Deus é Fiel

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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Subsídio para as aulas da EBD – Os benefícios da justificação


Os benefícios da justificação
O capítulo cinco da carta aos Romanos, conforme Richards apresenta oito benefícios pertencentes aos cristãos: paz com Deus (v.1), acesso a Deus e a sua graça (v.2), justificação (v. 9), salvação hoje (v.10), reconciliação (v.11), a capacidade de viver uma vida justa (v.17), o direito a própria vida (v18), e a vida eterna (21).
I – A BÊNÇÃO DA GRAÇA JUSTICADORA (Rm 5.1-5)
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo; pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.  (Rm 5.1, 2).
A expressão, gloria-se, é uma característica peculiar do apóstolo Paulo. O termo, gloriar, pode se referir ao orgulho humano ou satisfação por conquistas, mas o motivo que todo o cristão tem de se gloriar, conforme Paulo é na esperança da glória de Deus (v.2), nas tribulações, pois a tribulação produz paciência (v.3) e gloria-se em Deus, por Jesus Cristo por alcançar nEle a reconciliação (v.11).
Temos paz com Deus (v.1). Ter paz com Deus não corresponde a sentimento de sossego, mas ao estado de reconciliação obtida pelo cristão com Deus. Certo que pelo mérito da obra de Cristo no calvário.
Temos acesso a Deus e a Sua graça (v.2). Este benefício indica que o crente pode chegar à presença do Senhor. Portanto, por meio da oração, elemento da graça, o crente pode se aproximar de Deus, porém, conforme a esperança futura da glória de Deus, em um breve dia os fiéis serão conforme o Senhor (1 Jo 3.2).
O cristão pode se alegrar diante da esperança futura, isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo (v.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação.
A esperança não traz confusão, logo os servos de Cristo não serão envergonhados ou humilhados por causa da esperança, pois ela cumprirá (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.373).
A palavra tribulação pode ser compreendida pelos seguintes termos: frustração, sofrimento, pressão, perseguição, abandono etc...
Jesus não morreu para nos tornar materialmente ricos, para garantir saúde física, ou nos imunizar contra as tribulações durante nossa vida terrena. Jesus morreu para nos dar bênçãos muito mais ricas do que estas! (...)

O sofrimento ajudará a nos proteger do erro de fixar nossas esperanças naquilo que podemos ganhar aqui, amanhã, e não em Deus (...).
Deus pode usar a pobreza e o sofrimento, para manter nossos olhos fixados na riqueza espiritual que já possuímos, e nossas esperanças fixadas nele (RICHARDS, p. 297).
O gloriar nas tribulações segundo Paulo se relaciona diretamente aos resultados desta na vida do cristão:
A tribulação produz paciência, e a paciência, a experiência, e a experiência, a esperança (Rm 5. 3,4).
Através da tribulação Deus desenvolve no cristão a perseverança e o caráter. Pois, caráter é o complexo de características mentais e éticas que marcam e, geralmente, individualizam uma pessoa, grupo ou nação (MUNROE, p.34).
II – AS BÊNÇÃOS DO AMOR TRINITÁRIO (Rm 5.5-11)
Os versículos em análise deste tópico apresentam três benefícios da justificação:
Temos justificação (v.9). Ser justificado é ser absorvido, isto é, é ser declarado justo. Justificação é um termo derivado do grego dikaió, indica que o indivíduo foi declarado justo. Portanto, ser justificado, indica que o cristão foi declarado justo pela obra de Jesus no calvário.
Temos salvação (v.10). Já foi descrito em texto anterior a respeito do poder do pecado na vida do indivíduo que é definido no aprisionar e no condenar. Logo, seremos salvos pela sua vida, não corresponde a algo futuro, mas corresponde ao fato que o cristão alcançou a emancipação do poder do pecado.
Temos a reconciliação (v. 11). A aproximação para com Deus por parte do indivíduo indica que houve mudança de atitude. Ter a reconciliação é saber: Deus, que outrora tinha o pecador como Seu inimigo, agora o considera íntegro (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.374).
III – AS BÊNÇÃOS DA NOVA CRIAÇÃO (Rm 5.12-21)
Os versículos em análise deste tópico apresentam três benefícios da justificação:
Temos a capacidade de viver uma vida justa (v.17). A vida justa indica uma vida sem a condenação do pecado que é a morte. Pois, no governo de Jesus o cristão passa a ser guiado para a obtenção da vida eterna.
Temos a própria vida (v.18). Logo, todos os justificados são livres em Cristo e passam a serem livres da condenação, pois são justificados em Jesus Cristo.
Temos a vida eterna (v. 21). A vida eterna corresponde a uma vida livre da presença do pecado. Isto, porque “as coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1Co 2.9).
Por fim, o cristão não pode em circunstância nenhuma se gloriar em sua própria força, pois os benefícios alcançados pelo crente estão diretamente associados ao agir de Deus na vida de cada indivíduo mediante a obra da salvação realizada por Jesus.
REFERÊNCIA
MUNROE, Myles. O Poder do caráter na liderança como os valores, a moral, a ética e os princípios afetam os líderes. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel Ltda, 2015.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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