A Pia de Bronze: Lugar de Purificação
O ponto central da
lição é levar-nos a compreender que fomos chamados a viver uma vida de pureza. Logo,
a palavra santificação será chave para entender o sentido real e prático da
vida do cristão que é separado exclusivamente para o uso de Deus.
Entretanto, conscientizar
sobre a importância da pureza espiritual é o objetivo geral da
presente lição que tem como objetivos específicos:
Conceituar a Pia de Bronze.
Refletir acerca da Pia de Bronze e sua
relação com a limpeza e a pureza espiritual.
Destacar os dois aspectos dos ritos de
lavagem dos sacerdotes.
Lembrando que a Pia
de Bronze corresponde em efeitos práticos com o coração purificado (Hb
10.19,22), sendo o utensílio que apresenta Jesus como o purificador.
I – A
PIA DE BRONZE: A IMPORTÂNCIA DA SANTIDADE
A água é o elemento
fundamental para purificar aqueles que estão sujos e que precisam ser limpos
pela Palavra, daí o texto áureo ratifica categoricamente esta verdade: Vós estais limpos pela Palavra que vos tenho falado (Jo 15.3).
Em pleno deserto o
povo de Israel conseguia água para ser usada na Pia de Bronze o que para alguns
estudiosos do tema esta água era retirada da rocha de Horebe, sendo que os
sacerdotes ao ministrarem no Altar do Holocausto deveriam se lavar.
Porém,
as águas da pia tinham como finalidade lavar aquele que já passou pelo Altar de
Sacrifícios, e agora, “as águas” que simbolizam a Palavra de Deus têm o poder
de limpar e disciplinar nossas obras para uma vida cristã santa e purificada
[...], tudo quanto fazemos em nosso dia a dia precisa passar pela limpeza para
que, quando chegar o juízo para recompensa, sejamos julgados pelas nossas obras (CABRAL, 2019, p.60).
Se o sacerdote não se
lavasse poderia morrer, fato que se aplica nos dias hodiernos com a Igreja de
Jesus Cristo, se o cristão não se santificar poderá morrer espiritualmente.
O termo santificação
permite compreender que o impuro é separado para o uso de Deus, ou seja, o que
não prestava torna-se por meio da santificação reabilitado para o uso divino.
Exemplo claro é o personagem Abraão que morava no meio de um povo impuro e idólatra
(Js 24.2,3), logo foi separado para ser pai de uma multidão de nações (Gn
17.5).
O processo de
santificação dos israelitas se iniciava com o amor. Verdade que corrobora com a
ética no sentido vertical, isto é, o relacionamento do indivíduo com Deus é
desenvolvido na ótica do amor divino, portanto nós o
amamos porque Ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19).
A dedicação dos
sacerdotes ao serviço no qual foram vocacionados define a santificação
progressiva. A santificação progressiva é o processo da santificação no qual o
indivíduo reconhece os seus pecados e a cada dia si consagra ao Senhor.
Processo que se dava na meditação diária da Lei do Senhor, na prática da oração
e na comunhão.
II –
A PIA DE BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA
A santificação didaticamente
pode ser compreendida na narrativa Bíblica nos três tempos: pretérito, presente
e futuro. A santificação pretérita corresponde com a santificação definitiva no
que se trata com a obra de Cristo, a santificação no presente corresponde com a
santificação progressiva, isto é, a santificação que se desenvolve no decorrer
do dia a dia, e a santificação futura corresponde com a glorificação do cristão
que se dará no céu.
A santificação
pretérita tem início no começo da salvação do cristão. E esta santificação só é
possível graça a ação divina em doar o seu único filho para salvar a humanidade
(Jo 3.16).
Já a santificação
presente é aquela que se dá constantemente. Conforme os Escritos Sagrados à
santificação se dá mediante a fé na obra redentora de Jesus; “para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a
luz e da potestade de satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de
pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26.18). Também se dá mediante a palavra de Deus. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Também se dá mediante uma vida de oração,
“se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). Assim também como no frequentar a igreja,
pois na congregação os santos se reúnem para louvarem a Deus, buscarem a face
de Deus e aprenderem de Deus mediante o ensino da Escritura Sagrada.
Por fim, a
santificação futura que se inicia na aceitação do cristão a Cristo, porém tem o
seu clímax e perfeição no retorno de Jesus para buscar a igreja, isto é, no
arrebatamento.
O Altar do Holocausto
corresponde com a santificação pretérita e a Pia de Bronze com a santificação
progressiva.
III –
DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES
Dois elos da salvação
estão presentes no tópico em apreço: regeneração e santificação.
A santificação já foi
analisada no tópico anterior, logo é cabível observarmos à regeneração que do
grego παλιγγενεσία significa novo nascimento, ou reprodução, sendo que no
sentido moral corresponde com mudança pela graça, sendo a mudança da natureza
carnal para uma nova vida, ou mudança de uma vida pecaminosa para uma vida
santificada.
Subentende ainda que
regeneração pode ser definida pelas seguintes palavras: retorno, renovação,
restauração e restituição.
O novo nascimento não
corresponde com a reencarnação, nascer em um novo corpo e em uma nova vida, mas
corresponde em mudança de vida e de atitudes por passar a ser morada do
Espírito Santo. É nascer da água e do Espírito, verdade que corresponde com o
arrepender de todos os pecados, e ser submisso e guiado pelo Espírito Santo.
Referência:
CABRAL, Elienai. O
Tabernáculo: símbolos da obra redentora de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD,
2019.
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