Quem domina a
sua Mente
A verdade prática
corrobora para com a aprendizagem da lição ao enfatizar que os substantivos:
mente, sentimento e entendimento pertencem à esfera do intelecto. No que tange
ao tema, quem domina a sua mente, compreende que por causa do
pecado, há tendência de o ser conduzido pelos poderes malignos (Ef 6.10-13),
condições que só pode ser alterada por Jesus Cristo, que nos leva das trevas
para a luz (1Pe 2.9). Os que vivem em Cristo têm sua mente reconciliada com
Deus (Cl 2.2.) (SOARES &
SOARES, 2018, p.86).
Portanto, a presente
lição tem como objetivo geral:
Mostrar
que o seguidor de Jesus tem a mente de Cristo.
E como objetivos
específicos:
Explicar
a epístola aos Filipenses.
Expor
o conceito da expressão “mente de Cristo”..
I – SOBRE
A EPÍSTOLA DE AOS FILIPENSES
Abaixo segue o
comentário escrito para o material do curso básico de teologia do SETEBLIR
(Seminário Teológico Batista Livre Renovada):
A carta em apreço
revela à igreja hodierna a importância do amor entre os cristãos e também dos
membros para com os obreiros, e de fato enfatiza as medidas comportamentais que
a igreja deverá ter para enfrentar as hostilidades do inimigo. Lembrando que os três inimigos da igreja são:
o diabo, a carne e o mundo.
A cidade de Filipos
era uma cidade importante pelo seu passado e pelo majestoso presente que
vivenciava nos dias do apóstolo Paulo. A importância correspondente ao passado
está na sua fundação, isto é, foi fundada por Felipe II rei da Macedônia no ano
de 356 a.C. E no que corresponde ao presente a cidade de Filipos era majestosa
pois localizava próxima a minas de ouro.
A Igreja em Filipos ganha
dimensão no lar da irmã Lídia. Paulo de fato encontrou muito obstáculo para
pregar o evangelho em Filipos, porém, após conduzir uma pessoa a Cristo as
portas da evangelização se abriram. No contexto da evangelização a obra se
inicia com a conversão de alguém, que é edificada em Cristo, e após torna-se um
multiplicador, ou seja, frutifica e assim a obra se estende.
Para que haja
crescimento quatro palavras são importantes: conversão, edificação,
frutificação e extensão. Logo, a evangelização iniciou – se com a conversão de
Lídia que foi edificada e deu frutos e a obra se estendeu na cidade de Filipos.
Paulo se demonstra
grato a Deus pela igreja de Filipos pelos seguintes motivos: a igreja era
presente na aflição do apóstolo e a igreja era sensível à vontade de Deus.
Por tais motivos o
apóstolo ora pela igreja de Filipos, e pede em favor dos mesmos:
Ø O aumento do amor,
Ø Da ciência e do conhecimento,
Ø Que a igreja desfrutasse das coisas excelentes e não
viesse a ser escândalo.
Ø E que fossem cheios dos frutos da justiça (SILVA,
2015, p. 12,133).
II –
SOBRE A “MENTE” NO CONTEXTO BÍBLICO
O termo grego, νους,
traduz para o português a palavra mente e pode definir:
A mente
(entendimento) como centro das emoções, o centro dos pensamentos e dos sentimentos.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados
pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável, e perfeita vontade de Deus (Rm
12.2).
Descreve também a
situação de alguém que possui habilidades desenvolvidas pelo entendimento, isto
é, o intelecto e o saber. Porque, se eu orar
em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem
fruto. Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o
entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento (1 Co 14.14,15).
Relaciona-se a
pensamentos, conselhos, propósitos e opiniões. Por que
quem compreendeu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?
(Rm 11.34).
III –
SOBRE A MENTE DE CRISTO
O presente tópico
enfatiza a respeito da alegria que era nítida na vida dos membros da comunidade
cristã em Filipos. E sobre esta alegria podemos aprender que:
Em meio
ás dificuldades, a todas as situações, os cristãos devem regozijar-se. A alegria
deles não deve ser baseada em circunstância favoráveis; em vez disso, deve ser
fundamentada em seu relacionamento com Deus. Os cristãos enfrentarão
tribulações neste mundo, mas devem regozijar-se nas provações porque sabem que
o Senhor as usa para aperfeiçoar o caráter deles (Tg 1.2-4). (RADMACHER;
ALLEN; HOUSE, 2013, p.535).
[...] A
alegria, uma graça produzida em nós pelo Espírito Santo (Gl 5.22), pode ser
experimentada na tribulação, e apesar dela. A alegria que nós cristãos sabemos
que nos aguarda, de alguma forma projeta-se do futuro escatológico para nosso
presente, e assim conhecemos a alegria (RICHARDS, 2008, p. 79).
Portanto, a alegria
do cristão não está associada à pacificidade na vida, pois mesmo na tribulação
o crente possui a verdadeira alegria que o conduz a permanecer firme na
presença do Senhor, outorgando força para pelejar na batalha espiritual.
Referência:
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo
comentário Bíblico Velho Testamento. Rio
de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.
RICHARDS.
Lawrence O. Comentário
Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
SILVA,
Andreson Côrte Ferreira da. Org. SILVA, Roberto Santos da. Seminário Teológico
Batista Livre Renovado formando obreiros visionários: Introdução ao Novo Testamento. Goiânia: Mundial Gráfica, 2015.
SOARES & SOARES. Batalha Espiritual: o povo de Deus e a guerra contra as potestades do
mal. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.
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