Apocalipse capítulo: 4 – João arrebatado em espírito
O quarto capítulo de
Apocalipse está dividido em dois parágrafos. O primeiro parágrafo abrange os
versículos 1 ao 8, já o segundo parágrafo abrange os versículos 9, 10 e 11.
O primeiro
parágrafo
Possui como divisão
explicativa: João foi arrebatado em espírito ao céu, o que estava assentado
sobre o trono era na aparência semelhante à pedra de jaspe e de sardônica, os
vinte e quatro anciãos, diante do trono havia um como mar de vidro e os quatro
animais.
1- João foi arrebatado em espírito. O evangelista João inicia o capítulo com as seguintes
palavras: “depois destas coisas”, o que corresponde ao novo contexto da
narrativa apocalítica, isto é, aos fatos futurísticos. Já a descrição “uma
porta aberta no céu” define o livre acesso que o apóstolo teria na compreensão
da revelação divina.
Há três portas até
então na escrita do evangelista João corresponde com: a porta missionária,
oportunidade para a propagação do Evangelho pela igreja de Filadélfia (Ap 3.8);
com a porta da salvação, aos crentes da igreja de Laodicéia (Ap 3.20); e, por
fim, com a porta da revelação, aberta no céu.
2- O que está assentado no trono. A aparência do que estava assentado no trono é
comparado à pedra de jaspe e a de sardônica. A presente comparação descreve a
santidade e a retidão de Deus. Deus é santo, descreve que em Deus não pecado.
Deus é reto, corresponde com ação divina em manter-se firme nos seus desígnios
para com a criação.
3- Os vinte e quatro anciãos. A numeração corresponde aos 12 patriarcas de Israel e
aos 12 apóstolos. Os primeiros representam os salvos no período da Antiga
Aliança, enquanto os últimos indicam os salvos na Nova Aliança.
4- Um mar de vidro. Significa povos e nações, por estarem diante do trono correspondem aos
salvos que lavaram as suas vestes no sangue do cordeiro.
5- Os quatro animais. A semelhança dos quatro animais desperta curiosidade,
pois:
O primeiro é
apresentado com semelhança de um leão, o que indica, para alguns estudiosos, o
Evangelho de Mateus que apresenta Jesus como o Leão da tribo de Judá, o leão é
o mais exaltado dos animais selvagens.
O segundo animal é
semelhante ao bezerro que descreve humildade, porém é o mais exaltado dos
animais domésticos, e representa o Evangelho de Marcos.
Já o terceiro animal
é semelhante ao homem, definitivamente representa o Evangelho de Lucas, em que
Jesus é apresentado como o Filho do Homem, logo o homem é o mais exaltado de
toda a criação.
Por fim, o quarto
animal é semelhante à águia, que representa o Evangelho de João, que nas
narrativas joanina Jesus é apresentado em superioridade a tudo e a todos, sendo
que a águia é a mais exaltada entre as aves.
O
segundo parágrafo
O segundo parágrafo
descreve o ato da adoração que é dividia em duas partes: a adoração dos quatro
animais e a adoração dos vinte e quatro anciãos.
1- A adoração dos quatro animais. A adoração dos quatro animais se caracteriza por dar
glória, honra e ações de graças ao que vive para sempre. Ou seja, adoração que
reconhece a eternidade de Deus.
2- A adoração dos vinte e quatro anciãos. Caracteriza-se por ser desenvolvida por uma ação de
plena submissão, prostravam-se, e lançavam as coroas diante do trono, isto é, o
reconhecimento da vitória como proveniência da ação daquEle que está assentado
sobre o trono.
Em suma, o capítulo
quatro trata-se do início das coisas que depois destas hão de acontecer (Ap
1.19), ou seja, o presente texto descreve as temáticas escatológicas e
transmite lições referentes ao arrebatamento e a nova vida dos salvos em corpo
glorificado.
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