Deus é Fiel

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Culto de Doutrina: O batismo e a tentação de Jesus

O batismo e a tentação de Jesus
Texto: Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo (Mt 4.1).
É notável na narrativa dos evangelistas que a consagração é o fato em comum entre os acontecimentos, batismo de Jesus e tentação de Jesus. O motivo do batismo de Cristo é justificado para manifestar à Israel a justiça de Deus (Mt 3.15). No batismo Jesus foi consagrado pelo Espírito Santo a desenvolver a obra do Pai. Logo, após o Messias é conduzido pelo Espírito ao deserto, local em que Jesus se consagra por quarenta dias e quarenta noites.
O termo consagração tem como significado separar para o uso, isto é, quando Jesus foi para o deserto para se consagrar, o mesmo, estava se separando para o uso do Pai.
O batismo de Jesus
Há três pontos importantes a se observar no batismo de Jesus: o ministro batizante, o motivo do batismo e a manifestação do Espírito Santo.
1- João o ministro batizante. Para Jesus não tinha aparecido ninguém nascido de mulher que fosse maior que profeta João Batista (Mt 11.11). O nome João significa favor de Deus, o profeta teve o seu nome definido pelo próprio Deus (Lc 1.13).
O nascimento do profeta João foi predito pelo profeta Isaías (Is 40.3). Sendo assim, o ministério profético de João era preparar o caminho do Messias (Mt 3.3). A simplicidade do profeta era notável, pois se vestia de pelos de camelo e cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel silvestre (Mt 3.4).
Ainda hoje, na Arábia, na Etiópia, na Palestina e em outras partes do Oriente, a classe pobre costuma servir-se de gafanhotos como alimento principal. Os antigos hebreus já conheciam esse tipo de alimento (Lv 11.22), que nada tem de insano e pode ser preparado de diversas maneiras (a mais simples consiste me tostar o inseto sobre as brasas depois de ter retirado suas partes duras) – (FILLION, 2016, p. 40).
2- O motivo do batismo. O evangelista João registra assim as palavras de João Batista: e eu não o conhecia, mas, para que ele fosse manifestado a Israel, vim eu, por isso, batizando com água (Jo 1.31).
O batismo de Jesus não define que Ele era um pecador, mas ao contrário confirma que Ele era irrepreensível e santo. Por ser íntegro o Messias desceu às águas para a manifestação da justiça divina (Mt 3.15).
3- A manifestação do Espírito Santo no momento do batismo. Os judeus comparavam simbolicamente o Espírito a uma pomba, por esta ave ser figura de inocência e de amor puro (Ct 1.14), e também de simplicidade (Mt 10.16).
A vinda do Espírito Santo sobre Jesus ratifica as profecias proferidas pelo profeta Isaías:
E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor (Is 11.2).
O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos (Is 61.1).

Portanto, a descida do Espírito Santo sobre Jesus se define na unção e consagração do Messias para o santo ministério.
A tentação de Jesus
Após ser batizado Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo ao deserto para ser tentado pelo diabo, isto é, para ser colocado a prova, ou seja, para ser testado e aprovado. A tentação de Jesus em sua origem se divide didaticamente em três: humanidade, divindade e missão.
1- Tentado a ser saciado. A primeira tentativa de satanás em levar Jesus a pegar foi por meio da necessidade física, pois Cristo estava em consagração e em jejum, abrangendo um período de quarenta dias e quarenta noites, logo o mestre estava com fome.
As necessidades físicas são sempre utilizadas pelo inimigo para levar pessoas a se corromperem. Portanto, o inimigo em suas ciladas desperta a ganância no íntimo do ser humano para que este venha a desejar a posse de bem matérias ao ponto de passar por cima de tudo e de todos.
Em sua humanidade Jesus foi tentado, mas venceu a satanás dizendo: nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt 4.4).
2- Tentado a ser notado. A segunda ação do inimigo foi em tentar Jesus a ser notado pelos anjos. Quantos são tentados a serem notados? Quantos são ativos em suas ações para serem notados? Tudo que o cristão desenvolve na obra de Deus deverá ser para honra e glória de Deus.
Em sua divindade Jesus foi tentado, mas venceu a satanás dizendo: não tentarás o Senhor, teu Deus (Mt 4.7).
3- Tentado a ser celebrado. Por terceiro, satanás tenta a Jesus no que corresponde ao possuir poder. A busca do poder passou a ser notório nas repartições públicas e até nas repartições religiosas em que pessoas fazem de tudo para possuírem o lugar do outro.
Em sua missão Jesus foi tentado, mas venceu a satanás dizendo: ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás (Mt 4.10).
Para concluir, percebe-se que satanás utilizou a Palavra de Deus para tentar a Jesus, logo a mera utilização da Bíblia nem sempre indica a vontade de Deus. O mestre passou por todos os graus da tentação para socorrer aos que são tentados (Hb 2.18). Jesus foi tentado, porém sem pecado. Somente quem não se rendeu ao pecado pode conhecer a intensidade total da tentação. Jesus não se rendeu à tentação (ALLEN; RADMACHER;HOUSE, p.645). As lições que se aprendem no que corresponde ao batismo e a tentação de Jesus é que sempre os cristãos deverão fazer a vontade de Deus.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus: a nação de Jesus, Cristo antes da encarnação e a vida oculta de Jesus – Volume 2. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.

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