Alegria, fruto do Espírito;
Inveja, hábito da velha natureza
A verdade prática afirma que a alegria, fruto do Espírito, não depende de circunstâncias. Para o pastor Antônio Gilberto: a alegria, como parte do fruto do Espírito, não depende
das nossas circunstâncias exteriores. A alegria espiritual continua, mesmo nas
dificuldades da vida, portanto, trata-se de algo desenvolvido em nosso interior
pelo Espírito Santo (apud GOMES, 2016, p.41).
A presente lição estudará um fruto do Espírito
que corresponde com o relacionamento do cristão com Deus e uma obra da carne
que corresponde com o cristão em seu relacionamento com o próximo.
O relacionamento com Deus quando é espontâneo
produz júbilo. Sendo que a alegria como fruto do Espírito corresponde com o
amor exultante e se manifesta na tribulação (2 Co 7.4). Logo, a alegria está
relacionada com uma vida de comunhão com Deus. Já para Calvino a inveja
corresponde com o tipo de pessoa que se ofende com a excelência de outrem.
I – ALEGRIA, FELICIDADE
INTERIOR
A alegria como fruto do Espírito é um estado
de graça e de bem-estar espiritual que é o resultado da comunhão do cristão com
Deus. A maior alegria que tem o crente é saber que o seu nome está escrito no
Livro da Vida. A presença da alegria no íntimo do cristão não permite que este
tenha inveja do seu próximo.
Portanto, a fonte da alegria é Deus. Deus
está no controle de todas as coisas, logo por seu decreto Deus tem outorgado
alegria para os teus.
A alegria como fruto do Espírito proporciona
comunhão entre os membros da comunidade cristã. Nunca
deve-se esquecer de que uma das maiores influencias na evangelização do mundo é
a visão da verdadeira comunhão cristã, e uma das maiores barreiras à
evangelização é a visão de uma igreja onde a comunhão está perdida e destruída (BARCLAY, 2010, p.77).
E pode ser comparada com a
alegria de quem achou as coisas que se perderam, como o pastor e as ovelhas
perdida (Lc 15.5,7;Mt 18.13); como a alegria da mulher que achou a moeda que
estava perdida (Lc 15.10); como a alegria do pai cujo filho perdido voltou para
casa (Lc 15.32).
Tanto para o homem como para
Deus, a maior de todas as alegrias é a alegria do amor renascido e restaurado,
e a alegria do pastor pelo seu povo não é outra coisa senão a alegria de Deus
(BARCLAY, 2010, p.81).
II – INVEJA, O DESGOSTO PELA
FELICIDADE ALHEIA
O termo presente para definir inveja no NT
grego é zelos. Palavra que ocorre em dois sentidos: positivo e negativo.
No sentido positivo corresponde com cuidado,
tanto o cuidado de Deus para com os teus (Ez 16.37), assim como a paixão por Deus que consome e estimula o homem (BARCLAY, 2010, p.44). O salmista assim escreveu:
o zelo da tua casa me consumiu (Sl 69.9), exemplo que corresponde com o amor do
cristão para com Deus.
Já no sentido negativo o zelos indica
ressentimento amargo e ciumento que torna uma persuasão ao pecado, portanto, o
caracteriza como obra da carne e não como fruto do Espírito.
A existência da inveja no íntimo do cristão
indica que este está sendo conduzido pela velha natureza. A natureza
pecaminosa, também definida como maldita herança herdade de Adão.
Os efeitos da inveja são assim
exemplificados:
A inveja foi responsável pelo assassinato de
Abel cometido por Caim.
A venda de José por seus irmãos.
O decreto criado para condenar Daniel.
Sendo que no NT podem ser citados os
seguintes exemplos:
A inveja dos saduceus (At
5.17);
A inveja dos pagãos (Rm
1.29);
A inveja entre os cristãos
(1 Co 3.3;2Co 12.20);
A inveja, obra da carne
(Gl 5.21);
Inveja entre obreiros (Fp
1.15);
A origem da inveja (1 Tm 6.4);
A inveja, sentimento de
amargura (Tg 3.14) –
(GOMES, 2016, p.53).
III – A ALEGRIA DO ESPÍRITO
É PARA SER VIVIDA
O presente tópico trás três pontos
fundamentais, que são: a alegria no viver, alegria no servir e alegria no contribuir.
A vida oscila, isto é, há momentos que tudo
está bem, porém, há inúmeros momentos que nada está bem. Logo, a alegria no
viver é desfrutar da alegria que não corresponde e nem depende de fatores
externos. O cristão indiferente do que esteja ocorrendo externamente deverá
estar bem com Deus, ato que o proporcionará triunfo sobre as aflições.
A alegria no servir passa a ser o resultado
da comunhão do cristão para com Deus. Servir a Deus não é um martírio e nem um
sacrifício, mas ao contrário é uma honra para aqueles que servem a Deus em
alegria, pois estes tem comunhão com o Senhor.
A alegria deve ser visível também no ato de
contribuir. Alguém contribuir com dízimos e ofertas para que o Evangelho alcançasse
vidas as quais formam o Corpo de Cristo hoje, logo os cristãos de hoje devem
contribuir para que o Evangelho continue sendo pregado para testemunho de todas
as pessoas.
Por fim, o viver a alegria do Espírito é um
presente divino outorgado por meio da comunhão existente entre Deus e o
cristão. E a inveja é uma obra da carne que destrói a comunhão entre as pessoas.
Referência:
BARCLAY,
William. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
GOMES,
Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito, como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada
diariamente. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.
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