Bondade que confere vida
A verdade prática afirma que a vida é um dom de Deus e ninguém tem o direito de tirá-la a
não ser o próprio Deus.
A presente
lição tem como palavras-chaves: bondade e homicídio.
A bondade como fruto do Espírito indica que
houve a capacitação divina em transformar o indivíduo em um bom cidadão. Deus
não transforma o homem para ser bom para com uns e mal para com outros. Quando
o indivíduo é transformado pelo Senhor Jesus o Espírito de Deus produz transformação,
ou seja, desenvolve um novo ser, sendo que este novo ser passa a ser bom para
com todos sem discriminação de pessoas.
Já o homicídio corresponde com o tirar a vida
de outrem. É uma obra da carne que corresponde com a ausência do domínio
próprio.
I – BONDADE: O FIMRE
COMPROMISSO PARA O BENEFÍCIO DOS OUTROS
A bondade no grego αγαθωσύνη significa
bondade, retidão e generosidade. O adjetivo αγαθωσ na septuaginta ocorre quase
520 vezes, sendo 100 vezes no Novo Testamento, tendo amplo alcance, pois pode
descrever:
Uma árvore (Mt 7.17). Uma dádiva (Mt 7.11). Um
homem (Mt 12.35). Um escravo (Mt 25.21). Um mestre (Mt 10.7). Terra fértil (Lc
8.8). Consciência de um homem (At 23.1). A vontade de Deus (Rm 12.2). Esperança
cristã (2 Ts 2.16). Frutos e colheitas (Tg 3.17). Palavras e ações (Ef 2.10; 2
Ts 2.17) – (BARCLAY, 2010, p.98).
Para Barclay bondade pode significar:
Bondade em geral. Prosperidade na vida. E pode
ter a ideia de benefício e de generosidade (p.98,99).
O cristão que pratica a bondade é generoso de
mãos e coração, pois a generosidade surge do coração benigno.
A bondade de Deus é visível em seu governo. Através
da providência Deus governa o mundo, suprindo todas as necessidades. Sendo que
a maior prova do amor de Deus é manifestada na doação do Unigênito para a salvação
da humanidade.
A bondade como fruto do Espírito se manifesta
em ações. Ações que garante suprimento para os necessitados.
Quem necessita de um abraço, recebe de alguém
bondoso o abraço que consola.
Quem necessita de incentivo, recebe de alguém
bondoso as palavras desafiadoras que outorgam motivação.
Quem necessita de alimento, recebe de alguém bondoso
o meio necessário para o suprimento da fome.
Por fim, o cristão bondoso sabe desenvolver a
bondade como fruto do Espírito para com os de casa, como o patriarca Jó, e com
os de fora, como procedia a serva de Deus chama Dorcas.
II – HOMÍCIO, A DESTRUIÇÃO
DO PRÓXIMO
A vida é um dom de Deus ao ser humano. Quem
permite ao homem ser pai de gerações é Deus. Portanto, assim, como Ele outorga
vida aos seres humanos é Ele que também determina o fim da vida.
O sexto mandamento do Decálogo deixa claro
dois pontos cruciais: primeiro, a vida e em segundo a morte.
O sexto mandamento abrange temas como guerra,
pena capital, suicídio, aborto e eutanásia.
Os dois últimos merecem atenção por estarem
interligados com projetos de lei de determinados políticos que querem alterar a
atitude da sociedade concernente ao aborto e a eutanásia.
A vida do indivíduo, na sua origem, tem
provocado várias discursões. No encontro
do gameta masculino com o feminino, há a origem de um novo ser. Então não cabe
ao pai, nem a mãe e nem a terceiros a decisão do fim da vida de um novo ser que
está no interior do corpo de uma mãe.
Sobre a eutanásia, não cabe a ninguém
garantir uma boa morte para aqueles que até mesmo estão vegetando. Deus deu
origem, então cabe a Ele tirar a vida das pessoas.
O sexto mandamento também expressa objetivos
no campo religioso, assim como no social, pois o sexto mandamento garante a
vida e proporciona a paz entre as pessoas.
Para Coelho:
Este mandamento refere-se ao
respeito pela vida. Esta é dom de Deus, e não pode ser retirada por outros
homens. Infelizmente, a história da humanidade apresenta um número imenso de
pessoas que assassinaram outras, quer por motivos fúteis, quer por motivos
políticos. Tais pessoas prestarão contas a Deus por seus atos (2013,
p.74).
III – SEJAMOS BONDOSOS E
MISERICORDIOSOS
A palavra misericórdia do substantivo – hesed
(transliteração do hebraico) - corresponde à benignidade, amor firme, graça,
misericórdia, fidelidade, bondade e devoção. Já o substantivo – eleos – presume
necessidade por parte de quem a recebe, e recursos adequados para satisfazer a
necessidade daquele que a mostra. Deus age com misericórdia para com os seres
humanos.
Assim também os cristãos devem praticar a misericórdia
para com o próximo, ajudando os feridos e aos domésticos da fé.
Referência:
BARCLAY,
W. As Obras da Carne e o Fruto do
Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.
COELHO,
Alexandre. DANIEL, Silas. Uma Jornada de
Fé. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
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