Deus é Fiel

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domingo, 28 de abril de 2019

Subsídio para a aula da E.B.D: A Pia de Bronze: Lugar de Purificação


A Pia de Bronze: Lugar de Purificação
O ponto central da lição é levar-nos a compreender que fomos chamados a viver uma vida de pureza. Logo, a palavra santificação será chave para entender o sentido real e prático da vida do cristão que é separado exclusivamente para o uso de Deus.
Entretanto, conscientizar sobre a importância da pureza espiritual é o objetivo geral da presente lição que tem como objetivos específicos:
Conceituar a Pia de Bronze.
Refletir acerca da Pia de Bronze e sua relação com a limpeza e a pureza espiritual.
Destacar os dois aspectos dos ritos de lavagem dos sacerdotes.
Lembrando que a Pia de Bronze corresponde em efeitos práticos com o coração purificado (Hb 10.19,22), sendo o utensílio que apresenta Jesus como o purificador.
I – A PIA DE BRONZE: A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE
A água é o elemento fundamental para purificar aqueles que estão sujos e que precisam ser limpos pela Palavra, daí o texto áureo ratifica categoricamente esta verdade: Vós estais limpos pela Palavra que vos tenho falado (Jo 15.3).
Em pleno deserto o povo de Israel conseguia água para ser usada na Pia de Bronze o que para alguns estudiosos do tema esta água era retirada da rocha de Horebe, sendo que os sacerdotes ao ministrarem no Altar do Holocausto deveriam se lavar.
Porém, as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo Altar de Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus têm o poder de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e purificada [...], tudo quanto fazemos em nosso dia a dia precisa passar pela limpeza para que, quando chegar o juízo para recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras (CABRAL, 2019, p.60).
Se o sacerdote não se lavasse poderia morrer, fato que se aplica nos dias hodiernos com a Igreja de Jesus Cristo, se o cristão não se santificar poderá morrer espiritualmente.
O termo santificação permite compreender que o impuro é separado para o uso de Deus, ou seja, o que não prestava torna-se por meio da santificação reabilitado para o uso divino. Exemplo claro é o personagem Abraão que morava no meio de um povo impuro e idólatra (Js 24.2,3), logo foi separado para ser pai de uma multidão de nações (Gn 17.5).
O processo de santificação dos israelitas se iniciava com o amor. Verdade que corrobora com a ética no sentido vertical, isto é, o relacionamento do indivíduo com Deus é desenvolvido na ótica do amor divino, portanto nós o amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).
A dedicação dos sacerdotes ao serviço no qual foram vocacionados define a santificação progressiva. A santificação progressiva é o processo da santificação no qual o indivíduo reconhece os seus pecados e a cada dia si consagra ao Senhor. Processo que se dava na meditação diária da Lei do Senhor, na prática da oração e na comunhão.
II – A PIA DE BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
A santificação didaticamente pode ser compreendida na narrativa Bíblica nos três tempos: pretérito, presente e futuro. A santificação pretérita corresponde com a santificação definitiva no que se trata com a obra de Cristo, a santificação no presente corresponde com a santificação progressiva, isto é, a santificação que se desenvolve no decorrer do dia a dia, e a santificação futura corresponde com a glorificação do cristão que se dará no céu.
A santificação pretérita tem início no começo da salvação do cristão. E esta santificação só é possível graça a ação divina em doar o seu único filho para salvar a humanidade (Jo 3.16).
Já a santificação presente é aquela que se dá constantemente. Conforme os Escritos Sagrados à santificação se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.18). Também se dá mediante a palavra de Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Também se dá mediante uma vida de oração, “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Assim também como no frequentar a igreja, pois na congregação os santos se reúnem para louvarem a Deus, buscarem a face de Deus e aprenderem de Deus mediante o ensino da Escritura Sagrada.
Por fim, a santificação futura que se inicia na aceitação do cristão a Cristo, porém tem o seu clímax e perfeição no retorno de Jesus para buscar a igreja, isto é, no arrebatamento.
O Altar do Holocausto corresponde com a santificação pretérita e a Pia de Bronze com a santificação progressiva.
III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES
Dois elos da salvação estão presentes no tópico em apreço: regeneração e santificação.
A santificação já foi analisada no tópico anterior, logo é cabível observarmos à regeneração que do grego παλιγγενεσία significa novo nascimento, ou reprodução, sendo que no sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida santificada.
Subentende ainda que regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação, restauração e restituição.
O novo nascimento não corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
Referência:
CABRAL, Elienai. O Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

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