Deus é Fiel

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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

A família de Jesus


Texto: E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos pretendendo falar-lhe.  E disse-lhe alguém: eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te (Mt 12.46,47).
Jesus foi criado em Nazaré (Lc 4.16), e como toda criança teve uma infância e vivenciou todos os costumes religiosos normais às famílias do seu período. Provavelmente ao ir a Sinagoga vestia o seu talit e via a sua mãe se cobrindo com um véu branco.
A família nuclear de Jesus era composta por José, Maria e filhos. Na narrativa Bíblica percebem-se as características de cada membro desta família que serve de modelo e aprendizagem para o que os cristãos agiam corretamente diante de Deus conforme os decretos.
Os pais de Jesus
Conforme o evangelista Mateus o pai adotivo de Jesus estava desposado com Maria (Mt 1.18), quando percebeu que ela estava grávida e por não querer infamá-la, intentou abandoná-la. Porém, em sonho um anjo do Senhor assim lhe disse: não temas receber a Maria tua mulher (Mt 1.20).
José e Maria estavam unidos a um pacto de noivado, sendo que neste período histórico o homem e a mulher deveriam manter a fidelidade um ao outro. Mas, José percebeu que Maria estava grávida, algo que lhe despertou o sentimento de ter sido enganado.
1- José o pai adotivo de Jesus. A pessoa de José é definida pelo temor ao Senhor, por ser um homem justo (Mt 1.19), e por ser dedicado ao ofício, tendo como atividade profissional a carpintaria (Mc 6.3).
José ao aceitar a Maria logo após um sonho, nota-se que este homem tinha o temor do Senhor e conhecia os planos de Deus para com a Nação de Israel.
Como pai guardião de Jesus, ele o levou a Jerusalém para que o Messias fosse apresentado, fugiu para o Egito para proteger a criança e levou o Messias para Jerusalém no período dos festejos da páscoa (Mt 2.13; Lc 2.22;41).
2- Maria a mãe de Jesus. A pessoa de Maria pode ser definida pela palavra do Anjo: salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres (Lc 1.28). Logo, Maria era uma mulher muito abençoada e Deus estava com ela, fato que corrobora que esta mulher procedia com santidade diante do Senhor.
Maria, como todos os mortais, foi alvo da graça de Deus, e não uma concessora desta. Ela desempenhou um papel fundamental, da mesma forma que João Batista recebeu um chamado especial. Maria foi simplesmente agraciada por Deus (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p. 146).
Que reação diferente esta simples camponesa tem, provavelmente ainda muito jovem, em comparação com a reação de Zacarias, que ficou profundamente abalado e apavorado pela presença de Gabriel.
Nada disso é uma crítica a Zacarias. A sua reação ao aparecimento de Gabriel é compreensível, e Lucas o descreve como irrepreensível (alguém que vivia em completa concordância com a lei mosaica). O que o contraste nas reações realmente faz é resultar no louvor de Maria, e nos lembrar da simplicidade e da sinceridade de sua fé no Senhor – simplicidade e sinceridade cujo exemplo bem poderíamos seguir (RICHARDS, 2008, p. 134).
Por fim, Jesus conforme escreveu o evangelista Mateus era o filho primogênito de José e Maria (Mt 1.25).
Os irmãos de Jesus
Jesus era o primogênito de José e Maria, cujos irmãos eram Tiago, José, Simão e Judas (Mt 13.55,56). Com base em dois versículos percebe-se a relação dos parentes de Jesus (provavelmente os seus irmãos) com o seu ministério (Mc 3.21;Jo 7.5).
E, quando os seus parentes ouviram isso, saíram para o prender, porque diziam: está fora de si (Mc 2.21).
É certo que não foram até ali a fim de atrair a atenção do povo, dizendo: “somos parentes deste grande e famoso homem”. Pelo contrário, queriam livrá-lo de sua própria “insanidade”, bem como das ameaças das autoridades. A intenção dos parentes de Jesus, apesar de errada, era pelo menos honesta. Esse episódio da vida de Jesus ilustra quão pouco a sua própria família o compreendia, e também quão pouco compreendia a sua missão (FILLION, 2016, p. 228,229).
Portanto, os irmãos de Jesus não compreendiam a sua missão, esta é a primeira conclusão que se chega ao que corresponde a relação de Jesus com os seus irmãos.
Porque nem mesmo seus irmãos criam nele (Jo 7.5).
O tom é sarcástico, como é indicado pela observação de João de que nem mesmo os irmãos de Jesus criam nele (7.5). Muitos daqueles cujo objetivo é glorificar a Deus encontrarão, de vez em quando, outras pessoas que questionam seus motivos (RICHARDS, 2008, p. 215).
Apenas depois da ressurreição de Jesus que os seus irmãos passaram a acreditar na sua mensagem. Tiago e Judas escreveram cartas que são importantes e fundamentais para o crescimento espiritual dos servos de Deus.
A família de Jesus era uma família comum como as demais famílias da cidade de Nazaré, porém, desta família surgiria à restauração para a humanidade. Desde o pai adotivo guardião até os irmãos que desconheciam a missão messiânica, percebe-se a importância da família para a preparação intelectual, social e principalmente espiritual das crianças.
Referência:
ALLEN, Ronaldo B. RADMACHER, Earl D. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus: a nação de Jesus, Cristo antes da encarnação e a vida oculta de Jesus – Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2016.
RICHARDS. Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

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