Conselhos à permanência
no Amor Fraternal
1- Permaneça a caridade
fraternal. (Hb 13.1).
Na
versão, Nova Tradução na Língua de Hoje, o versículo se apresenta da seguinte
maneira: continuem a amar uns aos outros
como irmãos em Cristo. A permanência no amor fraternal agrada a Deus e
proporciona harmonia ao cristão no lar e na igreja.
A
permanência no amor fraternal conduz a comunidade cristã a receber bem aqueles
que o visita, isto é, torna-se necessário que os cristãos não se esqueçam da
importância da hospitalidade; também, o amor fraternal não deixa que os
cristãos perseguidos venham a cair no esquecimento; ainda desperta aos cristãos
a vivenciarem o amor fraternal no seio familiar; e por fim, o amor fraternal não
outorga lugar à avareza.
A importância da hospitalidade
O
escritor da carta inicia o versículo dois com a seguinte frase: não vos esqueçais da hospitalidade. No original
a palavra grega philoxenia (gr. Φιλοξενίας) tem como significado amar os
estrangeiros. Percebe-se uma motivação citada pelo escritor, porque por ela, alguns hospedaram anjos.
O
termo hospitalidade tem como significado, receber e atender bem pessoas que
façam parte de grupos diferentes.
Paulo expressa que uma das funções do bispo
deverá ser a hospitalidade (Tt 1.8), já na carta aos Hebreus nota-se que esta
função não é limitada aos líderes, mas toda a comunidade cristã tem como dever
hospedar bem os visitantes que chegam à suas casas.
É importante recordar que
embora nossa fé nos convoque a amarmo-nos uns aos outros intensamente, ela
também nos convoca a mostrar hospitalidade para com os estranhos. O amor de
Deus não se limita ao nosso pequeno círculo de amigos. Em Cristo, esse círculo
se expande passando a abranger toda a humanidade
(RICHARDS, p. 508).
Lembrando sempre dos cristãos
perseguidos
Jesus
assim disse aos seus discípulos: e
odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao
fim será salvo (Mt 10.22). Em Roma no período que esta carta foi escrita
havia inúmeros cristãos presos e os cristãos que estavam livres não poderiam de
maneira nenhuma se esquecer dos demais. A perseguição não era apenas visível na
prisão, mas também no maltrato.
A
igreja na atualidade deve lembrar-se de todos os cristãos que estão espalhados
no mundo, principalmente daqueles que estão em lugares em que a perseguição à
igreja ocorre dia e noite.
Na
Ásia e na África há o maior número de ações desenvolvidas pelos anticristãos,
sendo que em 2015 houve 7.100 mortes catalogadas de cristãos. A Nigéria foi o
país que mais matou cristãos com a somatória de 4.028 mortes.
Portanto,
a igreja deve interceder pelos crentes que estão espalhados pelo mundo, rogando
a Deus que outorgue livramentos e que proporcione o crescimento do número de
pessoas salvas em Cristo Jesus.
A fidelidade matrimonial
Na
versão, Nova Tradução na Língua de Hoje, o versículo quatro se apresenta da
seguinte maneira: que o casamento seja
respeitado por todos, e que os maridos e as esposas sejam fiéis um ao outro.
Deus julgará os imorais e os que cometem adultério.
Portanto,
a intimidade do casal não é de maneira nenhuma condenada por Deus, sendo esta
desenvolvida conforme os princípios bíblicos e conforme a natureza em que o
homem foi por Deus criado. Porém, a relações sexuais desenvolvidas fora do
casamento são por Deus proibidas e trarão fortes consequências aos que assim
procederem.
É
importante salientar que os adúlteros são pessoas infiéis aos votos
matrimonias.
O perigo da avareza
A
avareza destrói a herança do crente no Reino de Deus.
Não erreis: nem os devassos,
nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os
ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores
herdarão o Reino de Deus (1 Co 6.10).
A
avareza é característica presente nos indivíduos que são excessivamente
apegados no dinheiro e, por isso, tornam-se mesquinhos e seres humanos que não possuem
a generosidade.
Aqui o autor estabelece um
contraste significativo. Por um lado, uma pessoa pode amar o dinheiro, concentrando
sua atenção nele como uma base para sua segurança. Ou pode concentrar sua
atenção em Deus, e encontrar a base para sua segurança no Senhor (RICHARDS,
p. 508).
O
cristão deverá entender que aqueles que buscam segurança nas coisas materiais
ou no dinheiro sempre estarão descontentes, pois o está contente não depende da
riqueza material, mas da presença de Deus.
Deus
em seu decreto prover o necessário na vida daqueles que são fiéis.
Portanto,
com as seguintes palavras: e, assim, com confiança,
ousemos dizer; o Senhor é o meu ajudador, e não temerei o que me possa fazer o
homem (Hb 13.6), o escritor da carta conclui o primeiro parágrafo do capítulo,
sendo este versículo o complemento das últimas palavras do versículo anterior,
que está escrito: não te deixarei e nem
te desampararei (v.5).
Deus
não desampara os teus (Js 1.5; Is 41.17). Logo, Deus é contigo, confie e espere
nEle.
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