. Portanto, há atitudes que menosprezam o próprio ser das pessoas, tais como atitudes egoístas, que não visualizam a vontade de Deus para si.
1.3- E em terceiro o chamado de Abraão teve um preço a ser pago. A renúncia da terra, da parentela e da casa são demonstrações do preço elevado pago por Abraão (Gn 12. 1). Abraão renunciou a terra natal, o conforto do lar, os amigos, o tradicional estilo de vida, o direito de habitar entre os teus, o direito de ter uma velhice tranquila e o direito de dirigir a sua própria vida. Renunciar é abrir mão de bens pessoais para servir a outros conforme a vontade de Deus.
Os ganhos de Abraão. Deus supre a caminhada. Tal afirmativa é notória na vida de Abraão, pois o mesmo aos setenta e cinco anos era incompleto, em se tratando, da ausência de um filho. Deus chama o patriarca. O patriarca obedece, logo vem o primeiro resultado, o nascimento do filho da promessa.
Porém, antes que a promessa do filho se concretizasse Deus mudou o nome de Abrão para Abraão. Quando o ser humano obedece ao chamado, primeiramente Deus muda o nome do mesmo, retirando todo o significado de dor, sofrimento, angústia e de exaltação, para um nome que indique bênção.
Abraão não ficou preso em um passado esquecido por seus sucessores. Todavia, a experiência de vida de Abraão em conhecer e obedecer ao chamado de Deus para a sua vida fez do mesmo um dos personagens mais ilustre da história da humanidade. A importância do patriarca não estar limita na escrita bíblica, ganhou campo e dimensão gigantesca. Tal dimensão foi conquistada pela obediência ao chamado.
Por fim, a justificação é o elo da salvação que retira a penalidade do pecado. A justificação pode ser entendida em ser:
Salvação dos pecados praticados no passado. Libertação da penalidade ou da culpa do pecado. Um ato da graça. Momentânea. E ocorre enquanto o indivíduo estiver no mundo.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 3. São Paulo: Hagnos, 2014.

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