Deus é Fiel

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Paciência: evitando as dissensões

Paciência: evitando as dissensões
A verdade prática afirma que a paciência, como fruto do Espírito, é um antídoto contra a ansiedade e as dissensões.
A presente lição trará instruções concernentes ao fruto do Espírito que corresponde com o relacionamento do cristão com os outros, a paciência, fruto do Espírito que proporciona ao indivíduo suportar a falta de amabilidade dos outros para consigo; também estudará a respeito da obra da carne que trata de atitudes impróprias para com o próximo, dissensões, obra da carne que aprove pensamento faccioso.
A dissensão tem como objetivo provocar separação na congregação.
I – PACIÊNCIA, ATO DE RESISTÊNCIA À ANSIEDADE
Paciência no grego μακροθυμέω e significa longanimidade, perseverança e firmeza.
Longanimidade define o indivíduo que tem como qualidade grandeza de ânimo, indivíduo corajoso em meio às adversidades e que age em favor de alguém, termo também relacionado com o ato de ser bondoso ou generoso. Perseverança define o indivíduo persistente que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades. Firmeza é o termo apropriado para caracterizar o indivíduo que não duvida dos princípios aprendidos e os colocam em prática.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se (2 Pe 3.9).
Deus não deixou de cumprir nenhuma das suas promessas. Na verdade, o ritmo pausado que Ele adotou é motivado pela paciência. Deus está esperando para estender a oportunidade aos seres humanos, para que se arrependam (RICHARDES, p.528).
A paciência deverá ser uma das virtudes que caracteriza o cristão em meio às tribulações da vida, pois em Cristo deverá ser lançada toda ansiedade, Ele tem cuidado da sua Igreja (1 Pe 5.7).
O profeta Naum escreveu “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele” (Na 1.7). Já o monarca e sábio Salomão assim expressou sobre o dia da angústia: “Se te mostrares frouxo no dia da angústia, a tua força será pequena” (Pv 24.10).
O dia angústia é desenrolado por notícias indesejáveis. Assim ocorreu com o patriarca Jó, pois naquele dia só chegaram a ele pessoas para lhe informar sobre as percas.
A provação do patriarca se resume na palavra perca e elas foram:
A primeira perca foi a dos bens matérias: em questão de segundos o patriarca perdeu toda riqueza.
Quinhentas juntas de bois e as quinhentas jumentas foram tomadas pelos sabeus (notáveis por suas riquezas e por suas mercadorias).
Sete mil ovelhas foram queimadas por fogo que desceu do céu.
Três mil camelos foram tomados pelos caldeus.
Segunda perca foi a morte de seus filhos: antes que o terceiro mensageiro terminasse a mensagem, o quarto já aproximava e transmitia a mais dolorosa de todas as más notícias daquele dia: “a morte dos filhos”.
A terceira foi a perca da saúde: Jó foi ferido com uma chaga maligna da cabeça aos pés.
A quarta perca foi a do incentivo da esposa: as palavras da esposa de Jó foram: amaldiçoa a Deus e morre (Jó 2.9).
Em suma, o dia da angústia é o dia de percas.
Amaldiçoa a Deus e morre, estas palavras da esposa de Jó indica que ela não tinha mais esperança, ou seja, ela não acreditava na mudança da situação. Para ela o certo era que o seu esposo morreria. Ele não resistiria à situação, pois o estado caótico estava se agravando. Mas, o patriarca Jó pensava diferente “sei que meu Redentor vive” (Jó 19.25). Para que o milagre ocorra é necessário que haja confiança nas promessas de Deus.
A esperança de Jó era tão notável que ele permaneceu íntegro ao Senhor mesmo com tantas percas. Pessoas que não são firmes nas promessas em meio às tribulações se afastam de Jesus.
II – DISSENSÕES, RESULTADO DA IMPACIÊNCIA
O termo dissensão no grego é διχοστασία e significa divisão, ficar a parte, separado, ou seja: um estado em que já se foi toda a comunhão, toda a comunidade e toda a fraternidade. É por demais óbvio que semelhante estado é tragicamente comum entre os homens (BARCLAY, p.54).
Barclay disserta que há dissensão: pessoal, de classe, entre partidos, racial, teológica e eclesiástica.
A dissensão eclesiástica corresponde com falta de comunhão entre os membros da congregação. A desunião não é apenas o maior problema da Igreja, mas também o maior pecado da Igreja (BARCALY, p. 55).
Portanto, o cristão deverá evitar o partidarismo, pois este quebra a unidade da Igreja e limita o desfrutar da presença de Deus. E onde prevalece a dissensão não há vencedor, pois um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25).
III – PACIÊNCIA, PROVA DE ESPIRITUALIDADE E MATURIDADE CRISTÃ
Tiago faz alusão da paciência presente na atividade diária do agricultor. O trabalhador do campo espera a estação certa para desenvolver as suas atividades. Assim também deve ser o cristão em não desenvolver atitudes na hora errada. Com paciência o cristão passa a definir escolhas corretas e ações corretas. Conforme o comentário da revista com paciência às dificuldades, privações, inquietações, e o sofrimento serão vencidos.
Em meio às provações não desanime, permaneça firme na presença do Senhor.
Por fim, o crente que não ora, não jejua e não medita na Palavra de Deus não pode alcançar a maturidade cristã (LIÇÕES BÍBLICAS, p.45).
Referência:
BARCLAY, William. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

RICHARDS, Lawence O. O Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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