Deus é Fiel

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Subsídio para aula da E.B.D: Benignidade: um escudo protetor contra as porfias

Benignidade: um escudo protetor contra as porfias
A verdade prática afirma que a benignidade na vida do crente torna-o uma testemunha do amor de Deus.
A presente lição tem como palavras-chaves: benignidade e porfias. A primeira trata-se de um dos frutos do Espírito, enquanto a segunda corresponde com uma das obras da carne.
A benignidade é amor em ação para com o próximo, pois é a condição que o cristão desenvolve em expressar ternura e gentileza para todos que estão a sua volta, logo, benignidade é a atitude de fazer o bem.
Porfia é o resultado da inimizade. Ou seja, a porfia é indicada pela falta de amor, pela presença de briga, pela oposição e pela luta por superioridade.
I – A BENIGNIDADE FUNDAMENTA-SE NO AMOR
A benignidade no grego χρηστοτηϛ significa bondade, ternura e gentileza. Outorga também como definição prática fazer o que é certo.
Para Horton a benignidade:
(...) é a generosidade que procura ver as pessoas da melhor maneira possível. É compassiva e dá a resposta branda, que segundo disse Salomão, desvia a ira, ou evita explosões de raivas (1993, p.194).
Barclay expõe a benignidade de Deus como atração do pecador para com a santidade divina. Descreve ainda que a benignidade de Deus se expressa: na natureza, nos eventos da história, nos julgamentos e nas instruções.
É uma benignidade que perdoa os pecados do passado e que, mediante o Espírito Santo, fortalece os homens para a benignidade no futuro. Não somente perdoa o pecador; também transforma-o em um homem bom. É por isso que a benignidade de Deus conosco é exemplificada e demonstrada, acima de tudo, em Jesus Cristo (Ef 2.7). A vinda de Jesus Cristo é o ato supremo da benignidade de Deus, e em Jesus Cristo esta virtude é encarnada no ser humano (BARCLAY, 2010, p.96).
A benignidade na prática não faz acepção de pessoas. De fato é fácil amar e fazer o bem para com as pessoas que fazem o bem para conosco, porém, esta benignidade é uma das coisas que o cristão deve vestir como parte da vestimenta da vida cristã (BARCLAY, 2010, p. 96), logo, a benignidade deverá ser praticada em benefício de todos.
A harmonia na prática da benignidade está no que corresponde tratar os outros da maneira como Deus tem tratado cada cristão salvo.
II – A PORFIA FUNDAMENTA-SE NA INVEJA E NO ORGULHO
Porfia no grego έριθεία, palavra que possui como significado, rivalidade egoísta.
Rivalidade que surge das porfias e que se notabiliza pela inimizade. Torna-se visível quando as pessoas são caracterizadas por conceitos elevados, os partidos são mais memoráveis do que a pessoa de Jesus Cristo.
A porfia como pecado invade a Igreja e resulta em destruição.
Nenhum pecado invade a igreja mais comumente do que eris; nenhum pecado destrói mais a fraternidade cristã; mas eris nem sequer consegue penetrar na Igreja, se Cristo for soberano ali (BARCLAY, 2010, p. 43).
O que eu rogo a Evódia e também a Síntique é que vivam em harmonia no Senhor (Fp 4.2).
O desejo de Paulo era que as irmãs vivessem em harmonia, pois não existem vencedores em meio às práticas que definem a porfia. Todos perdem e ninguém ganha.
A falta de mansidão e de humildade proporciona ao indivíduo o palmilhar pela vereda da porfia. Sendo que a origem da ambição está diretamente relacionada com a inveja. O desejo exagerado daquilo que pertence ao outro. Com as atitudes de Arão e de Miriã, irmãos de Moisés, aprende-se que a porfia quando encontra espaço no coração do ser humano resulta em prejuízos para todos os que fazem parte do povo de Deus.
Por fim, a porfia se origina na mente daqueles que destronizaram a pessoa de Cristo de seus corações. E que em suas mentes maquinam a maldade contra todos os demais que fazem a vontade de Deus.
A porfia de palavras ditas pode se transformar em ações dolorosas, como por exemplo: violência física e até mesmo o assassinato de pessoas.
III – REVESTINDO-NOS DE BENIGNIDADE
Enquanto prevalece no diário do cristão a rivalidade egoísta, percebe-se a continuidade da velha vida, logo é necessário que haja santificação.
A santificação como agente diário da vida cristã permite que cada crente seja consagrado e separado para o uso de Deus. A justificação liberta o cristão da pena do pecado, a glorificação libertará o cristão da presença do pecado, sendo que a santificação liberta o servo de Deus do poder do pecado. A porfia demonstra o poder do pecado em destruir, mas a santificação corrobora para a destruição do poder do pecado.
O poder do pecado não permite que as pessoas perdoem umas as outras. Porém, assim como Cristo perdoou cada crente deve perdoar aqueles que lhe ofenderam. Nem mesmo aos inimigos os cristãos deverão negar o perdão, pois quem é nascido de Deus tem como fruto do Espírito a benignidade.
Muitos são os exemplos de pessoas que foram benignas, assim como Paulo. As estas pessoas devem os cristãos da atualidade imitá-las. Sendo benignos para com os que sofrem enfermidades físicas e espirituais. E até mesmo para com os que desenvolvem rivalidade egoísta contra a pregação do Evangelho puro e Genoíno.
Referência:
BARCLAY, W. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2010.

HORTON, S.M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.

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