Nossa luta
não é contra carne e sangue
O texto áureo da
presente lição se divide em três partes: a primeira parte descreve o que não
corresponde à origem das armas de nossa milícia, não são carnes; já a segunda
parte, caracteriza estas armas em serem poderosas em Deus; e, na terceira
parte, Paulo descreve o efeito das armas que é positivo, destruir as
fortalezas.
Portanto, a presente
lição tem como objetivo geral:
E como objetivos
específicos:
Destacar
a inclusão do tema, “nossa luta não é contra carne e sangue”, no final da epístola.
Salientar
que o crente depende exclusivamente de Deus.
Mostrar
que a nossa luta é contra os poderes das trevas.
I – A
TENTAÇÃO
A carta aos Efésios é
dividida em duas partes: a primeira parte é de âmbito teológico, já a segunda,
de cunho prático.
Na primeira parte de
amplitude teológica (cap.1-3), a ênfase paulina se dá nas doutrinas centrais da
fé cristã, que são:
Ø O plano de Deus para a humanidade (1.3-23).
Ø A salvação pela graça (2.1-22).
Ø A multiforme sabedoria de Deus em vocacionar pessoas.
Ø E conclui com a descrição da prática da oração
(3.1-21).
Paulo
se refere à Igreja como o Corpo de Cristo, e não como uma igreja local
específica. E, se as cartas aos Coríntios estão repletas de problemas na
congregação local, em Efésios essas alusões não aparecem de modo algum (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.501).
Já na segunda parte de
cunho prático, o apóstolo Paulo descreve como as verdades espirituais devem
refletir na conduta cristã (cap.4-6). E são:
Ø A unidade da fé mediante a diversidade dons dons
(4.1-6),
Ø A nova vida com Cristo (4.7-5.21).
Ø O bom relacionamento com Jesus e com a família
(5.22-6.9).
Ø E por fim, a armadura espiritual do cristão (6.10-20).
Portanto, o presente
tópico tem como versículo chave, Ef 6.10: No demais, irmãos
meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Fortalecei-vos
também poderia ser traduzido por sede feitos fortes. A voz passiva do verbo no
original grego sugere que nós mesmos não podemos fazer isso; só podemos ser
fortalecidos pela graça do Senhor em nós, por meio de nossa fé que coopera com
Ele (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.514).
Portanto, Deus é a
fonte de toda força e poder, elementos que são outorgados aos cristãos mediante
a graça.
II –
DEPENDÊNCIA DE DEUS
Revesti-vos
de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas
ciladas do diabo (Ef 6.11), este é o versículo chave para compreender o
presente tópico, pois:
Toda
a armadura de Deus é a proteção do cristão contra o mal e o maligno. Paulo usou
a armadura usada pelo soldado romano em combate como uma alegoria da proteção
espiritual que o cristão desfruta, tendo a salvação, a justiça, o evangelho e a
Palavra, a fé, a paz como poderosas armas à sua disposição para combater o bom
combate e vencer.
Ciladas
do diabo são truques sutis de Satanás para enganar e enredar os cristãos na guerra
espiritual (2 Co 11.3). (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, 2013, p.514).
Se a armadura é de
Deus, logo, somos dependentes do Senhor, sendo que com a armadura de Deus teremos
a condição espiritual para vencer as ciladas do diabo.
III –
CONTRA OS PODERES DAS TREVAS
Porque
não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim contra os principados,
contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais (Ef
6.12).
O presente versículo
nos ensina que não temos que lutar contra carne e sangue, isto é, a batalha
cristã não é humana, pois não é contra pessoas, mas contra os principados
[...], ou seja, nossa batalha é contra seres espirituais demoníacos que habitam
nos lugares celestiais, sendo então uma luta espiritual.
A armadura espiritual
é composta por:
Cinturão da verdade:
que corresponde com a sinceridade e honestidade como prática da vida cristã.
Couraça da justiça:
que corresponde com a prática da justiça desenvolvida em uma vida justa.
Pés equipados com o
evangelho da paz: o evangelho proporciona paz, pés equipados com o evangelho da
paz, indica a propagação da mensagem pacífica que proporciona salvação em
Cristo Jesus.
Escudo da fé:
corresponde à fidelidade a Deus e a esperança em Deus.
Capacete da salvação:
isto é, a nova vida em Jesus possibilita uma nova identidade.
Espada do Espírito: parte
da armadura que corresponde com a Palavra de Deus.
Por fim, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e
vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos (Ef 6.18).
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
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