Deus é Fiel

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domingo, 8 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: O Perigo das Obras da Carne

O Perigo das Obras da Carne
A verdade prática afirma que oremos e vigiemos para que não sejamos surpreendidos pelas obras da carne.
As obras da carne são resultados da natureza pecaminosa na vida do indivíduo que não é conduzido pelo Espírito Santo de Deus.  Conforme a narrativa Bíblica presente no livro de Gênesis 1.26, o homem foi feito a imagem e semelhança de Deus. Porém, como imagem Deus o homem atualmente poderá se encontrar em uma das seguintes situações: imagem e semelhança de Deus perfeita (neste caso apenas Adão e Eva antes do pecado), imagem deturpada (o homem no pecado), e imagem restaurada (o homem regenerado em Cristo).
O indivíduo como imagem deturpada corresponde a uma vida conduzida para os deleites da carne.
I – A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
Concupiscência corresponde com desejos exagerados. Há a concupiscência dos olhos e da carne, os olhos indicam e desperta a alma a desejar exageradamente aquilo que desagradará a Deus.
Observe como Andrade conceitua a palavra concupiscência:
Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que não se tem direito (ANDRADE, p. 70).
Para Andrade a concupiscência se associa com a sexualidade e se delicia em desobedecer às ordenanças divinas buscando a satisfação nos instintos básicos, como o saciar da fome, do sexo e da segurança.
Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria; pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência (Cl 3.5,6).
...Paulo transmite aos colossenses instruções acerca da conduta correta. Ele afirma em termos negativos e positivos o tipo de vida que Deus deseja que os Seus servos levem. Embora estivessem antes fascinados com as práticas do mal listadas nos versículos 5,8 e 9, os cristãos em Colossos deveriam abandonar tais práticas (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p.549).
Portanto a concupiscência da carne corresponde com desejos por prazeres pecaminosos, já a concupiscência dos olhos corresponde com a ambição ou com o materialismo, enquanto a soberba da vida indica o orgulho em que o indivíduo está mergulhado.
II – A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
Reescrevendo parte do subsídio da lição anterior:
Caráter é a qualidade inerente a um indivíduo e corresponde com o temperamento próprio e a índole de cada pessoa.
Caráter significa:
Ter um comprometimento com um conjunto de valores sem comprometer-se...
Ser dedicado a um conjunto de padrões sem hesitar...
Esforçar-se continuamente para integrar seus pensamentos, palavras e ações...
Fazer sacrifícios para manter os seus princípios...
Ter autodisciplina para manter seus valores e padrões morais (MUNROE, 2015, p.204-211).
A marca distintiva do caráter é a lealdade. Lealdade é o produto da estabilidade criada pelas provações que surgem ao longo do tempo (MUNROE, 2015, p.219).
Para manter o caráter ou a marca em conformidade com Deus é necessário que o cristão tenha comunhão com Deus, logo é necessário que o cristão tenha uma vida de oração, que leia a Bíblia e que jejuem.
III – UMA VIDA QUE NÃO AGRADA A DEUS
O viver na carne não agrada a Deus, pois o indivíduo viverá para a satisfação dos desejos carnais e não para glorificar a Deus.
O viver na carne torna o indivíduo inútil e infrutífero.
Conforme o Evangelho de João 15, os discípulos ao serem comparados com os ramos da videira são hermeneuticamente definidos pela natureza, pela honra alcançada, pelas dificuldades vivenciadas e pela alegria a ser conquistada. São os discípulos comparados a ramos. De fato estes ramos devem ser limpos pela Palavra, e terão como resultados pela comunhão com Cristo a oração respondida e a permanência em Cristo, porém, o grande ganho presente no texto é ser reconhecido como discípulos e amigos de Cristo.
Por fim, o andar na carne além definir os indivíduos como inúteis e infrutíferos, não caracterizaram estes como discípulos e amigos de Jesus Cristo, pois o andar na carne não agrada a Deus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

MUNROE, Myles. O poder do caráter na liderança. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2015. 

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