Deus é Fiel

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terça-feira, 30 de abril de 2019

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo 15 – Os setes anjos e as sete últimas pragas


Apocalipse capítulo: 15 – Os setes anjos e as sete últimas pragas
O capítulo 15 de Apocalipse está dividido em três parágrafos, sendo que o primeiro corresponde com a visão de João no que se refere aos setes anjos e as últimas sete pragas, e trata especificamente da ira de Deus, já o segundo parágrafo corresponde com a adoração dos que venceram a besta e estes cantavam o cântico de Moisés e o do Cordeiro, por fim, o terceiro parágrafo corresponde com a abertura do céu e a visão do templo do tabernáculo do testemunho, saindo do templo os sete anjos para executar a missão em lançar as sete pragas que estão descritas no capítulo seguinte.
A ira de Deus (v.1)
Definida como descontentamento de Deus perante a prática pecaminosa e a maldade desenvolvida pelos homens em seus delitos, pode ser compreendida também como punição divina aos homens pelos erros cometidos. Por ser definida como punição compreende que a ira de Deus envolve retribuição, correção e vindicação.
A ira de Deus permite aos homens compreenderem a natureza do Senhor, conforme a sua santidade. Deus é santo, logo a santidade do Senhor condena aos que praticam a maldade.
Conforme escreveu Isaías (5.24,25), percebe-se que a ira de Deus se concretiza mediante a rejeição dos homens à Palavra do Senhor.
Por isso, como a língua de fogo consome a palha, e o restolho se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do Senhor dos Exércitos, e desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por isso se acendeu a ira do Senhor contra o seu povo, e estendeu a sua mão contra ele, e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, e os seus cadáveres se fizeram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás a sua ira, mas a sua mão ainda está estendida.
Verdade que se notificará no período da Grande Tribulação.
O cântico de Moisés e o cântico do Cordeiro
Descreve a unidade das alianças do Antigo e do Novo Testamento.
No Antigo Testamento Deus elegeu a Israel como nação, porém ao patriarca Abraão o Senhor disse que seus descentes passariam por um período de anos em uma terra estranha, mas ao cumpri este período os hebreus voltariam à terra prometida. Entretanto, a saída de Israel do Egito foi basicamente à manifestação do poderio divino, logo o cântico de Moisés se refere aos israelitas libertos por Deus não apenas uma referência a êxodo do Egito, mas em suma uma referência com a salvação de inúmeros israelitas por se converterem ao Senhor Jesus.
Já o cântico do Cordeiro se refere ao cântico da redenção. Em Cristo Jesus o homem que se aproxima de Deus tem seus pecados perdoados e este recebe do Senhor a promessa eterna.
O templo do tabernáculo
Tabernáculo (gr. Σκηνης) cabana ou tenda. Na Antiga Aliança era uma tenda portátil, também definido como lugar de culto a Deus, sendo assim símbolo da presença de Deus entre o seu povo. Neste período a tenda era caracterizada em ser o santuário do Senhor (Êx 25.8), também chamado de tabernáculo do testemunho (Êx 38.21), e por fim, em ser o lugar do perdão.

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo 14 – O Cordeiro e o início do julgamento


Apocalipse capítulo: 14 – O Cordeiro e o início do julgamento
O capítulo 14 de Apocalipse está dividido em sete parágrafos que tratam da apresentação do Cordeiro no monte Sião, dos três anjos e o juízo de Deus, da bem-aventurança dos que morrem no Senhor, e a respeito do lançamento da foice do julgamento.
O Cordeiro no monte Sião (vv.1-5)
 Cento e quarente e quatro mil judeus serão preservados no período da Grande Tribulação, sendo estes vistos por João na revelação do capítulo quatorze ao vê o Cordeiro no monte Sião, ou o monte ensolarado, que prefigura o lugar escolhido por Deus para ser a sede do reinado milenar de Jesus Cristo.
Portanto, a descrição de João no primeiro versículo tem como descrição significativa o início dos julgamentos de Jesus Cristo e a implantação do milênio.
É necessário compreender que os cento e quarenta e quatro mil não se contaminaram com mulheres (v.4), o que pode ter significado espiritual, pois o no mesmo capítulo o evangelista relata da Babilônia como dispersora do vinho da prostituição, isto é, prostituição religiosa.
Os três anjos e o juízo de Deus (vv.6-12)
O primeiro anjo anuncia o juízo (v.7), o segundo relata do juízo sobre a Babilônia, e por fim, o último anjo anuncia o juízo como a condenação eterna para os que possuem a marca da besta.
O Evangelho anuncia o juízo eterno de Deus, pois o termo evangelho significa boas novas, porém aos que rejeitarem as boas novas terão o castigo de Deus. Compreende-se que a justiça de Deus se manifesta na justificação e na condenação, sendo a justificação para os que se aproximarem do Senhor, enquanto aos que conviverem em práticas pecaminosas sobrevirá a condenação eterna.
Babilônia no presente livro corresponde com a representação do sistema político, religioso e econômico que se instalará no período mais sombrio da história da humanidade, a Grande Tribulação.
Aceitar a marca da besta no período da Grande Tribulação é assinar a própria condenação no fogo e enxofre, sendo que a fumaça do tormento sobe para todo o sempre e não há repouso para os que ali forem julgados e condenados (v11).
Bem-aventurança aos que morrem no Senhor (v.13)
Morrer no Senhor é a garantia da salvação, porém morrer na presença do Senhor no período da Grande Tribulação além de ser a garantia da salvação eterna, também será o descanso dos trabalhos, ou seja, descanso dos dias maus.
Ser bem-aventurado é ser bem-sucedido, o que corresponde em ser feliz.
O lançamento da foice do julgamento
Os eventos citados no presente capítulo são demonstrações diretas do fim da grande tribulação que será corroborada com a sequência de julgamentos perorados com o armagedon.
Lembrando que a besta que subiu do mar como representante da política suja deste mundo no período sóbrio sofrerá a condenação sem direito ao último julgamento. Já no caso do falso profeta, a besta que subiu da terra, que é a representação de toda religiosidade suja surgida desde as narrativas de Gênesis aos dias da ocorrência do Juízo Final, entre a maldade, violência, corrupção e em destaque a idolatria, também será condenada sem direito ao último julgamento.
Em suma, é importante notar que estes (o anticristo e o falso profeta) inaugurarão o lago de fogo e enxofre (Ap 19.20), descrevendo o fim da Grande Tribulação e instauração do Milênio.

domingo, 28 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: A Pia de Bronze: Lugar de Purificação


A Pia de Bronze: Lugar de Purificação
O ponto central da lição é levar-nos a compreender que fomos chamados a viver uma vida de pureza. Logo, a palavra santificação será chave para entender o sentido real e prático da vida do cristão que é separado exclusivamente para o uso de Deus.
Entretanto, conscientizar sobre a importância da pureza espiritual é o objetivo geral da presente lição que tem como objetivos específicos:
Conceituar a Pia de Bronze.
Refletir acerca da Pia de Bronze e sua relação com a limpeza e a pureza espiritual.
Destacar os dois aspectos dos ritos de lavagem dos sacerdotes.
Lembrando que a Pia de Bronze corresponde em efeitos práticos com o coração purificado (Hb 10.19,22), sendo o utensílio que apresenta Jesus como o purificador.
I – A PIA DE BRONZE: A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE
A água é o elemento fundamental para purificar aqueles que estão sujos e que precisam ser limpos pela Palavra, daí o texto áureo ratifica categoricamente esta verdade: Vós estais limpos pela Palavra que vos tenho falado (Jo 15.3).
Em pleno deserto o povo de Israel conseguia água para ser usada na Pia de Bronze o que para alguns estudiosos do tema esta água era retirada da rocha de Horebe, sendo que os sacerdotes ao ministrarem no Altar do Holocausto deveriam se lavar.
Porém, as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo Altar de Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus têm o poder de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e purificada [...], tudo quanto fazemos em nosso dia a dia precisa passar pela limpeza para que, quando chegar o juízo para recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras (CABRAL, 2019, p.60).
Se o sacerdote não se lavasse poderia morrer, fato que se aplica nos dias hodiernos com a Igreja de Jesus Cristo, se o cristão não se santificar poderá morrer espiritualmente.
O termo santificação permite compreender que o impuro é separado para o uso de Deus, ou seja, o que não prestava torna-se por meio da santificação reabilitado para o uso divino. Exemplo claro é o personagem Abraão que morava no meio de um povo impuro e idólatra (Js 24.2,3), logo foi separado para ser pai de uma multidão de nações (Gn 17.5).
O processo de santificação dos israelitas se iniciava com o amor. Verdade que corrobora com a ética no sentido vertical, isto é, o relacionamento do indivíduo com Deus é desenvolvido na ótica do amor divino, portanto nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).
A dedicação dos sacerdotes ao serviço no qual foram vocacionados define a santificação progressiva. A santificação progressiva é o processo da santificação no qual o indivíduo reconhece os seus pecados e a cada dia si consagra ao Senhor. Processo que se dava na meditação diária da Lei do Senhor, na prática da oração e na comunhão.
II – A PIA DE BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
A santificação didaticamente pode ser compreendida na narrativa Bíblica nos três tempos: pretérito, presente e futuro. A santificação pretérita corresponde com a santificação definitiva no que se trata com a obra de Cristo, a santificação no presente corresponde com a santificação progressiva, isto é, a santificação que se desenvolve no decorrer do dia a dia, e a santificação futura corresponde com a glorificação do cristão que se dará no céu.
A santificação pretérita tem início no começo da salvação do cristão. E esta santificação só é possível graça a ação divina em doar o seu único filho para salvar a humanidade (Jo 3.16).
Já a santificação presente é aquela que se dá constantemente. Conforme os Escritos Sagrados à santificação se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.18). Também se dá mediante a palavra de Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Também se dá mediante uma vida de oração, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Assim também como no frequentar a igreja, pois na congregação os santos se reúnem para louvarem a Deus, buscarem a face de Deus e aprenderem de Deus mediante o ensino da Escritura Sagrada.
Por fim, a santificação futura que se inicia na aceitação do cristão a Cristo, porém tem o seu clímax e perfeição no retorno de Jesus para buscar a igreja, isto é, no arrebatamento.
O Altar do Holocausto corresponde com a santificação pretérita e a Pia de Bronze com a santificação progressiva.
III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES
Dois elos da salvação estão presentes no tópico em apreço: regeneração e santificação.
A santificação já foi analisada no tópico anterior, logo é cabível observarmos à regeneração que do grego παλιγγενεσία significa novo nascimento, ou reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada.
Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.
O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: O Altar do Holocausto


O Altar do Holocausto
A verdade prática da presente lição ratifica a mensagem dos Evangelhos escritos por Mateus, Marcos, Lucas e João: Na cruz, o Senhor Jesus Cristo purificou-nos de todos os pecados, tornando-nos aceitáveis diante de Deus.
Para que o ser humano viesse a ter oportunidade de se chagar a Deus foi necessário que o Verbo se fizesse carne e habitasse entre nós, porém na Antiga Aliança o Altar era a demonstração direta da manifestação da justiça e do amor de Deus.
Neste altar, eram oferecidos holocaustos, que eram ofertas voluntárias que tinham por objetivo alcançar o favor de Deus. O animal era imolado fora do Pátio. Depois de tiradas as suas vísceras e a sua pele, o animal limpo era trazido e colocado sobre o altar (CABRAL, 2019, p. 45).
Logo, mostrar que o Altar do Holocausto aponta para o Calvário é o objetivo geral da presente lição, que tem como objetivos específicos:
Conceituar o Altar do Holocausto.
Explicar as quatro pontas do altar e o sentido de redenção.
Pontuar que o Altar do Holocausto é uma imagem do Calvário.
I – O ALTAR DO HOLOCAUSTO
O Altar do Holocausto tem como significado mesa levantada com aquilo que ascende, isto é, aquilo que sobe. Era feito de acácia com revestimento de bronze.  A acácia transmitia o seguinte significado: o juízo de Deus em condenar e justificar; já o bronze simbolizava também o juízo de Deus em condenar e justificar.
De formato quadrado 2,25m de comprimento e 2,25m de largura com 1,35 de altura, o Altar apresenta como símbolo o sacrifício vicário de Jesus, lembrando que termo vicário, do latim vicarius, significa o que faz às vezes de outro, ou seja, o substituto, logo, a morte de Cristo é uma morte substitutiva, isto é, Jesus morreu em nosso lugar.
Sendo que o Altar indica a Jesus o único caminho da salvação e os chifres do Altar representam o poder, a autoridade e a proteção. O poder de salvar e proteger os pecadores estaria ao alcance de todo o mundo por aquEle que se tornaria o Cordeiro Salvador no madeiro do calvário (CABRAL, 2019, p.49).
Já sobre a serventia do Altar escreve Cabral:
O Altar de Bronze servia para duas finalidades básicas no contexto dos rituais dos sacrifícios de animais: (1) para os holocaustos por pecados cotidianos e (2) para a expiação do pecado uma vez por ano (Êx 38.30;30.28). As ofertas queimadas eram feitas sobre o Altar de Bronze duas vezes por dia, um pela manhã, e outro à tardinha (2019, p.46).
II – AS QUATRO PONTAS (CHIFRES) DO ALTAR E O SENTIDO DE REDENÇÃO
O Altar transmite como significado prático no que se refere à vida de Jesus três palavras teologicamente definitivas para compreensão do autêntico símbolo do Altar de Bronze: propiciação, substituição e reconciliação.
Propiciação corresponde no ato de aplacar a ira de Deus, logo, a morte de Jesus no Calvário foi uma propiciação, isto é, foi à ação do Messias para aplacar a ira de Deus, ação em prol da salvação dos homens.
O termo grego ἱλαστήριον permite compreender que a morte vicária de Jesus foi um sacrifício expiatório, ou seja, uma propiciação pelos pecados da humanidade, tornando assim possível a aproximação dos que creem na pessoa de Deus.
Na Antiga Aliança o cordeiro imolado era o substituto do povo de Israel no dia da expiação. Já na Nova Aliança o Messias é o substituto, por ser o substituto percebe-se que a morte de Cristo na cruz é vicária, isto é, substitutiva.
Ela é vicária, isto é, substitutiva, no sentido de alguém que toma o lugar de outro, como bem afirma Isaías: “[...] mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6 – conforme ainda 2 Co 5.21; 1 Pe 2.24; 3.18), portanto, Cristo morreu pelos nossos pecados; Ele, porém, era sem pecado (POMMERENING, 2017, p. 55).
Já o termo presente para definir reconciliação no NT grego é καταλλαγή que resumidamente significa troca ou mudança, isto é, com base na mensagem do Novo Testamento percebe-se que corresponde com a troca de inimizade para amizade. De fato a reconciliação é possível por meio do favor divino.
Para Pommerening:
A reconciliação é uma obra da graça de Deus somente possível como consequência da obra de Cristo. Ela é necessária porque nosso relacionamento com Deus estava rompido, pois o homem pecador não pode ter comunhão com o Deus santo (Is 6.5) (20017, p. 56).
III – O ALTAR DO HOLOCAUSTO É UMA IMAGEM DO CALVÁRIO
O Altar do Holocausto apresenta Jesus como redentor, outorgando esperança aos homens de boa vontade.
O vocábulo esperança é usado de duas maneiras diferentes. No primeiro caso significa grande coragem, aquela que permanece firme a despeito de todas as tentações. No segundo caso, indica a salvação infinita que a esperança obterá; no presente versículo (Rm 8.24) podem estar em foco ambos os aspectos (LUTERO apud CHAMPLIN).
Para Lutero a esperança outorgava coragem para enfrentar as tribulações do dia a dia e proporcionava firmeza mediante toda desordem. Assim também como outorgava a certeza da salvação mediante a continuação sincera diante de Cristo.
O cristão pode se alegrar diante da esperança futura (Rm 5.2), isto é, a glória que o cristão desfrutará ao lado do Criador. Este orgulhar demonstra total segurança, porque Deus depositou no coração de cada cristão o Espírito Santo (Rm 5.5). Quem tem o Espírito Santo tem a salvação, isto por mérito e obra de Cristo no Calvário, a confirmação da simbologia do Altar de Bronze.
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
CHAMPLIN. R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Volume 2. São Paulo: Hagnos, 2014.
POMMERENING, Claiton Ivan. A obra da Salvação, Jesus Cristo é o caminho a verdade e a vida. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo 13 – A besta que subiu do mar e a besta que subiu da terra


Apocalipse capítulo: 13 – A besta que subiu do mar e a besta que subiu da terra
O capítulo 13 de Apocalipse demonstra a distinção entre as duas bestas, o que possibilita entender que elas trabalharão em harmonia, sendo respetivamente o anticristo e o falso profeta.
A besta que subiu do mar representa o anticristo, sendo que o mar representa na presente narrativa as nações. Já a besta que subiu da terra corresponde com o falso profeta.
A besta que subiu do mar
 O anticristo só manifestará quando a igreja for arrebatada. É evidente que o diabo por não saber a hora em que a igreja será arrebatada tem sempre pessoas em seu plano como possíveis gestores da Grande Tribulação, porém, no longo da história muitos homens se passaram por Cristo, entretanto, o verdadeiro Cristo já se manifestou neste mundo com toda a sua glória e em um dia futuro virá e arrebatará sua igreja.
Já o anticristo é conhecido como o homem do pecado e como filho da perdição (2 Ts 2.3), será o agente gestor de satanás na Terra, fará uma aliança com Israel, tornará se governador mundial, mediante o poder satânico operará grandes sinais, maravilhas e milagres com a seguinte finalidade: a propagação do engano (2 Ts 2.9).
A função e os objetivos do anticristo podem ser compreendidos pelas seguintes características:
O anticristo negará o Pai e ao filho - Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai e o Filho (1 Jo 2.22).
Negará a importância da encarnação do Verbo - E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já agora está no mundo (1 J o 4.3).
Será adorado - E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta (Ap 13.15).
Sobre o anticristo assim sintetiza o pastor Antônio Gilberto:
[...] Influenciará decididamente as massas com seus discursos e escritos (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a terra se maravilhará após a Besta (Ap 13.3). Ele não será um homem ressurreto, como muitos ensinam, pois será morto à vinda de Cristo, no Armagedom (Hb 9.27,28;Ap 19.20). É chamado em 2 Tessalonicenses 2.8 de Anomos (gr.), isto é, o Homem do Pecado; o Homem Sem Lei; o Iníqüo; o Homem da Desordem; o Subversivo; o Transgressor, etc. (SILVA, 1998, p.115).
Porém, no final da aliança preestabelecida entre o anticristo e Israel, as nações congregarão no lugar chamado Armagedom (Ap 16.16). Lugar em que Napoleão assim afirmou: eu faria deste lugar um campo de batalha para os exércitos de todo o mundo. Será neste lugar a derrota do anticristo e quando isto ocorrer Jesus voltará e todo o olho o verá e assim terá início o milênio.
O falso profeta
Para completar o trio da maldade, o falso profeta terá como missão ser o precursor do anticristo, isto é, ser a pessoa responsável para preparar às nações a adorarem o falso cristo. Nota-se também que este personagem terá poderes para a realização de grandes sinais.
Por fim, o anticristo será identificado pelo número seiscentos e sessenta e seis, número este que descreve o governo do trio da maldade no período da Grande Tribulação.
SILVA, Antônio Gilberto da. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.

domingo, 14 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: Entrando no Tabernáculo: o Pátio


Entrando no Tabernáculo: o Pátio
Jesus é a porta que permite o acesso ao Pai. Além do acesso direto a Deus Pai, o Senhor Jesus proporciona segurança e prosperidade, pois se alguém entrar por mim (Jesus) salvar-se-á, e entrará e sairá, e achará pastagens (Jo 10.9). Logo, para entrar à presença de Deus, no Lugar Santíssimo, o pecador deve passar por uma única porta: Jesus (Verdade Prática da lição).
Então compreende que a melhor tipologia para o Tabernáculo é o Senhor Jesus Cristo, Ele, segundo o NT, fez-se carne e habitou entre os homens (Jo 1.14). Ele tornou-se o nosso Tabernáculo, isto é, como profetizou Isaías: “Ele vos será santuário” (Is 8.14) (CABRAL, 2019, p. 35).
Logo, conscientizar acerca da centralidade de Deus na Igreja de Cristo é o objetivo geral da presente lição, que tem como objetivos específicos:
Apresentar o Pátio entre as Tribos de Israel.
Expor a construção da cerca do Pátio.
Enfatizar a porta do Pátio.
I – O PÁTIO ENTRE AS TRIBOS DE ISRAEL
O Tabernáculo era erguido em cada paralização do palmilhar dos israelitas no centro das tribos, pois transmite como significado Deus no centro do Seu povo. Percebe-se que no decorrer dos anos de peregrinação o tabernáculo não possuía estadia fixa, porém com a conquista de Jerusalém por Davi, propriamente no governo de Salomão, o tabernáculo foi substituído pelo templo.
O tabernáculo é definido por sua temporariedade e por sua estadia na terra, porém o real sentido do tabernáculo era Deus se fazer presente no meio do Seu povo, porém na nova aliança percebe-se que o tabernáculo foi sombra do eterno e do celestial onde de fato os salvos de todos os tempos habitarão com Deus.
Em torno do tabernáculo estava distribuído o exército de Israel, cada um segundo a sua ordem:
Em frente à porta os exércitos das tribos de Judá, Issacar e Zebulom, somando 186.400 homens (Nm 2.3-9).
Aos fundos os exércitos das tribos de Manassés, Efraim e Benjamim, somando 108.100 homens (Nm 2.18-23).
Ao norte os exércitos das tribos de Naftali, Dã e Aser, somando 157.600 homens (Nm 2.25-30).
Ao sul os exércitos das tribos de Ruben, Simeão e Gade, somando 151.450 homens (Nm 2.12-19).
II – A CONSTRUÇÃO DA CERCA DO PÁTIO
Cortina de linho fino branco cercava o pátio e separava o tabernáculo das tribos que localizavam em torno da tenda, possuindo assim 60 colunas feitas de acácia: 20 colunas no ponto cardeal norte, 20 ao sul, 10 ao ocidente e 10 ao oriente. Os quatro pontos cardeais descritos na limitação da tenda descrevem a plenitude divina para proteger e alcançar os israelitas e toda a terra.
As colunas de bronze eram feitas de madeira de acácia que transmitem como significado, o juízo de Deus para com os homens, que não corresponde apenas com a condenação, mas também descreve a justificação em Cristo.
A madeira de acácia era durável e resistente ao desgaste e dos insetos, o que tornava o material apropriado para a construção da arca (RADMACHER; ALLEN; HOUSE, p. 176).
Já o linho branco de aproximadamente 2,25 metros de altura descreve a santidade e justiça de Deus [...] O linho branco torcido é símbolo de justiça, de pureza e retidão de Deus; por isso, o homem carece da justiça para poder entrar na presença de Deus.
A justiça de Deus está em torno da presença dele assim como a cerca cortinada está em torno do Santuário, porque Ele é absolutamente Santo (Is 6.3).
A santidade divina é como uma barreira que não permite ao homem entrar por si mesmo a presença de Deus. Porém, a justiça perfeita de Deus foi revelada no ato expiatório de Cristo, e nós temos acesso ao Senhor pelo seu sangue (Rm 3.22-26) (CABRAL, 2019, p. 39).
III – A PORTA DO ÁTRIO
A primeira porta que dava acesso ao tabernáculo era chamada de caminho, logo compreendemos a palavra do Senhor Jesus ao dizer, Eu sou o caminho. O que também define que Jesus é único meio de acesso que as pessoas têm para se chegarem ao Pai.
Portanto, no que corresponde às quatro colunas compreendemos que se trata dos quatro Evangelhos. Pois, os evangelhos foram escritos para povos diferentes e com temáticas diferentes. Porém, nota-se que os três primeiros evangelhos são conhecidos como sinópticos, isto é, por terem características semelhantes.
Mateus: Evangelho do Rei, logo, Deus anuncia seu Rei, obra escrita aos judeus.
Marcos: Evangelho do Servo, logo, Deus apresenta seu Servo, obra escrita aos romanos.
Lucas: Evangelho do Filho do Homem, obra escrita aos gregos.
João: Evangelho do Filho de Deus, O Verbo divino, obra escrita para a Igreja.
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
RADMACHER, Earl D. ALLEN, Ronaldo B. HOUSE, H. Wayne. O Novo comentário Bíblico Antigo Testamento. Rio de Janeiro: Editora Central Gospel, 2013.

terça-feira, 9 de abril de 2019

Culto de Doutrina: Apocalipse capítulo: 12 – A Mulher e o Dragão


Apocalipse capítulo: 12 – A Mulher e o Dragão
O capítulo 12 de Apocalipse narra a fuga da mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça (Ap 12.1), esta fugia do dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete diademas (Ap 12.3), porém o capítulo apresenta outros dois personagens que são importantes para a compreensão da obra da salvação para com a humanidade, o menino (filho) que foi arrebatado para Deus e para o seu trono (Ap 12.5), e o último personagem citado é o arcanjo Miguel (Ap 12.7).
A mulher grávida que deu a luz
 A mulher simboliza a Nação de Israel no período da Grande Tribulação, ela é citada vestida do sol, o que significa estar revestida de luz, que espiritualmente permite compreender em estar perto de Deus, neste caso especificamente descreve que ela possui a promessa do Senhor.
Porém, no ter a lua debaixo dos pés descreve a grandeza de Deus na exaltação do povo de Israel, sendo a lua refletora do sol, Israel estava acima da lua.
Já no que corresponde às doze estrelas, trata-se dos doze patriarcas que são os pilares na formação da nação israelita.
E por fim, as dores de parto descreve a angústia em que passará os descendentes de Jacó no período da Grande Tribulação. Sendo que as dores de parto se referem à preparação para com o retorno de Cristo ao Mundo. Mas, antes que isto ocorra a serpente lançará da sua boca um rio atrás da mulher, este rio corresponde a um exército que se levantará contra a nação de Israel (Is 8.6; Os 5.10), porém, a terra tragará o rio lançado pelo dragão (Ap 12.16).
O dragão vermelho
 O dragão do presente texto corresponde a Satanás, enquanto a descrição da posse de sete cabeças, dez chifres e os sete diademas, define o seu poderio. No período da Grande da Tribulação o diabo agirá no intuito de destituir as pessoas, afastando-as do verdadeiro conhecimento de Deus.
Portanto, o diabo é conhecido como inimigo e acusador, pois se opõe à pessoa de Deus e a vontade de Deus. O propósito de Satanás em suas práticas é separar o homem da presença do Senhor.
Sendo que no que diz respeito a posição de satanás percebe-se que: ele é o príncipe da potestade do ar (Ef 2.2), príncipe deste mundo (Jo 14.30), e o deus deste século (2 Co 4.4). Já no que se refere às obras de satanás se destacam: deu origem ao pecado tanto no universo como na raça humana (Ez 28.15; Gn 3.13), causa sofrimentos (At 10.38), causa a morte (Hb 2.14), atrai ao mal (1 Ts 3.5), e inspira pensamentos e propósitos iníquos (Jo 13.2). E dentre outros, apossa-se dos homens (Jo 13.27). (BANCROF, 2006, pp. 305 a 308).
No presente capítulo percebe-se que Satanás foi precipitado para a terra (Ap 12.9). Desde sua expulsão dos céus, o seu caminho tem sido o da descida: para os ares (Is 14.12; Ef 2.2), para a terra e o mar (Ap 12.12); para o abismo (Ap 20.1-7); para o lago do fogo (Ap 20.10); que será o seu destino final (SILVA, 1997, p. 172).
Um filho, um varão
 O filho varão corresponde a Jesus Cristo e no que se refere ao seu arrebatamento descreve a ascensão do Messias ao céu após a ressurreição. O nascer da mulher significa que a salvação veio dos judeus e no tempo determinado Ele governará as nações com vara de ferro.
O arcanjo Miguel
 O arcanjo Miguel, é mencionado na Bíblia com a seguinte função, trabalhar em prol do remanescente de Israel. É tanto que na citação de Paulo a respeito da vinda do Senhor Jesus a voz de arcanjo é mencionada (1Ts 4.17), o que descreve a uma indicação a respeito da missão de Miguel correspondente diretamente com a nação israelita, o que se perceberá no arrebatamento, pois muitos israelitas também serão arrebatados por terem recebido a Jesus como Único e Suficiente Salvador.
Referência:
BRANCROFT. Emery H. Teologia Elementar, doutrina e conservadora. São Paulo: Editora Batista Regular, 2006.
SILVA, Severino Pedro. Apocalipse, versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1997.

domingo, 7 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: Os Artesãos do Tabernáculo


Os Artesãos do Tabernáculo
A verdade prática proporciona a exata compreensão a respeito dos talentos naturais que tem a sua origem na pessoa e são para a glória de Deus, porém a lição tratará também a respeito dos dons espirituais.
Enfatizar que Deus deseja dotar pessoas de habilidades especiais para realizar obras especiais é o objetivo geral da presente lição.
E como objetivos específicos:
Destacar como Deus chama pessoas especiais para executar serviços especiais.
Elencar as virtudes dessas pessoas: cheias do Espírito, sabedoria, entendimento e ciência.
Conscientizar que devemos usar os talentos para a glória de Deus.
I – HOMENS ESPECIAIS PARA SERVIÇOS ESPECIAIS (ÊX 31.1,2,6)
Bezalel homem cujo nome significa na sombra de Deus, pertencia à tribo de Judá, notabilizou-se por ser cheio do Espírito de Deus com habilidade em todo o artifício.  
[...] Bezalel, que além de toda a habilidade que possuía para trabalhar todos os materiais disponíveis com arte, foi concedida a ele inteligência artificiosa e inventiva para fazer tudo conforme o desejo de Deus. O Senhor escolheu ainda mais um homem, tão habilidoso quanto, para auxiliar a Bezalel na construção de todas as peças do Tabernáculo (CABRAL, 2019, p. 23).
O outro homem escolhido, Aoliabe, do hebraico o nome significa, tenda de meu pai, foi o auxiliar de Bezalel na construção do Tabernáculo. Observe que os nomes de ambos descrevem a finalidade e a concretização da obra.
A finalidade do Tabernáculo era a manifestação da presença de Deus, isto é, a glória do Senhor, o que há correlação direta com o significado do nome de Bezalel, a sombra de Deus. Enquanto, que a obra seria chamada de tenda, ou tabernáculo, sendo este pertencente a Deus, o que descreve o significado do nome de Aoliabe, tenda de meu pai.
Portanto, percebe-se que os dons são diversos, pois abrange o suprimento das necessidades dos homens. Sendo que os dons naturais são outorgados por Deus para que o homem possa por meio de atividades legais suprir suas necessidades físicas, já os dons de serviços e ministeriais são para que os servos do Senhor possam aproximar-se mais do Senhor por meio da atividade diária da prática da Palavra.
II – CHEIOS DO ESPÍRITO, SABEDORIA, ENTENDIMENTO E CIÊNCIA (Êx 31.3-5)
A facilidade de Bezalel em trabalhar com ouro, prata e cobre tinha como origem a pessoa de Deus, pois o Senhor o cheio do Espírito, outorgando lhe sabedoria, entendimento e ciência, logo Bezalel passou a dominar todo o artifício por meio de invenções. Assim é com a Igreja nos dias atuais, para a realização de uma grande obra é necessário que o cristão seja capacitado pelo Espírito do Senhor.
Percebe-se que a Igreja precisa e conta com pessoas com habilidades especiais, tendo como foco a glorificação do Senhor.
Moisés possuía assim como outros servos do Senhor, habilidade especial na escrita. Logo, nos dias atuais a Igreja é também fortalecida por meio de escritos que edificam, sendo assim Deus usa homens por meio da escrita nos dias hodiernos.
Davi possuía habilidade especifica para tocar e cantar, logo nos dias atuais a Igreja precisa de homens que possuam estes talentos para glorificarem a Deus, assim como para edificação dos membros da Noiva do Cordeiro.
Apolo era possuidor de um talento contagiante, habilidade especial por apresentar-se bem por meio da retórica, nos dias atuais Deus é glorificado por meio de inúmeros homens que dominam com eficiência a retórica sacra, jurídica, pedagógica, dentre tantas.
III – USANDO OS TALENTOS PARA A GLÓRIA DE DEUS
A interpretação da parábola dos talentos é bem sintetizada nas seguintes palavras de Gaby e Gaby:
A presente parábola retrata a época da morte de Jesus e da sua ressurreição até o segundo advento e teria sido dirigida aos seus discípulos com o objetivo de motivá-los a levar uma vida pautada nos valores. O homem rico a quem os servos se referiram como “Senhor” que iria partir é uma representação Do Senhor Jesus Cristo. A viagem a um país distante se refere à sua partida para o céu, após a sua ascensão. Os servos eram em princípio os doze discípulos a quem Jesus dirigiu a parábola, e num sentido mais amplo, dizia respeito a todas as pessoas nascidas de novo. Os talentos são os dons que o Senhor entregou aos seus servos. O seu retorno seria o equivalente ao segundo advento e a recompensa, ou o castigo, seriam uma representação do destino dos salvos ou não-salvos (2018, p. 132).
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.
GABY, Wagner Tadeu. GABY, Eliel dos Santos. As Parábolas de Jesus: As verdades e princípios divinos para uma vida abundante. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.